domingo, 25 de março de 2012

O Amor não pede Licença-Capítulo 17


O dono do bar já estava preocupado com Arthur, pois estava muito tonto e insistia em dirigir.


_ Garoto, deixa eu ligar para um táxi te levar – disse o dono do bar preocupado com o estado dele.
_ Moço, não precisa, meu carro está aqui na frente – disse Arthur meio embolado, e andando cambaleando até o carro.
O moço ainda tentou convencê-lo, mas foi em vão, quando viu Arthur já tinha entrado no carro e desaparecendo pelas ruas escuras. Arthur, como estava correndo e não tinha condições de dirigir, avançou o sinal vermelho e como vinha vindo um caminhão bateu no lado do passageiro, era um caminhão grande e a batida foi forte o carro de Arthur capotou duas vezes, Arthur desmaiou e bateu a cabeça no vidro e machucando muito, o motorista do caminhão ligou para a ambulância rapidamente, vendo como o garoto estava e depois para a polícia. Não demorou muito a ambulância chegou, levou Arthur para o hospital.
***
Já era quase 3h da manhã, quando o telefone toca na casa dos Aguiar, a mãe assustou e atendeu.
_ Alô – disse assustada.
_ Sra. Aguiar? – perguntou a voz.
_ Sim, quem é? – perguntou preocupada.
_ Aqui é do Hospital Central de Forks – disse a voz – Arthur Aguiar é seu parente? – perguntou.
_ Meu filho – respondeu – o que aconteceu com ele? – perguntou nervosa.
_ Ele sofreu um acidente de carro e está internado aqui, precisamos que a senhora venha aqui rápido – disse a voz.
_ Ai meu filho! Já estou indo – disse levantando e desligando o telefone.
Se troca rápido e foi a caminho do hospital. Ao chegar lá, foi ao balcão perguntar a recepcionista.
_ Moça, ligaram e disseram que meu filho, Arthur Aguiar, está internado aqui e queriam falar comigo – disse desesperada.
_ Ah sim! Senhora Aguiar, vou te levar até a sala do médico – disse a recepcionista encaminhando até a sala – Aqui senhora – disse abrindo a porta e dando-lhe passagem para entrar.
_ Senhora Aguiar? – perguntou o médico.
_ Sim – respondeu – O que o meu filho tem? – perguntou desesperada.
_ Bom, ele sofreu um acidente muito grave, ele bateu a cabeça muito forte, mas felizmente não teve nada, quebrou a perna e o braço em dois lugares, estamos fazendo uma cirurgia com urgência para que não comprometa mais os ossos, mas antes tivemos que fazer uma lavagem estomacal, pois ele bebeu e muito, minutos antes da cirurgia ele acordou e disse “Lua, não me deixa, não faz assim comigo”, não sei quem é, mas estava tendo um delírio, logo desmaiou de novo, ele ficará em coma induzido durante dois dias para não sentir dor e se tudo ocorrer bem em três ou quatro dias terá alta – contou-lhe o médico.
_ Ah! Que bom que não foi nada grave doutor – disse mais calma – você disse que ele bebeu? – perguntou e o médico confirmou – Mas ele não é de beber – disse estranhando – Lua? Ah, deve ter acontecido algo… – disse pensativa – Doutor que horas que acaba a cirurgia? E quanto custa? – perguntou.
_ Bom, a cirurgia acaba daqui mais ou menos 1h30 ou 2h, você só pagará 25%, pois o convênio cobre, mas como foi de urgência tem um custo, que será R$450,00, podemos parcelas até em quatro vezes – respondeu.
_ Ótimo, onde que pago? – perguntou.
_ Na recepção senhora – respondeu – agora irei ver como anda a cirurgia do seu filho – disse.
_ Obrigada doutor – ela saiu mais calma, foi até a recepção pagar a cirurgia e sentou para esperar notícias do filho, resolveu ligar para Micael dar a notícia.
_ Alô? – Micael atendeu sonolento.
_ Micael, aqui é a Kátia – disse.
_ Oi Tia Kátia, tudo bem? – disse se sentando na cama preocupado.
_ Então, estou aqui no Hospital Central de Forks, pois o Arthur sofreu um acidente – responde.
_ Como assim? Está tudo bem com ele? – perguntou desesperado.
_ Calma, ele quebrou a perna e o braço em dois lugares, só está em cirurgia para não comprometer mais os ossos, mas está tudo em ordem, só liguei para avisar mesmo, vocês são tão amigos, e avisa o Chay, por favor – disse e despediu.
_ Que bom que não aconteceu nada grave, vou avisar o Chay e estamos indo para aí, obrigado por avisar – disse e se despediu.
Micael avisou Chay, que disse que estava a caminho do hospital também, os dois chegaram lá e foram dar um abraço em Kátia.
_ Oi Tia Kátia, tem notícias dele? – perguntou Chay.
_ Ainda não, estão na cirurgia – respondeu nervosa com a demora.
Já passava das 6h da manhã e sem nenhuma notícia.
_ Já faz mais de 3h que estão na cirurgia, o médico disse que em 1h30 ou 2h terminava – disse Kátia nervosa para Micael e Chay.
_ Calma tia – Micael tentava acalmá-la.
_ Ali o médico tia – disse Chay quando avistou o doutor.
_ Doutor como está meu filho? – perguntou Kátia.
_ Infelizmente não tenho notícias boas – disse o médico sério – a cirurgia foi um sucesso, mas logo depois da que terminamos, ele teve uma convulsão e entrou em coma, refizemos alguns exames e a pancada na cabeça foi séria e detectamos um coágulo no cérebro, já tiramos, não foi necessário cirurgia, pois foi detectado rápido, mas infelizmente ele entrou em coma, agora precisamos esperá-lo acordar e não temos previsão para isso, pode demorar dias, semanas, meses, anos, mas se Deus quiser não vai demorar muito não – o médico disse.
_ Doutor, posso vê-lo? – perguntou Kátia aos prantos.
_ Claro, mas só um pouco está bem? – disse o doutor, Kátia assentiu.
Kátia acompanha o médico, Micael e Chay ficaram na sala de espera sem reação, choravam preocupados com o amigo.
_ O Arthur é forte, vai sair dessa – disse Micael chorando.
_ Claro que vai – concordou Chay chorando – temos que avisar as meninas, eu aviso a Soph e você a Mel – disse e Micael concordou.
Depois de alguns minutos Mel e Sophia chegaram, Kátia já tinha ido.
_ Oi gente – disse Sophia preocupada.
_ Como ele está? – Mel perguntou preocupada.
_ Em coma – respondeu Micael.
_ Cadê a mãe dele? – perguntou Sophia.
_ Ela foi descansar, fazia horas que ela estava aqui – respondeu Chay.
_ Ah coitada – disse Mel penalizada – e cadê a Lua? – perguntou.
_ Então, a gente não sabe como contra e pensamos que vocês podiam avisá-la – disse Micael.
_ Ótimo, a gente avisa – disse Sophia – Mel, você quer avisar ou quer que eu avise? – perguntou para Mel.
_ Pode avisar, sou péssima para isso – disse Mel.
_ Está bem, vou ligar para ela – avisou Sophia – Já volto – disse indo para fora do hospital.
***
Já era quase 8h da manhã, Lua não conseguia dormir desde das 2h30 da manhã, pois estava com um aperto no peito, ouviu seu celular tocar, ao ver que era Sophia, assustou pois era muito cedo.
_ Soph? – disse assustada.
_ Lua, não tenho uma boa notícia para te dar – disse com uma voz aparentemente calma.
_ O que aconteceu? – perguntou preocupada.
_ Lua, o Arthur sofreu um acidente e está internado aqui no Hospital Central Forks – disse devagar.
_ Como assim? Como ele está? – perguntou aos prantos.
_ Calma, ele entrou em coma – disse tentando acalmar a amiga.
_ Coma? – perguntou chorando – Eu vou aí agora – disse nervosa.
_ Lua eu vou te buscar – disse.
_ Rápido Sophia – disse e desligou o celular.
Trocou de roupa e desceu correndo, já estava esperando Sophia na porta de casa, não demorou muito Sophia chegou, Lua correu até o carro e entrou, Sophia e Lua se abraçaram, chorando muito.
_ Calma Lua – disse tentando acalmá-la.
_ Calma? Como você quer que eu esteja calma se o garoto que eu amo está em coma – disse chorando.
_ Ele vai sair dessa Lua – disse – ele é forte.
_ Eu espero que sim – disse chorando mais ainda – agora vamos logo.
As duas foram para o hospital, ao chegarem Lua entrou desesperada e Sophia atrás, os quatro foram dar um abraço em Lua, que chorava desesperadamente.
_ Calma Lua – disse Mel chorando.
_ Ele vai sair dessa – disse Chay chorando.
_ Ele é forte – disse Micael chorando.
_ Ele vai sair dessa rápido – completou Sophia chorando.
Lua não conseguia falar nada apenas chorava, sentou em uma cadeira e colocou as mãos no rosto.
_ Eu quero ir vê-lo – conseguiu falar por fim se levantando e dirigindo-se até a recepção – Oi eu gostaria de ver o paciente Arthur Aguiar.
_ Sinto muito senhorita, mas não posso autorizá-la a vê-lo – disse a recepcionista.
_ Como assim? – disse irritada – Deixa eu falar com o médico dele então.
_ OK! Vou telefonar, só um minutinho – disse a recepcionista com o telefone na mão e discando o ramal do médico – Doutor, tem uma garota aqui que quer ver o paciente Arthur Aguiar – disse – Como a senhorita chama? – perguntou para Lua.
_ Lua Blanco – respondeu
_ Lua Blanco, doutor – repetiu para o médico – O que você é dele? – perguntou para Lua novamente.
_ Amiga – respondeu triste.
_ Amiga – repetiu no telefone – OK – desligou – O médico autorizou a sua entrada, mas não pode demorar muito – disse para Lua.
_ Ótimo só de poder vê-lo está bom – disse seguindo a recepcionista.
_ Aqui está – disse abrindo a porta para que Lua entrasse – daqui a pouco venho te chamar – falou antes de ir.
_ OK – confirmou e entrou, ao ver Arthur deitado naquela cama de hospital, cheio de aparelhos dava tristeza enorme em seu peito, aproximou-se dele – Arthur não sei se está me escutando, mas vou falar tudo, volta para mim, acorda, por favor, não me deixe, eu fui uma besta, eu gosto de você, eu preciso de você, nós todos precisamos de você – disse dando um beijo na bochecha dele, enquanto as lágrimas escorriam de seus olhos – me desculpa se te magoei, eu vou ficar com você todos os dias até você acordar viu? – disse fazendo carinho nele, nesse instante a porta se abriu.
_ Senhorita Blanco? – perguntou a enfermeira.
_ Sim – respondeu.
_ O doutor quer falar com você – disse – me acompanhe – saiu e Lua a seguiu, passaram por várias portas – Aqui, o doutor te espera – abriu a porta.
_ Senhorita Lua Blanco? – perguntou o doutor.
_ Sim – confirmou.
_ Sente-se – apontou para a cadeira em sua frente, Lua sentou – O que você é do Arthur? – perguntou.
_ Amiga – respondeu.
_ Só isso? – perguntou, Lua confirmou com a cabeça – Ele não te considera só como amiga – disse.
_ Como assim? – Lua perguntou sem entender.
_ Ele acordou minutos antes da cirurgia, não parava de falar “Lua, não me deixe, não faz assim…”, só falava isso – contou – aconteceu alguma coisa ontem antes disso tudo? – perguntou.
_ A gente brigou – respondeu – Vamos dizer que ele se declarou para mim e eu dei um fora – disse deixando uma lágrima escorrer pelo seu rosto.
_ Você gosta dele né? – perguntou.
_ Muito – respondeu triste – agora ele está em uma cama de hospital.
_ Ele estava bêbado? – perguntou.
_ Não, ele não bebe – respondeu estranhando a pergunta do médico.
_ Pois então ele bebeu depois da briga de vocês – disse o doutor – e muito – acrescentou.
_ Não acredito, a culpa é toda minha – disse chorando compulsivamente.
O médico levantou-se e foi acalmar Lua que não parava de chorar.
_ Posso ficar aqui com ele? – perguntou.
_ Claro, vai ser bom para ele – respondeu.


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