O Amor não pede Licença (Em Andamento)

Durante um mês continuava na mesma, Arthur ainda não tinha acordado, Lua continuava indo lá todos os dias depois da escola para contar as novidades, nos finais de semana ficava o dia inteiro lá, tinha uns que até dormia com ele, a mãe de Arthur já tinha feito amizade com Lua e via o quanto ela gostava do seu filho e sabia também que ele gostava muito dela, pois já tinham conversado sobre ela, os amigos também iam lá todos os dias, viam Arthur e davam força para Lua, que sofria muito. Lua levava flores todos os dias, deixou do lado da cama um porta retrato com a foto dos dois no baile, o qual tinha sido coroados príncipe e princesa, atrás da foto tinha escrito uma dedicatória.


Meu querido Arthur, o meu príncipe.
Eu sei que te magoei muito e que esse acidente que sofreu é culpa minha, queria te pedir desculpas. Fui uma idiota, eu gosto muito de você, sou louca e completamente apaixonada por você…
Eu te amo, espero que um dia consiga me perdoar,
Beijos,
Lua (sua eterna princesa).

Em uma tarde de domingo, Lua estava no hospital junto com Kátia, Micael, Mel, Sophia e Chay, porém era a única que estava no quarto com ele.
_ Meu anjo, já faz um mês que está aqui no hospital, acorda vai – dizia fazendo carinho em seu rosto – os outros e sua mãe estão lá fora esperando para poder te ver, eu vou ter que sair um pouco, para que eles possam entrar, mas depois eu volto – deu um beijo na testa de Arthur – saiba que eu te amo muito – deitou no peito dele, quando sentiu uma mão em seus cabelos.
_ Então quer dizer que você me ama? – perguntou Arthur com a voz baixa e fraca, pois tinha acabado de acordar, enquanto fazia carinho nos cabelos loiros e cacheados de Lua.
_ Arthur você acordou? – disse feliz, mas ao mesmo tempo assustada por ele ter acordado.
_ Sim, meu anjo – disse sorrindo para ela – me dá um abraço? – pediu, ela logo acatou a sua vontade e lhe abraçou bem forte.
_ Que bom que acordou, esperei todos os dias durante esse mês, vinha todos todo dia aqui ficar com você – disse chorando de emoção e abraçada a ele.
_ Eu sei, pois eu sentia cada carinho, beijo e abraço que você de dava e também escutei tudo o que você me falava, mas não conseguia abrir os olhos para te ver e nem falar com você, mas ouvi uma coisa que me trouxe de volta – disse acariciando o rosto de Lua.
_ E o que te trouxe de volta? – perguntou sem entender.
_ Uma coisa que você me falou – respondeu.
_ E o que eu te falei? – perguntou ainda sem saber.
_ Pensa um pouquinho Lua – disse sorrindo.
_ Mas eu não te falei nada de mais – disse pensando – falei que sua mãe e nossos amigos estão aqui, que fazia um mês que estava no hospital, que iria sair um pouquinho e depois eu voltava – disse lembrando.
_ A última coisa que me disse! – disse sorrindo.
_ Ah! – disse lembrando – que eu… eu… – disse tímida.
_ Fala, eu quero ouvir de novo – pediu.
_ Eu te amo – disse envergonhada.
_ Isso que me trouxe de volta – disse com um sorriso bobo – Eu te amo muito Lua – disse olhando nos olhos dela – será que agora acredita em mim? – perguntou chateado.
_ Claro que eu acredito seu bobo – dando um selinho dele – só que eu preciso do seu perdão – disse de cabeça baixa.
_ Perdão? – perguntou sem entender.
_ É, culpa minha que você está nessa cama – disse ainda de cabeça baixa.
_ Lua, não se culpe, se eu bebi é porque eu quis, você não tem culpa – disse olhando nos olhos dela – promete que nunca mais vai se culpar por isso? – perguntou sério.
_ Prometo – disse mais calma – agora deixa de conversa, vou chamar o médico e falar para todos que você acordou – disse feliz, dando mais um selinho nele e saindo.
Lua foi chamar o médico que se assustou por ele ter acordado, sendo que ele não tinha dado avanço nenhum em seu quadro clínico, logo foi lá fazer alguns exames e Lua foi para a sala de espera toda sorridente.
_ Ele acordou! – disse para todos.
_ Não acredito que meu filho acordou – Kátia disse abraçando Lua e todos os outros quatro também foram para um abraço coletivo.
***
Depois de examinar Arthur, o doutor contou para ele o que tinha acontecido, tirou as faixas de sua perna e braço e disse que teria que fazer fisioterapia.
_ É você está muito bem, melhor que isso impossível! – disse o doutor rindo – Aquela garota, Lua, gosta muito de você, pois nunca vi alguém ficar tanto tempo aqui e sendo tão carinhosa, ela sofreu muito no começo – disse lhe entregando a foto que ela havia deixado – vira a foto tem uma coisa para você – disse – bom, agora vou te deixar um pouco sozinho – falou já na porta, logo saiu.
Arthur ao ler o que ela tinha escrito deixou algumas lágrimas escorriam pelo seu rosto, sabia que ela era o amor da sua vida, podia até ser exagero, pois tem apenas 17 anos, porém sentia que era a única que lhe tirava do chão e que lhe fazia sentir bem, ficou olhando a foto e lembrando tudo que passou ao seu lado.
***
O médico foi falar com todos que esperavam notícias de Arthur.
_ Bom, ele está ótimo, irá ter que fazer fisioterapia, amanhã já recebe alta, hoje terá uma sessão, só vai fazer por ter ficado um mês parado, mas não terá problemas nenhum de andar e mover o braço – disse o médico contente – não vou mentir, o quadro dele não tinha avançado em nada, não tínhamos esperança de que acordasse logo, mas alguma coisa fez com que ele voltasse – disse olhando para Lua, e todos olharam também – Então é isso – disse por fim.
_ Nós podemos vê-lo? – perguntou Kátia.
_ Claro, – respondeu – podem ir todos juntos, pois nunca vi uma pessoa ser tão querida e ter amigos tão leais – disse olhando para Kátia.
Todos foram para o quarto onde Arthur estava, Kátia bate na porta.
_ Entra – disse Arthur.
_ Oi meu filho – disse entrando e seguido por Lua, Mel, Sophia, Chay e Micael.
_ Oi mãe – disse enquanto a mãe o abraçava chorando – Oi gente – disse ao resto.
_ Oi – os cinco disseram juntos.
Kátia ficou um tempo conversando com ele, mas teve que ir embora.
_ E aí cara, como você assustou a gente – disse Chay emocionado de vê-lo acordado.
_ É verdade, nunca mais faça isso – disse Mel emocionada também.
_ Calma gente, eu já acordei, estou bem – disse feliz de ver os amigos – mas vocês tem que agradecer a minha Lua, ela que me trouxe de volta – disse olhando todo bobo para ela.
_ É a gente sabe – disse Micael rindo.
Os seis ficaram conversando muito tempo, Lua não tinha saído do lado de Arthur, que estava feliz por ter os seus amigos e a menina que amava ao seu lado.
***
No dia seguinte, Micael, Mel, Sophia e Chay foram buscar Arthur no hospital, quando viu seus amigos abriu um sorriso, mas ao não ver Lua, seu sorriso desapareceu.
_ Cadê a Lua? – perguntou triste.
_ Você já vai saber – disse Chay – não faça mais nenhuma pergunta, vamos embora – ordenou.
Os cinco foram até o estacionamento e seguiram para a casa de Arthur, ao chegar, ele abriu a porta e avistou todos de sua turma.
_ BEM VINDO DE VOLTA ARTHUR! – gritou todos quando entrou, um longo sorriso abriu em seu rosto de emoção.
_ Obrigado gente – disse enquanto todos foram o abraçar.
Lua não estava lá, não se sentia 100% feliz, cadê a sua garota? Era a pergunta que fazia a si mesmo.
_ Arthur, uma pessoa muito especial mandou te entregar – disse Pérola enquanto entregava um bilhete.
Arthur abriu o bilhete e leu:
“Meu príncipe… você deve estar se perguntando onde estou né?
Calma, vem para a área de lazer que terá mais uma pista minha.”
Ao acabar de ler, foi direto para lá, logo que chegou viu mais um bilhete, abriu:
“Você está perto, vai atrás da churrasqueira que terá uma surpresa.”
Foi rapidamente para o local, quando viu sua garota de costas, estava linda.
_ Lua? – Arthur a chamou, ela se virou.
_ Meu príncipe – disse correndo para abraçá-lo.
_ Por que você não estava lá com todo mundo? – perguntou sem entender.
_ Porque eu tenho uma surpresa para você – disse sorrindo – Vem comigo – disse o puxando pela mão, levou-o até a casinha da árvore que Arthur brincava quando criança, ao subir, ele viu várias fotos dos dois no hospital, onde Lua tinha tirado durante todo o mês que ele tinha ficado internado, e logo viu as fotos do baile ampliadas e mais no fundo um cartaz escrito “EU TE AMO!”.
Arthur ficou sem palavras, rolavam lágrimas em todo o seu rosto.
_ Eu preparei tudo isso durante o mês, essa casinha tá pronta faz um mês – disse chorando.
_ Está linda, você é tudo para mim – disse a abraçando forte – Eu te amo com toda a minha alma, com todas as minhas forças – disse a olhando nos olhos.
_ Eu te amo mais que a minha própria vida – disse entre um beijo e outro – Eu tive tanto medo de te perder – confessou o abraçando forte.
_ Shiu, você não me perdeu, eu estou aqui – disse a fazendo olhar para ele, depois deu um beijo apaixonado, com saudade, com carinho e delicado, que fazia com que os dois sentisse o coração bater descompensadamente, fogos de artifícios explodirem por dentro, queriam que o tempo parasse naquele instante.
Foram parando o beijo com selinhos para poderem respirar.
_ Quer ser minha namorada? – perguntou Arthur segurando a cabeça de Lua delicadamente entre suas mãos com que faziam que olhassem um para o outro.
_ Você ainda quer resposta? – perguntou sorrindo bobo, ele assentiu com a cabeça – É claro que eu aceito! – disse o abraçando e depois com vários selinhos,o que logo tornou um beijo calmo, apaixonado e carinhoso.
_ Eu te amo – dizia Arthur entre um beijo e outro.
_ Eu te amo – dizia Lua em resposta.
Os dois continuavam em clima de romance, se declaravam o tempo inteiro, e a frase que mais falavam um pro outro era “EU TE AMO!”





O dono do bar já estava preocupado com Arthur, pois estava muito tonto e insistia em dirigir.


_ Garoto, deixa eu ligar para um táxi te levar – disse o dono do bar preocupado com o estado dele.
_ Moço, não precisa, meu carro está aqui na frente – disse Arthur meio embolado, e andando cambaleando até o carro.
O moço ainda tentou convencê-lo, mas foi em vão, quando viu Arthur já tinha entrado no carro e desaparecendo pelas ruas escuras. Arthur, como estava correndo e não tinha condições de dirigir, avançou o sinal vermelho e como vinha vindo um caminhão bateu no lado do passageiro, era um caminhão grande e a batida foi forte o carro de Arthur capotou duas vezes, Arthur desmaiou e bateu a cabeça no vidro e machucando muito, o motorista do caminhão ligou para a ambulância rapidamente, vendo como o garoto estava e depois para a polícia. Não demorou muito a ambulância chegou, levou Arthur para o hospital.
***
Já era quase 3h da manhã, quando o telefone toca na casa dos Aguiar, a mãe assustou e atendeu.
_ Alô – disse assustada.
_ Sra. Aguiar? – perguntou a voz.
_ Sim, quem é? – perguntou preocupada.
_ Aqui é do Hospital Central de Forks – disse a voz – Arthur Aguiar é seu parente? – perguntou.
_ Meu filho – respondeu – o que aconteceu com ele? – perguntou nervosa.
_ Ele sofreu um acidente de carro e está internado aqui, precisamos que a senhora venha aqui rápido – disse a voz.
_ Ai meu filho! Já estou indo – disse levantando e desligando o telefone.
Se troca rápido e foi a caminho do hospital. Ao chegar lá, foi ao balcão perguntar a recepcionista.
_ Moça, ligaram e disseram que meu filho, Arthur Aguiar, está internado aqui e queriam falar comigo – disse desesperada.
_ Ah sim! Senhora Aguiar, vou te levar até a sala do médico – disse a recepcionista encaminhando até a sala – Aqui senhora – disse abrindo a porta e dando-lhe passagem para entrar.
_ Senhora Aguiar? – perguntou o médico.
_ Sim – respondeu – O que o meu filho tem? – perguntou desesperada.
_ Bom, ele sofreu um acidente muito grave, ele bateu a cabeça muito forte, mas felizmente não teve nada, quebrou a perna e o braço em dois lugares, estamos fazendo uma cirurgia com urgência para que não comprometa mais os ossos, mas antes tivemos que fazer uma lavagem estomacal, pois ele bebeu e muito, minutos antes da cirurgia ele acordou e disse “Lua, não me deixa, não faz assim comigo”, não sei quem é, mas estava tendo um delírio, logo desmaiou de novo, ele ficará em coma induzido durante dois dias para não sentir dor e se tudo ocorrer bem em três ou quatro dias terá alta – contou-lhe o médico.
_ Ah! Que bom que não foi nada grave doutor – disse mais calma – você disse que ele bebeu? – perguntou e o médico confirmou – Mas ele não é de beber – disse estranhando – Lua? Ah, deve ter acontecido algo… – disse pensativa – Doutor que horas que acaba a cirurgia? E quanto custa? – perguntou.
_ Bom, a cirurgia acaba daqui mais ou menos 1h30 ou 2h, você só pagará 25%, pois o convênio cobre, mas como foi de urgência tem um custo, que será R$450,00, podemos parcelas até em quatro vezes – respondeu.
_ Ótimo, onde que pago? – perguntou.
_ Na recepção senhora – respondeu – agora irei ver como anda a cirurgia do seu filho – disse.
_ Obrigada doutor – ela saiu mais calma, foi até a recepção pagar a cirurgia e sentou para esperar notícias do filho, resolveu ligar para Micael dar a notícia.
_ Alô? – Micael atendeu sonolento.
_ Micael, aqui é a Kátia – disse.
_ Oi Tia Kátia, tudo bem? – disse se sentando na cama preocupado.
_ Então, estou aqui no Hospital Central de Forks, pois o Arthur sofreu um acidente – responde.
_ Como assim? Está tudo bem com ele? – perguntou desesperado.
_ Calma, ele quebrou a perna e o braço em dois lugares, só está em cirurgia para não comprometer mais os ossos, mas está tudo em ordem, só liguei para avisar mesmo, vocês são tão amigos, e avisa o Chay, por favor – disse e despediu.
_ Que bom que não aconteceu nada grave, vou avisar o Chay e estamos indo para aí, obrigado por avisar – disse e se despediu.
Micael avisou Chay, que disse que estava a caminho do hospital também, os dois chegaram lá e foram dar um abraço em Kátia.
_ Oi Tia Kátia, tem notícias dele? – perguntou Chay.
_ Ainda não, estão na cirurgia – respondeu nervosa com a demora.
Já passava das 6h da manhã e sem nenhuma notícia.
_ Já faz mais de 3h que estão na cirurgia, o médico disse que em 1h30 ou 2h terminava – disse Kátia nervosa para Micael e Chay.
_ Calma tia – Micael tentava acalmá-la.
_ Ali o médico tia – disse Chay quando avistou o doutor.
_ Doutor como está meu filho? – perguntou Kátia.
_ Infelizmente não tenho notícias boas – disse o médico sério – a cirurgia foi um sucesso, mas logo depois da que terminamos, ele teve uma convulsão e entrou em coma, refizemos alguns exames e a pancada na cabeça foi séria e detectamos um coágulo no cérebro, já tiramos, não foi necessário cirurgia, pois foi detectado rápido, mas infelizmente ele entrou em coma, agora precisamos esperá-lo acordar e não temos previsão para isso, pode demorar dias, semanas, meses, anos, mas se Deus quiser não vai demorar muito não – o médico disse.
_ Doutor, posso vê-lo? – perguntou Kátia aos prantos.
_ Claro, mas só um pouco está bem? – disse o doutor, Kátia assentiu.
Kátia acompanha o médico, Micael e Chay ficaram na sala de espera sem reação, choravam preocupados com o amigo.
_ O Arthur é forte, vai sair dessa – disse Micael chorando.
_ Claro que vai – concordou Chay chorando – temos que avisar as meninas, eu aviso a Soph e você a Mel – disse e Micael concordou.
Depois de alguns minutos Mel e Sophia chegaram, Kátia já tinha ido.
_ Oi gente – disse Sophia preocupada.
_ Como ele está? – Mel perguntou preocupada.
_ Em coma – respondeu Micael.
_ Cadê a mãe dele? – perguntou Sophia.
_ Ela foi descansar, fazia horas que ela estava aqui – respondeu Chay.
_ Ah coitada – disse Mel penalizada – e cadê a Lua? – perguntou.
_ Então, a gente não sabe como contra e pensamos que vocês podiam avisá-la – disse Micael.
_ Ótimo, a gente avisa – disse Sophia – Mel, você quer avisar ou quer que eu avise? – perguntou para Mel.
_ Pode avisar, sou péssima para isso – disse Mel.
_ Está bem, vou ligar para ela – avisou Sophia – Já volto – disse indo para fora do hospital.
***
Já era quase 8h da manhã, Lua não conseguia dormir desde das 2h30 da manhã, pois estava com um aperto no peito, ouviu seu celular tocar, ao ver que era Sophia, assustou pois era muito cedo.
_ Soph? – disse assustada.
_ Lua, não tenho uma boa notícia para te dar – disse com uma voz aparentemente calma.
_ O que aconteceu? – perguntou preocupada.
_ Lua, o Arthur sofreu um acidente e está internado aqui no Hospital Central Forks – disse devagar.
_ Como assim? Como ele está? – perguntou aos prantos.
_ Calma, ele entrou em coma – disse tentando acalmar a amiga.
_ Coma? – perguntou chorando – Eu vou aí agora – disse nervosa.
_ Lua eu vou te buscar – disse.
_ Rápido Sophia – disse e desligou o celular.
Trocou de roupa e desceu correndo, já estava esperando Sophia na porta de casa, não demorou muito Sophia chegou, Lua correu até o carro e entrou, Sophia e Lua se abraçaram, chorando muito.
_ Calma Lua – disse tentando acalmá-la.
_ Calma? Como você quer que eu esteja calma se o garoto que eu amo está em coma – disse chorando.
_ Ele vai sair dessa Lua – disse – ele é forte.
_ Eu espero que sim – disse chorando mais ainda – agora vamos logo.
As duas foram para o hospital, ao chegarem Lua entrou desesperada e Sophia atrás, os quatro foram dar um abraço em Lua, que chorava desesperadamente.
_ Calma Lua – disse Mel chorando.
_ Ele vai sair dessa – disse Chay chorando.
_ Ele é forte – disse Micael chorando.
_ Ele vai sair dessa rápido – completou Sophia chorando.
Lua não conseguia falar nada apenas chorava, sentou em uma cadeira e colocou as mãos no rosto.
_ Eu quero ir vê-lo – conseguiu falar por fim se levantando e dirigindo-se até a recepção – Oi eu gostaria de ver o paciente Arthur Aguiar.
_ Sinto muito senhorita, mas não posso autorizá-la a vê-lo – disse a recepcionista.
_ Como assim? – disse irritada – Deixa eu falar com o médico dele então.
_ OK! Vou telefonar, só um minutinho – disse a recepcionista com o telefone na mão e discando o ramal do médico – Doutor, tem uma garota aqui que quer ver o paciente Arthur Aguiar – disse – Como a senhorita chama? – perguntou para Lua.
_ Lua Blanco – respondeu
_ Lua Blanco, doutor – repetiu para o médico – O que você é dele? – perguntou para Lua novamente.
_ Amiga – respondeu triste.
_ Amiga – repetiu no telefone – OK – desligou – O médico autorizou a sua entrada, mas não pode demorar muito – disse para Lua.
_ Ótimo só de poder vê-lo está bom – disse seguindo a recepcionista.
_ Aqui está – disse abrindo a porta para que Lua entrasse – daqui a pouco venho te chamar – falou antes de ir.
_ OK – confirmou e entrou, ao ver Arthur deitado naquela cama de hospital, cheio de aparelhos dava tristeza enorme em seu peito, aproximou-se dele – Arthur não sei se está me escutando, mas vou falar tudo, volta para mim, acorda, por favor, não me deixe, eu fui uma besta, eu gosto de você, eu preciso de você, nós todos precisamos de você – disse dando um beijo na bochecha dele, enquanto as lágrimas escorriam de seus olhos – me desculpa se te magoei, eu vou ficar com você todos os dias até você acordar viu? – disse fazendo carinho nele, nesse instante a porta se abriu.
_ Senhorita Blanco? – perguntou a enfermeira.
_ Sim – respondeu.
_ O doutor quer falar com você – disse – me acompanhe – saiu e Lua a seguiu, passaram por várias portas – Aqui, o doutor te espera – abriu a porta.
_ Senhorita Lua Blanco? – perguntou o doutor.
_ Sim – confirmou.
_ Sente-se – apontou para a cadeira em sua frente, Lua sentou – O que você é do Arthur? – perguntou.
_ Amiga – respondeu.
_ Só isso? – perguntou, Lua confirmou com a cabeça – Ele não te considera só como amiga – disse.
_ Como assim? – Lua perguntou sem entender.
_ Ele acordou minutos antes da cirurgia, não parava de falar “Lua, não me deixe, não faz assim…”, só falava isso – contou – aconteceu alguma coisa ontem antes disso tudo? – perguntou.
_ A gente brigou – respondeu – Vamos dizer que ele se declarou para mim e eu dei um fora – disse deixando uma lágrima escorrer pelo seu rosto.
_ Você gosta dele né? – perguntou.
_ Muito – respondeu triste – agora ele está em uma cama de hospital.
_ Ele estava bêbado? – perguntou.
_ Não, ele não bebe – respondeu estranhando a pergunta do médico.
_ Pois então ele bebeu depois da briga de vocês – disse o doutor – e muito – acrescentou.
_ Não acredito, a culpa é toda minha – disse chorando compulsivamente.
O médico levantou-se e foi acalmar Lua que não parava de chorar.
_ Posso ficar aqui com ele? – perguntou.
_ Claro, vai ser bom para ele – respondeu.





O baile já estava no fim, iriam anunciar o príncipe e a princesa do baile, Chad subiu no palco para anunciar os coroados da noite.

_ Bom antes de anunciar, queria agradecer a todos que foram candidatos, percebi que tinha pessoas novas – disse Chad –, agora vamos ao que interessa, o príncipe e a princesa do baile, ao envelope – disse mostrando o envelope, abriu e anunciou – os coroados são Lua Blanco e Arthur Aguiar, por favor subam aqui – pediu, os dois ficaram surpresos com o resultado – Lua! Arthur! Por favor aqui no palco – disse mais uma vez, os dois foram meio que carregado pelos amigos – Bom, querem fazer algum discurso? – perguntou aos dois, que negaram com a cabeça – Então, a última dança da festa é de vocês – disse, colocando as coroas na cabeça dos dois – Podem ir dançar – disse apontando para a pista que já tinha espaço para os dois.
Arthur pegou na mão de Lua e levou-a até a pista de dança, um braço estava envolta da cintura de Lua e o outro segurando a sua mão, ela colocou uma mão no braço dele e a outra segurando a sua mão, estavam se olhando. Arthur fez com que Lua envolvesse seu pescoço e ele a envolveu pela cintura a puxando para mais perto de si, colocou seus lábios perto do ouvido de Lua, que ficou arrepiada com tal aproximação.
_ Posso te confessar uma coisa? – disse em um sussurro, ela balançou a cabeça afirmando – Eu votei em você e fiz com que outras pessoas votassem em você, como Micael, Chay, Mel, Sophia, Pedro, Rayana, Carla, Bernardo, Juliana, Michel, Luiza, Lucas, Beatriz, Daniela, alguns do 3º, 2º e 1º ano, mas fiz com que votassem em mim também, pois não queria te ver com outro – confessou em um sussurro.
_ Por que você fez isso? – perguntou baixinho no ouvido de Arthur.
_ Porque você é a garota mais bonita da festa e todos concordaram comigo – disse baixinho.
_ Você é maluco – disse sussurrando.
A música acabou, os dois ficaram alguns instantes abraçados e olhando nos olhos um do outro, só voltaram ao mundo real quando ouviram o barulho do flash.
Na saída todos receberam as fotos, Lua e Arthur abriram o envelope contendo as fotos, as duas que tiraram no inicio e a última era a da dança, foi a mais bonita, pois ficou espontânea, real.
Arthur levou Lua para casa, quando foi despedir dele os lábios se tocaram, afastaram assustados.
_ Desculpa – disse os dois juntos.
_ Lua, queria te falar uma coisa – disse Arthur tímido.
_ O que? – perguntou Lua curiosa.
_ Bom, primeiramente agradecer por ter me feito companhia nessa noite – começou agradecendo.
_ Não precisa agradecer, pois gostei da nossa noite, fomos até coroados – disse mostrando a coroa e rindo.
_ Verdade – riu também, mas logo parou –, mas o que eu quero te dizer na verdade é outra coisa, – parou, respirou fundo – Lua, quando eu estou perto de você, eu fico bobo, não sei o que falar, não sei o que fazer, minhas mãos tremem, meu coração parece que vai explodir, eu entro em circuito, eu me sinto bem ao seu lado e aquele lance de que você é igual as outras é pura mentira, você é única, especial, diferente, – disse se aproximando dela – eu confesso que fiquei morrendo de ciúmes quando te vi com o Pedro, comecei a namorar a Pérola para te esquecer, mas foi pior eu não conseguia te tirar da minha cabeça – disse acariciando o rosto de Lua –, também fiquei mal quando me mandou aquela mensagem dizendo que era melhor a gente se afastar e quando falou que eu não prestava, que era galinha, todos sempre me falavam e eu nunca dei moral, mas vindo de você me machucou muito, me fez sentir a pior pessoa do mundo, eu me senti pior do que um rato e eu não sabia o motivo, mas agora eu sei – disse aproximando mais – eu estou apaixonado por você – disse devagar e sussurrando, seus lábios se tocaram, era um beijo calmo, apaixonado, cheio de saudades e sentimentos.
Ao se aproximarem, ficaram um tempo se olhando.
_ Arthur, está errado – disse atordoada.
_ Por que Lua? – perguntou sem entender.
_ Nós somos amigos, e amigos não se beijam – disse nervosa.
_ Lua, eu acabei de me declarar, disse que sou apaixonado por você – disse triste – eu sou completamente apaixonado e louco por você – completou.
_ Arthur você está confundindo – disse atordoada.
_ De novo com isso Lua – disse nervoso – não estou confundindo nada, já sofri muito longe de você, com medo de te perder para sempre – disse sincero – não é possível que não sente nada por mim Lua – disse chateado.
_ Arthur, você acha que todas as garotas caem aos seus pés né? – disse irritada.
_ Não, não acho… – disse interrompendo – mas dá para ver nos seus olhos que você gosta de mim – disse esperançoso.
_ Arthur coloca uma coisa na sua cabeça, eu não gosto e nunca vou gostar de você… entendeu? – disse irritada e segurando as lágrimas – Esquece a nossa amizade – saiu do carro correndo.
_ LUA… ESPERA… – gritou com os olhos umedecidos.
_ NUNCA MAIS FALA COMIGO – gritou – eu achei que você tinha mudado, mas me enganei – disse não contendo as lágrimas que escorriam, entrou em casa.
Arthur ficou parado na porta da casa dela chorando muito, até que resolve dar uma volta, parou em frente um bar, desceu do carro e entrou no lugar.
_ Moço me vê uma dose dupla de cachaça? – disse ao homem que estava atrás do balcão, o moço colocou em sua frente, Arthur bebeu de uma vez, até fez careta por causa da sensação de queimar a garganta ao descer – Mais uma – pediu, e assim foi pedindo durante o tempo que afogava suas dores, já era a quinta dose seguida, já tinha bebido muito.
***
Lua não conseguia parar de chorar, deitou-se na cama e lembrou das palavras “Estou apaixonado por você” que Arthur lhe dissera, até pegar no sono, mas logo em seguida acordou assustada e com uma dor no peito, mas tentou dormir novamente, foi um sono agitado, acordava toda hora.




Passaram duas semanas, Lua e Arthur estavam bem, era amigos, os outros quatro estavam felizes de verem que os amigos estavam melhores, mas não entendia porque não tinham se acertado de vez.


Os seus estavam conversando na casa de Chay, já tinham ensaiado.
_ É hoje o baile – disse Sophia animada.
_ Verdade – concordou Mel – Então, já são 15h30, preciso ir embora para me arrumar – disse – Vamos meninas? – disse para Sophia e Mel.
_ Vamos – responde Lua, levantando-se
_ Bom, eu também vou, tenho que fazer umas coisas antes de ir buscar minha acompanhante – disse Arthur – passo na sua casa as 20h – disse para Lua.
_ Ótimo – confirmou Lua.
_ Bom, eu e Micael também passamos as 20h na casa da Lua para buscar vocês – disse Chay para Sophia e Mel.
_ OK! – disseram Mel e Sophia juntas.
Todos se despediram, Lua, Sophia e Mel foram para o shopping ver os vestidos. Entraram em uma loja, na Vestha, a preferida das três.
Lua pegou um vestido preto tomara que caia, um pouco acima dos joelhos e justo que valorizava todas as suas curvas a deixando muito linda e sexy, não era vulgar. Sophia, um vestido rosa rodado, tomara que caia, curto, acima dos joelhos, a deixava sexy também. Já Mel, um vestido azul marinho, de um ombro só, justo, curto, mostrava as suas curvas muito bem, não a deixava sexy, mas sim linda e sexy.
Depois de escolherem os vestidos, foram escolher os sapatos, Lua escolheu uma sandália gladiador preta, com salto 7cm, que ficava lindo com o seu vestido; Sophia um scarpin rosa de salro alto, 15 cm, combinava perfeitamente com o seu vestido; Mel uma sandália prata com detalhes brilhantes em azul marinho de salto de 10cm, ficava perfeito com seu vestido.
Pagaram suas compras e foram para casa de Lua, já eram 17h30, foram tmar banho e se arrumar. As três estavam se divertindo muito.
As 19h50 já estavam prontas, Lua tinha feito uma trança em seu cabelo, Mel enrolado as pontas e Sophia prendeu um pouco do cabelo em um prisilha rosa brilhante, estavam lindas. Desceram para esperar os meninos.
***
Arthur ao sair da casa de Chay, passou em uma floricultura para comprar um buquê de rosas vermelhas, estavam lindas, na bomboniere, comprou uma caixa de bombom em forma de coração e por último passou na loja para pegar sua roupa, que era uma blusa branca lisa, um blazer preto e uma calça jeans mais social preta e um sapatênis, a roupa era um esporte fino que ficava lindo nele.
Chegou em casa, colocou o buquê em um vaso com água, os bombons na geladeira e subiu para seu quarto, tomou banho, colocou uma bermuda e se deitou para descansar um pouco, esperando dar a hora para se arrumar, as 19h começou a se aprontar, colocou sua roupa e deu uma olhada no espelho.
_ Será que ela vai gostar? – perguntou para si mesmo – Claro que vai… – confirmou para si.
O toque final, passou seu perfume, pegou seu celular, chaves do carro e de casa, careteira, desceu, ligou para Micael e Chay dizendo que já estava saindo de casa e indo pegar Lua, os dois confirmaram que também já estavam indo. Abriu a geladeira, pegou os bombons, pegou as flores e deixou um bilhete para sua mãe.
Mãe,
Fui no baile da escola, está bem?
Estou com o celular, não precisa se preocupar e me esperar, estarei bem…
Virei embora assim que o baile acabar.
Beijos, te amo.
Arthur.
Foi para o carro e se dirigiu em direção à casa de Lua.
***
Já era 20h, as meninas estavam agitadas esperando os meninos.
_ Que demora! – disse Mel agoniada.
_ Calma, eles devem estar chegando – Lua disse ansiosa, mas tentando se acalmar.
Nesse exato momento a campainha tocou, as meninas se levantaram, se olharam no espelho, Lua abriu a porta esperando ser Arthur.
_ Ah! Oi Mica – disse desanimada.
_ Nossa que ânimo para me receber hein? – disse Micael rindo – Posso entrar? – Lua deu passagem para que ele entrasse – Oi Mel, você está linda meu amor! – disse ao ver Mel – Oi Sophia! – cumprimentou.
_ Oi Mica! – cumprimentou Sophia.
Passaram mais alguns minutos e a campainha tocou novamente, Lua abriu a porta.
_ Oi Chay – cumprimentou Lua e dando passagem para ele entrar.
_ Oi Lua – disse entrando – Oi casal – cumprimentou Mel e Mica – Oi minha linda! Você arrasou hein? – disse cumprimentando Sophia de boca aberta.
_ Oi meu lindo! Você também tá lindo com esse smoking – disse Sophia.
Os cinco estavam conversando, Lua estava aflita, já era 20h35 e nada de Arthur chegar, quando a campainha tocou, Lua foi abrir a porta.
_ Oi Arthur! – disse olhando de cima a baixo, estava lindo – Entra – disse dando passagem.
_ Oi Lua! – disse bobo com a beleza dela, deu um beijo leve em sua bochecha e entrou – Oi gente! – cumprimentou, todos acenaram – Ah! Isso é para você Lua – disse lhe entregando a caixa de bombons e as flores.
_ Arthur, obrigada, mas não precisava – disse toda boba com os presentes – Vou colocar essas flores em um vaso, volto já – disse indo em direção à cozinha.
_ Viu? O Arthur é educado, trouxe presentes para a Lua, e olha que é amigo dela – disse Sophia para Chay.
_ Verdade, ele é mais educado que meu namorado – disse Mel para Micael rindo.
_ Oh Arthur por que você não falou para gente cara? – perguntou Chay rindo.
_ Uai vou saber que não sabiam disso – disse rindo.
Lua voltou para a sala.
_ Vamos? – perguntou.
_ Vamos – respondeu todos.
Os seis saíram, Mel e Mica no carro dele, Sophia e Chay, no de Chay e Lua e Arthur, no dele, foram a caminho do baile.
_ Desculpa a demora – disse Arthur se desculpando – É que estava um engarrafamento e atrasou – explicou.
_ Imagina, não precisa pedir desculpas – disse Lua o tranquilizando.
_ Você está muito bonita, quer dizer, está linda – elogiou.
_ Obrigada – agradeceu com vergonha – você também está muito bonito… – elogiou corando – Pensei que iria vim smoking – confessou.
_ Eu ia, mas achei que ficaria melhor de blazer, ficaria mais chique – disse rindo.
_ E ficou – disse olhando para ele – Bom, vamos?
_ Vamos – disse tímido.
O caminho foi rápido, estavam meios constrangidos com a presença um do outro. Chegando lá, Arthur estacionou.
_ Eu vou abrir a porta para você, então fique quietinha – disse para Lua, abriu a porta e deu a volta indo em direção à porta do passageiro, abriu e estendeu a mão para Lua que a segurasse. – Aqui senhorita – Lua pegou a mão dele e saiu do carro, Arthur colocou o braço dela em torno do seu e foram em direção a entrada do baile.
_ Oh casal, vamos tirar uma foto? – disse o fotógrafo, os dois se olharam e só viu o flash – Vamos tirar outra – disse – Ah! Já sei uma ótima posição, você garota – apontou para Lua – fica na frente dele, e você – apontou para Arthur – a abrace por trás e olham um para o outro – disse o fotógrafo, os dois hesitaram – vamos logo casal – apressou, os dois fizeram a posição dita e só viram o flash – pronto – disse os acordando do transe – vocês formam um lindo casal, uma linda sintonia – elogiou os dois, eles logo saíram de lá.
Lua e Arthur ficaram constrangidos com a situação que o fotógrafo fizeram eles passarem, foram caminhando em silêncio, passaram em frente a mesa de votação de príncipe e princesa do baile, ouviu alguém os chamando.
_ Lua! Arthur! – chamou alguém, os dois se viraram – Vocês foram escolhidos para participar da votação – continuou – Coloquem o nome completo de vocês aqui, não aceito não como resposta – disse, os dois colocaram os nomes, mesmo contra a vontade.
Os dois caminharam até a mesa em que Sophia, Chay, Mel e Micael estavam.
_ Demoraram hein? – falou Chay.
_ Ah! Fomos obrigados a tirar fotos e a concorrer ao príncipe e princesa do baile – respondeu Lua sorrindo.
_ Ótimo, já temos em quem votar – disse Mel.
_ Nem pensar, a gente não quer isso – disse Arthur.
Sentaram-se e conversaram. Os meninos foram buscar bebidas e as meninas ficaram conversando.
_ Nossa, os meninos ficaram lindo né? – disse Mel – Claro que o meu Mica ficou muito mais – disse rindo.
_ Claro que não, o meu Chay ficou mais – disse Sophia sorrindo.
_ Ih! Nem vem, não foram o de vocês que foi intimado a se candidatar a ser príncipe do baile, lógico que foi o meu… – Lua parou de falar ao ver que ia falar o que não devia, Mel e Sophia a olharam esperando acabar de falar – acompanhante, Arthur, que está muito mais bonito – disse entrando na brincadeira.
_ É o Arthur surpreendeu não vindo de smoking – disse Mel.
_ Verdade, ele está muito bonito – disse Sophia.
_ Bonito é pouco, ele está lindo – confessou Lua, as três caíram na gargalhada.
Os meninos estavam voltando, cada um com dois copos de ponche na mão, estavam conversando.
_ As meninas ficaram muito bonitas – disse Chay – mas ninguém supera a minha Sophia – brincou.
_ Nem vem, a minha Mel está muito mais – disse Micael entrando na brincadeira.
_ Ichi! Foi a minha Lua que foi convocada a ser princesa do baile, então está muito mais bonita, quer dizer, está linda, perfeita – disse Arthur brincando e todo bobo.
Chegaram na mesa, sentaram-se e deram o copo para as meninas. O DJ colocou uma música romântica para tocar.
_ Minha linda, vamos dançar? – perguntou Chay para Sophia.
_ Claro – respondeu levantando-se e indo até a pista de dança com Chay, que já tinha vários casais dançando.
_ Vamos também Mel? – perguntou Micael, Mel balançou a cabeça confirmando e foi para o meio da pista.
Ficaram só Lua e Arthur na mesa que estavam constrangidos.
_ Lua, me daria a honra de dançar com você? – perguntou tímido.
_ Uai, vamos… – respondeu.
Arthur deu a mão para Lua e a conduziu para a pista, onde a envolveu pela cintura e a puxando para mais perto, ela passou seus braços em volta do pescoço dele e os dois se olhavam intensamente nos olhos um do outro e dançavam em perfeita sintonia. Os sentimentos que eles estavam controlando voltou com todas as forças, os corações batiam fortes, mãos tremiam, carga elétrica em todo o corpo e respiração acelerada. A música parou, os dois continuavam dançando, até que perceberam que já tinham acabado, voltaram para a mesa tímidos e envergonhados, os outros quatro já estavam lá, olharam para os dois rindo, pois tinham reparado no que acabara de acontecer.






Já tinha acabado a aula, Arthur despediu-se rapidamente de seus amigos e foi direto para a lanchonete Dropz esperar Lua.

“Espero que ela venha”, pensou Arthur, estava nervoso, pois estava com medo dela não aparecer, passou poucos minutos, mas parecia horas, quando ouviu a porta se abrir, levantou a cabeça para ver se era ela, logo que confirmou que era abriu um longo sorriso, Lua caminhou até a sua direção, Arthur se levantou.
_ Oi! – disse Arthur tímido.
_ Oi! – Lua retribuiu constrangida.
Ficaram por alguns instantes se olhando intensamente.
_ Senta-se – disse Arthur saindo do transe.
_ Obrigada – Lua disse tímida.
Ficaram alguns minutos em silêncio.
_ Bom, por que me chamou aqui? – Lua perguntou curiosa e quebrando o silêncio.
_ Antes de falar, vamos pedir? – disse Arthur, chamando o garçom.
_ O que vão querer? – perguntou o garçom ao se aproximar da mesa.
_ Eu vou querer um Cheese picanha mal passada e um Milk Shake de baunilha – pediu Lua.
_ E você? – perguntou o garçom para Arthur depois de anotar o pedido de Lua.
_ Eu vou querer uma porção de batata-frita, um cheddar picanha mal passado e um Milk Shake de chocolate – pediu Arthur.
O garçom anotou o pedido e se retirou.
_ Então, já pedimos, agora pode falar – disse Lua curiosa.
_ Larga de ser curiosa Lua, – disse Arthur rindo – temos muito tempo para conversar – disse calmo.
_ Está bem né? – disse rindo – Mas e ai, o que me conta de bom? – perguntou.
_ Ichi… nada de interessante e você? – disse.
_ Ah, nada também… – respondeu, ficaram alguns instantes em silêncio – Ah, lembrei, daqui a duas semanas tem o baile de final de ano… você vai? – disse sorrindo.
_ Ah é verdade, quem sabe, se eu arranjar uma companhia – disse rindo – Você aceitaria ir comigo ao baile? – perguntou receoso.
Antes que Lua respondesse, o lanche que pediram chegou, o garçom colocou a porção de batata, os dois Milk Shakes, o cheese picanha e o cheddar picanha na mesa.
_ Aqui garotos o pedido de vocês – o garçom disse.
_ Obrigado – agradeceu Arthur.
O garçom deu um leve sorriso e se retirou os dois ficaram em silêncio e comendo o lanche.
_ Você não me respondeu – Arthur disse quebrando o silêncio – Aceita ou não? – perguntou novamente.
_ Arthur, eu te respondo depois que me contar o porquê de ter me chamado até aqui – disse Lua calma.
_ Já que insiste tanto assim – disse rindo – Bom, como leu meu bilhete, viu que eu sentia saudade de você – começou, um pouco com timidez em sua voz – então pensei que a gente podia… – disse totalmente envergonhado.
_ Podia? – Lua disse para que ele continuasse
_ Vamostentarseramigos? – disse rápido.
_ Como? – disse rindo sem entender.
_ Vamos tentar ser amigos? – perguntou com medo da resposta, Lua ficou de boca aberta – Já que você não veio me procurar, eu pensei que nós pudéssemos ser pelo menos amigos – disse tímido.
_ Bom, acho que podemos tentar – respondeu Lua rindo.
Arthur ficou feliz com a resposta dela, já se sentia um pouco melhor, só de pensar que a teria por perto, o fazia sentir melhor.
_ Então, agora que já falei, – disse Arthur – é a sua vez de me responder, aceita ou não a ir no baile comigo? – tornou a perguntar.
_ Bom, já que somos amigos, acho que podemos ir ao baile sim – responde Lua, Arthur abriu um sorriso.
Acabaram de comer, ficaram conversando mais um pouco, já estava escurecendo.
_ Já está ficando tarde – disse Lua – preciso ir – disse abrindo a bolsa para pagar seu lanche.
_ Nada disso, eu que vou pagar – disse Arthur, sinalizou para que o garçom trouxesse a conta.
_ Não Arthur, eu vou pagar o meu lanche – disse Lua.
_ Eu que convidei, eu que pago – disse Arthur decidido, nessa hora o garçom deixou a conta em cima da mesa, Arthur colocou a quantia certa dentro da carteira do restaurante – Eu vou te levar para casa ainda, não vou deixar você ir sozinha a noite – disse – não adianta negar, vou te levar e ponto final – acrescentou rindo, vendo que ela ia falar algo.
_ Está bem né? – Lua disse rindo.
Os dois foram até o carro de Arthur. O caminho foi percorrido com um clima amistoso.
Lua e Arthur se sentiam um pouco melhor, pois tinham um do lado do outro, mesmo que não fosse do jeito que queriam.







Passou-se duas semanas, Lua e Arthur não trocaram uma palavra desde o dia das leituras, já que não estavam mais encontrando para ensaiar a peça, não tinham mais o que conversar só se via na sala de aula ou então nos ensaios da banda.

Lua estava se sentindo sozinha, mesmo que tinha suas amigas por perto, estava faltando alguma coisa que a completava, alguma coisa, na verdade era alguém, Arthur Aguiar.
Já Arthur não fazia nada, não saia, sua rotina era: casa, escola, ensaio, casa… se segunda a segunda, tentou arrumar um emprego para ver se esquecia do seu sofrimento, mas não conseguia, então largou. Estava sofrendo, pois ainda estava esperando Lua e iria continuar esperando, não iria demorar, era o que ele repetia para si mesmo, a demora não estava lhe fazendo bem, estava sentindo falta dela, sentia triste, mal, seu coração continuava totalmente despedaçado, sua feição era de dor, tristeza, não sorria há muito tempo, todos estavam preocupados.
Estava em casa, deprimido, assistindo TV na sala, com um pacote de salgadinhos e um refrigerante de dois litros ao lado, até ouvir a campainha tocar, ainda tinha esperança de ser ela, a sua Lua, mas assustou, não esperava ninguém, levantou rapidamente e foi abrir a porta, quando viu Micael e Chay.
_ Oi – disse desanimado e dando passagem para eles passarem.
_ E aí irmão, como está? – Micael perguntou.
_ Na mesma, há mais de um mês… – disse Arthur triste.
_ Cara, você tem que sair dessa – falou Chay, realmente preocupado com o amigo.
_ Verdade Arthur – disse Micael concordando com o Chay – você não pode ficar assim, olha para você, não faz nada, está péssimo, tem que levantar a cabeça, ser forte, encarar esse sentimento de cabeça erguida, você já passou por coisa pior – disse sentando e dando força para o amigo.
_ Eu sei que superei a morte do meu pai, eu sei que agüentei a minha mãe me culpando por meu pai ter nos abandonado, sei que passei por coisas piores, mas nunca senti essa dor, nunca sofri tanto por alguém, não sei controlar o que estou sentindo… – Arthur disse triste – eu vou tentar sair dessa, está bem? – disse para os amigos – Mas preciso de ajuda para superar tudo isso – foi como um pedido de ajuda para os amigos.
_ Cara, isso você não precisava nem pedir, a gente vai te ajudar – disse Chay – você gosta muito da Lua né?
_ Com todas as minhas forças – respondeu triste.
_ Sente falta dela? – perguntou Micael.
_ Muito, que chega até doer – respondeu com lágrimas nos olhos.
_ Então vai atrás dela e fala tudo o que você sente – Chay disse dando apoio ao amigo.
_ Mas ela não quer me ouvir, – disse chateado – eu ainda disse que iria esperá-la para aceitar o que sente por mim – disse desanimado.
_ Para de ser pessimista e vai atrás da garota que você gosta cara – encorajou Micael – olha eu e a Mel, demorei muito para falar tudo o que sentia por ela e agora tomei coragem, falei e estamos namorando – disse dando apoio.
_ Verdade vocês tem razão, eu vou falar tudo o que eu sinto – disse Arthur um pouco mais animado.
_ Isso aí! Assim que se fala – disse Chay – Agora vamos jogar vídeo game?
_ Vamos – reponderam Micael e Arthur juntos.
Os três ficaram jogando vídeo game por um bom tempo, para tentar tirar Arthur da depressão.
***
Lua estava na casa de Sophia junto com Mel, as três estavam jogando conversa fora.
_ Lua, você aceitou o que sente pelo Arthur? – perguntou Mel.
_ Eu aceitei faz tempo – respondeu Lua.
_ E não foi atrás dele por quê? – Sophia perguntou.
_ Porque ele é galinha, eu não sou qualquer uma – respondeu Lua.
_ Lua, ele era assim, desde quando terminou com a Pérola, nunca mais ficou com nenhuma garota e você sabe disso – disse Mel.
_ É, mais eu sei que ele não gosta de mim – disse chateada.
_ Ah está bem Lua! – disse Sophia irritada – Claro que ele gosta de você, ele disse que ia te esperar, se isso não é gostar, não sei mais o que é – disse mais calma.
_ Eu não sei de nada – disse triste.
_ Você gosta dele? – perguntou Mel.
_ Muito, mais que a mim mesma – respondeu triste.
_ Sente falta dele? P perguntou Sophia.
_ Muita, mesmo que nós não conversávamos muito eu o encontrava para ensaiar, agora nem falo com ele – disse com lágrimas nos olhos.
_ Então larga de ser boba e vai atrás dele – disse Mel encorajando-a.
_ Não sei ainda – disse desanimada.
_ Ah Lua, você que sabe, mas depois não vai se arrepender hein? – disse Sophia.
_ Pode deixar Soph! – disse Lua – Vamos assistir filme? – perguntou mudando de assunto, as duas assentiram.
As três foram para a sala para assistir o filme que tinham alugado.
***
O começo de mais uma semana, segunda-feira.
Lua estava em seu armário pegando o livro para a aula de matemática, quando viu um papel dobrado em cima de seu caderno.
“O que é isso?” pensou pegando o papel, desdobrou e leu.

Lua,
Sinto muito a sua falta! Eu queria conversar com você… será que pode me encontrar na Dropz depois da aula? Estarei te esperando, por favor não me dê um bolo…
Beijos,
Arthur.

Ao ler esboçou um sorriso, não deixaria de ir ao seu encontro.





Na aula de literatura, os alunos estavam sentados em duplas, pois iriam começar as leituras, estavam ensaiando há um mês. Lua e Arthur não se encaravam, mas sentiam bem estando perto um do outro, aquilo amenizava um pouco a dor que sentiam dentro do peito.


Chay e Sophia começaram com a peça Romeu e Julieta, foi uma boa apresentação, depois foi a vez de Micael e Mel, com a peça Um Sonho de uma Noite de Verão, na apresentação rolou um clima com eles, que ficaram sem graça um com o outro, a vez de Lua e Arthur, que não queriam muito apresentar.
_ Chad, é um peça muito difícil – disse Lua – e outra o nome da menina, Viola, não tinha outro nome não?
_ Lua não você gosta de música? – ela fez que sim com a cabeça - Então ela ama poesia, é uma rebelde que se faz passar por homem para conseguir o que quer, ela é forte, é determinada, sem falar na paixão dela. Viola descreve como ninguém o medo de amar sem ter esse amor correspondido, ela fala de uma melancolia amarela e verde, que deixa as suas bochechas vermelhas e que corrói por dentro, quando você tem medo de fazer qualquer coisa a respeito e não quer que ninguém saiba seu segredo, porque você tem medo de que não te amem também se descobrirem quem é você na verdade. – Arthur olhava para Lua enquanto Chad falava – Agora os dois podem começar a apresentação – disse para os dois.
Os dois hesitaram, mas começaram a leitura, que foi sincera, não era os personagens que estavam lá, mas sim Lua e Arthur, mostraram todos os sentimentos que tinham um pelo outro, que estavam escondendo, ao acabarem todos aplaudiram, pois foi uma das melhores apresentações, os dois continuavam se olhando fixadamente, que só acordaram do transe quando Chad os chamou.
_ Lua e Arthur, – chamou Chad – parabéns, foi muito verdadeira a apresentação de vocês, mostraram os sentimentos, fora vários ensaios, ou então nem precisava de ensaio, pois vi sentimentos reais na leitura de vocês – disse Chad parabenizando-os, Lua e Arthur ficaram envergonhados, olharam para Chad vermelhos, que não percebeu – Bom, na próxima aula continuamos as leituras.
O sinal bateu para o almoço, Sophia, Chay, Mel e Micael já estavam saindo com os outros alunos, Lua e Arthur estavam arrumando as coisas para irem para o refeitório, Arthur tomou coragem para falar com ela.
_ Você gostou da apresentação? – perguntou com medo.
_ Valeu a pena os nossos ensaios – disse secamente.
_ Qual é Lua? Você sabe quem não precisava ter ensaiado, ia sair do mesmo jeito – disse calmo.
_ Claro que precisava, não iria PARECER verdadeiro – disse irritada.
_ PARECER? – disse irritado – Você sabe que foi real, não adianta mentir – disse sério.
_ Que real? Foi só uma apresentação – disse nervosa.
_ Lua, você ouviu o Chad, ele disse que foi verdadeira… – disse calmo e aproximando – eu sei que você não vai dar o braço a torcer, que você tem medo de amar… – disse sussurrando.
_ Arthur, foi o ensaio que fez a gente parecer verdadeiro – disse nervosa com a aproximação – e não tenho medo de amar – disse virando-se para sair da sala, mas Arthur segurou seu braço, fazendo-a ficar perto dele.
_ Lua, para de mentir para si mesma, – disse olhando nos olhos dela – dá para ver nos seus olhos que gosta de mim, mas vou esperar você aceitar o que sente por mim – disse dando-lhe um beijo carinhoso e leve em sua bochecha – E quando aceitar, sabe onde me encontrar, até lá não irei mais te incomodar, ­– deu-lhe um beijo em sua testa e se virou para sair da sala, mas antes de sair virou-se para Lua – vou te esperar o tempo que for necessário… estarei sempre te esperando – piscou para Lua e saiu da sala.
Lua ficou paralisada com as palavras de Arthur, tudo que queria era falar o que sentia por ele, mas não iria dar esse gostinho a ele, teria que saber se ele tinha mudado de verdade, todos diziam que sim, mas ela não acreditava, tinha que ter certeza, mas fazia um tempo já que não o via com alguma garota, depois do fim do namoro com Pérola, as únicas garotas que ele conversava era a Mel e a Sophia, ele agora só andava com Chay e Micael.
***
Arthur, Micael e Chay estavam esperando as meninas chegarem para o ensaio, enquanto isso conversava.
_ Cara, a sua leitura foi realmente verdadeira, não tinha nada dos personagens lá não é Arthur? – perguntou Chay.
_ Eu fiz com o coração, o que eu posso dizer que falei mais como Arthur mesmo – confessou Arthur.
_ É todo mundo percebeu, até o Chad – falou Micael – vocês dois demoraram a ir almoçar né? O que aconteceu? – perguntou curioso.
_ Ah, nada demais, só falei que quando ela aceitasse o que gostava de mim, para ela me procurar e que estarei esperando e não a incomodarei até quando ela não vier falar comigo, pois estou dando o tempo para ela perceber – disse Arthur tímido.
_ Isso ai meu garoto – disse Chay – Enquanto isso vai pegar quem? – perguntou.
_ Ninguém, pois eu só quero a Lua, e esqueceu que eu mudei? – disse irritado.
_ Não, a gente sabe… ele só estava brincando – Micael tentou acalmar o amigo.
_ Desculpa, mas parece que vocês não confiam em mim – disse Arthur chateado.
_ Claro que a gente confia – disse Chay se sentindo culpado.
_ Concordo com o Chay… você é nosso melhor amigo – disse Micael firme – Lembra de quando éramos crianças? Os três mosqueteiros? Então vai ser sempre assim… – Micael riu e fez com que os amigos rissem também.
Os três ficaram relembrando dos momentos de infância, rindo se divertindo, até que as meninas chegaram.
_ Demoraram hein? – disse Chay – Como está linda? – indo dar um beijinho na namorada, Sophia.
_ Bem meu amor – respondeu Sophia – Oi Mica, oi Arthur – cumprimentou os outros.
_ Oi – disseram os dois.
Micael e Mel trocaram olhares, já Lua e Arthur evitaram olhar um para o outro.
_ Parece que está um clima entre vocês dois… – disse Arthur para Micael e Mel.
_ Verdade, também percebi – concordou Lua.
Os dois ficaram envergonhados.
_ Estamos esperando a resposta – disse Sophia.
_ Bom, é que a gente está ficando – confessou Micael.
_ Desde quando? – perguntou Chay.
_ Faz uma semana – Mel respondeu.
_ E por que não contou antes? – Arthur perguntou.
_ Porque a gente sabia que o clima não era um dos melhores, então resolvemos não contar – Mel confessou.
_ Ah entendi… – Lua disse – agora só eu estou sozinha, porque fui terminar meu namoro! – disse fingindo estar chateada.
_ Está sozinha porque quer – Arthur disse alfinetando-a, Lua lhe lançou um olhar de raiva e o clima pesou.
_ Ih… o clima ficou pesado – Chay disse – Vamos ensaiar?
_ Vamos – todos concordaram.
O ensaio estava rendendo, Lua e Arthur trocaram vários olhares apaixonados.






Passou-se um mês, Lua tinha começado a namorar Pedro, parecia estar mesmo apaixonada, mas na verdade era tudo fingimento, era um namoro “fake”, pois Pedro prometera a Lua que ajudaria a esquecer Arthur, eles perceberam que eram só amigos.
Arthur e Pérola continuavam namorando, Pérola estava super contente e apaixonada, mas Arthur estava mal, sentia-se péssimo por estar longe da garota que gostava e vê-la com outro era pior, pois sofria calado, seu coração estava despedaçado, chorava todos os dias em casa e de pensar que Lua não gostava dele fazia com que seu mundo fosse cair em cima de sua cabeça, estava sofrendo muito,  mais do que quando seu pai falecera, pois não conseguia esconder e nem controlar a dor e a tristeza, percebeu que seu plano tinha falhado e que tinha conseguido com tudo isso era se machucar cada dia mais.
Chay e Micael estavam preocupado com o amigo, pois ele não tinha ânimo para nada, inventava muita desculpas para não sair com Pérola e com eles, não saia de casa, a rotina dele era colégio, ensaio e casa, o único lugar que conseguia ficar bem era nos ensaios da banda, mesmo com a presença de Lua, conseguia esquecer os problemas, o sofrimento de não tê-la ao seu lado. Até que resolveram dar uma força.
_ Cara, você está bem? – perguntou Micael preocupado.
_ Claro que estou, porque não estaria? – Arthur respondeu mentindo.
_ Porque a gente sabe que você não está, não adianta mentir – disse Chay.
_ Ok, vocês venceram, eu vou falar, – disse sentando em sua cama – mas não fiquem me zoando depois entendeu? – disse sério.
_ Entendemos, não vamos te zoar, não é Mica? – Chay disse e Micael concordou.
_ Bom, então se lembra do meu plano infalível de que se eu começasse a sair com a Pérola iria esquecer a Lua? – perguntou, os dois fizeram que sim com a cabeça – Falhou, quer dizer piorou a situação para o meu lado, desde de que esquecer a Lua, eu só lembro dela, ela mora nos meus pensamentos, não saí, eu tentei, mas não consegui, e isso está me machucando muito, está me fazendo sofrer, está doendo demais aqui dentro, – apontou para o coração – meu coração está totalmente quebrado e despedaçado, não remonta nunca, eu tentei, mas não foi o suficiente, despedaçou tudo de novo, é tipo um vidro que não tem mais como consertar, nunca mais, porque agora ela está com o Pedro e eu estou aqui sofrendo, não consigo mais enganar a mim mesmo, tentei ver a Pérola com outros olhos, mas não consegui, uma garota fútil, igual a todas que já peguei, exceto a Lua, ela sim vale a pena, merece algo melhor, e esse melhor não sou eu, pois como ela disse não valho a pena, não presto, ninguém mandou ser galinha, agora agüenta as conseqüências – disse com os olhos umedecidos.
_ Cara, você está sofrendo muito hein? – Chay disse assustado com o desabafo do amigo.
_ Você não vai fazer nada? Vai continuar sendo esse Arthur frio, galinha ou vai ser o Arthur com quem estou conversando agora, sentimentalista e apaixonado? – perguntou Micael.
_ O que eu vou ser não faz diferença agora – disse triste e com dor.
_ Claro que faz – disse Chay.
_ Uma coisa eu sei, você nunca foi frio e galinha, mas esse cara que está na minha frente, esse é o verdadeiro Arthur, um grande guerreiro, para superar tudo o que você passou na infância e ainda guardar dentro de você um cara amigo, carinhoso, vencedor, apaixonado, sentimentalista, companheiro… – disse Micael emocionado – mas estava faltando um empurrãozinho que o verdadeiro Arthur saísse dessa casca que você achava que eram e esse leve empurrão foi dado, a Lua fez você sair, então não volte ser a casca, muda para o miolo, que é o verdadeiro – disse com os olhos umedecidos.
_ Cara, ouve nosso amigo e tira essa casca e seja o miolo – Chay disse emocionado.
_ Eu não sei o que falar, – Arthur disse chorando – vocês tem razão, eu sempre fui um Arthur que nunca existiu, eu mostrei o que não sou, eu sou esse aqui, é o que guardava desde quando meu pai faleceu n minha frente e só saiu por causa dela e vai começar a existir por uma única razão, ela, a minha Lua – disse secando as lágrimas.
_ Isso aí meu garoto! Assim que se fala! – disse Micael contente de ver o amigo um pouco melhor.
_ E qual vai ser o primeiro passo para a mudança? – perguntou Chay.
_ Terminar com a Pérola, lógico e depois conquistar a confiança da minha loirinha e mostrar que ela me fez ser um cara melhor, o cara que guardo dentro de mim – disse Arthur tentando se animar.
_ Boa moleque, isso mesmo – disse Micael feliz.
_ Como é bom ver você assim, animado, porque você só ficava desse jeito quando ensaiávamos – disse Chay contente.
_ É só a música me animava, me tirava do sofrimento, me fazia bem, e só de ter ela por perto também me ajudou um pouco – confessou Arthur.
_ É estava estranho seu jeito, sempre de cabeça baixa, triste pelos cantos, trancafiado em casa, nem estávamos te reconhecendo mais – disse Chay e Micael concordou.
_ Isso vai mudar – disse Arthur um pouco mais animado.
Os três continuaram conversando, Arthur sorri um pouco, estava se esforçando.
***
Lua também estava sofrendo, não tinha conseguido esquecer Arthur ainda, Pedro era um ótimo amigo, estava sendo muito gentil namorá-la para fazê-la esquecer outro garoto, mas estava sendo ao contrário, quanto mais ficava com Pedro, mais se lembrava de Arthur e vê-lo com Pérola estava machucando muito, estava sofrendo cada vez mais e tinha certeza que Arthur não gostava dela.
Tomou uma decisão, iria terminar com Pedro, precisava ficar um tempo sozinha. Ligou para ele.
_ Alô? – dizia a voz do outro lado da linha.
_ Pedro? – perguntou Lua.
_ Sim, quem é? – perguntou
_ É a Lua – respondeu
_ Ah! Oi meu anjo, tudo bem?
_ Mais ou menos, eu precisava falar com você, tem como vim aqui em casa agora?
_ Claro, já estou a caminho, beijos – Pedro disse se despedindo e preocupado.
_ Ótimo, beijos
Desligou o telefone, desceu para esperá-lo chegar. Passou 10 minutos, a campainha tocou, Lua abriu a porta.
_ Oi Pedro! – disse cumprimentando com um abraço.
_ Oi Lua – disse preocupado – o que aconteceu?
_ Calma, não é nada grave, – disse o tranqüilizando – é sobre nós dois…
_ Ah bom! – Pedro disse um pouco mais calmo – o que tem nós dois? – perguntou.
_ Então Pedro, nós somos amigos, esse nosso namoro não está me fazendo bem, você foi muito gentil de querer me ajudar, mas não consigo esquecê-lo – Lua disse calma.
_ Eu sei, eu já tinha percebido, só estava esperando você perceber, e também acho melhor terminarmos, até porque estou gostando da Rayana – disse Pedro.
_ Ah que bom que entendeu – disse aliviada – vai atrás dela, ela é muito legal e você também, espero que consiga conquistá-la – disse sincera – Amigos?
_ Lógico, sempre fomos não é verdade? – Pedro disse rindo.
_ Verdade – Lua disse rindo
_ Bom, agora deixa eu ir, que vou conversar com a Rayana – Pedro se despediu.
Lua o acompanhou até a porta e despediu-se. Depois que Pedro foi embora, Lua se sentiu mais leve. Ligou para Sophia e Mel, para contra o que acabara de acontecer, as duas ficaram surpresas, mas entenderam a amiga.
***
Arthur estava sozinho em casa, então essa era a hora de terminar com Pérola, ligaria e marcaria um encontro em sua casa.
_ Pérola? – disse Arthur.
_ Oi bebê – respondeu.
_ Eu queria falar com você, será que dá para vim aqui em casa agora? – perguntou.
_ Claro, daqui a meia hora estou ai, beijos – despediu.
_ Ótimo, beijos – despediu e desligou.
“Nossa meia hora? Para que tudo isso? Eu vou terminar com a garota e ela está se arrumando toda, coitada… mas não posso mais enganá-la e me enganar, tenho que ser sincero…” Arthur pensava, até que veio a imagem da Lua em sua cabeça, a pessoa mais linda, perfeita, única, especial, a que conquista qualquer um, aquele sorriso encantador, aqueles olhos lindos, misteriosos, aquele rosto perfeito, cada traço, aquela boca que fazia qualquer um querer beijá-la, a pessoa que o fazia ficar bobo, louco, ficar sem chão, a garota que amava estava em seus pensamentos a todo momento. Podia ficar pensando nela horas e horas que não enjoaria, até que a campainha tocou e tirou de seus pensamentos. Desceu para atender.
_ Oi Pérola – disse seco.
_ Oi bebê – disse indo dar um selinho, mas Arthur desviou – O que aconteceu?
_ Senta, precisamos conversar seriamente – disse indo em direção ao sofá.
_ Vichi! O que é de tão sério? – disse acompanhado até o sofá.
_ Bom, então, sabe Pérola, acho que esse namoro não está dando certo, não é por sua causa e sim por minha culpa, não está dando mais, quer dizer nunca deu – disse calmamente.
_ O que? Você está terminando comigo? – perguntou histérica.
_ Isso, estou terminando o nosso namoro, eu não consigo mais me enganar desse jeito e nem você, estou te enganando – disse sério.
_ Como assim me enganando? Você está me traindo? – perguntou irritada.
_ Não é traição com você, e sim comigo, eu sou apaixonado por outra garota e achei que se começasse a ficar com você conseguiria esquecê-la, mas não, não consegui, por isso não quero mais te enganar, a melhor forma é terminar – disse sincero.
_ Então está bem, mas antes saiba que só comecei a namorar você por ser bonito e popular na escola, pois anda com aqueles cinco e ainda canta, nunca gostei de você, só queria ser popular – disse irritada.
_ Ótimo, assim eu não me sinto culpado por terminar com você e te fazer sofrer – disse nervoso – Agora tchau! – despediu.
_ Tchau Arthur – disse batendo o pé.
Quando Pérola saiu, Arthur se jogou no sofá aliviado.
_ Primeiro passo da mudança está cumprido – disse para si mesmo.
***
Segunda-feira no colégio o assunto era o término do namoro de Arthur e Pérola, as garotas gostaram da notícia e corriam para “consolá-lo”, mas Arthur sabia o que ela queria, e logo dava um fora em todas, pois a única que ele queria não foi consolá-lo, a sua Lua.
Lua ao ficar sabendo do fim dessa relação, tentou esconder a felicidade, mas não conseguiu muito, mas lembrou que ele iria ficar com a primeira que fosse consolá-lo, mas ao ver dando o fora em uma garota ficou contente e o viu dando foras em outras garotas durante o dia todo e achou estranho aquele comportamento.





Lua estava em sua cama sem nenhum animo para sair, pegou seu celular e ligou para Sophia.

_ Soph! – Lua disse – Vem aqui em casa agora? – perguntou.
_ Claro, já estou indo – respondeu.
_ Ah! Busca a Mel? – perguntou.
_ Tá, liga para ela e fala que estou passando lá, beijos – disse.
_ Está bem, beijos – despediu.
Lua ligou para Mel e disse que Sophia estava passando lá, passou-se uns 15 minutos, a campainha tocou, Lua desceu correndo para atender.
_ Oi meninas – disse Lua abraçando Mel e Sophia.
_ Oi Lua – disse Mel – aconteceu algo? – perguntou preocupada.
_ Ah, eu vou sair com o Pedro hoje as 19h30, mas não estou nenhum pouco animada – respondeu desanimada.
_ Por quê? – perguntou Sophia.
_ Ah, eu aceitei a sair com o Pedro, para esquecer o Arthur, mas hoje ele veio falar comigo e tudo que estava guardado voltou com tudo, nos ensaios eu conseguia controlar, mas hoje não consegui – disse desabando no sofá.
_ Lua, você gosta do Arthur né? – perguntou Mel.
_ Pior que eu gosto – confessou.
_ Então faz o seguinte, liga para ele e diz tudo que você sente – disse Sophia.
_ Não, nunca! – disse irritada – Já sei, que vou sair com o Pedro e mostrar para o Arthur o que ele perdeu, – animou-se com a sua idéia – vamos lá resolver o que vou vestir – chamou as meninas para subir.
Mel e Sophia se entreolharam.
_ Eu acho que ela está equivocada – Mel disse a Sophia.
_ Também, o Chay me disse que o Arthur gosta dela – contou Sophia.
_ Meninas, vamos – gritou Lua.
_ Estamos indo – Mel gritou.
As duas subiram e foram ajudar Lua.
***
Arthur não estava tão animado com seu encontro com Pérola, estava em seu quarto conversando com Chay e Micael.
_ É, não estou naquele ânimo não – disse Arthur.
_ Ué, o que aconteceu com o garanhão? – Chay zoou.
_ Ah sei lá, depois que vi a Lua hoje, aquele sentimento que estava guardado, escondido e controlado desde os ensaios veio com toda a força que pode… – confessou Arthur.
_ Ainda é tempo de desistir! – Micael encorajou.
_ Não, ela estava toda a animada e vai sair com o Pedro – disse triste.
_ Sai dessa cara, tenta se divertir com a Pérola – Chay tentou animar o amigo.
_ Está certo, vou tentar me animar – disse tentando animar-se, mas não foi o suficiente.
Arthur foi se arrumar e os dois ficaram conversando.
_ Não reconheço mais o nosso amigo – disse Micael.
_ É o cara está apaixonado – Chay disse rindo – não tem mais ânimo para sair com alguma garota.
_ Então, o camarada está mudando. – Micael disse – Agora, aquela história de vida dele é tensa hein? – mudou de assunto.
_ Nossa, eu fiquei com pena, sofreu demais… – Chay disse triste pelo amigo.
_ Então, por isso que não gostava de falar da família e quando nós reclamávamos da nossa, ele sempre brigava com a gente, para dar valor né? – Micael disse.
_ Verdade cara! Que dó do Arthur… – disse Chay.
Arthur voltou para o quarto e os dois mudaram de assunto, Chay e Micael tentavam animar Arthur, até que estavam se divertindo.
***
Arthur já tinha ido buscar Pérola, iria levar ao restaurante Yellow Brick. Chegando lá, avistou Lua e Pedro conversando animadamente, estavam rindo, parecia que estavam se divertindo, nessa hora seu coração ficou apertado, sentiu uma dor tremenda, sentiu ciúmes de vê-la com outro, seus olhos umedeceram, levou Pérola para mais longe dos dois que conseguiu uma mesa perto do banheiro.
_ Podemos sentar aqui? – perguntou Arthur.
_ Claro, aonde você quiser – Pérola respondeu.
Sentaram, e o logo o garçom veio perguntar o que queriam.
_ O que querem? – perguntou o graçom.
_ Quero um Milk Shake de chocolate e um X-picanha mal passada, por favor – pediu Arthur.
_ E a senhorita? – o garçom perguntou para Pérola.
_ Eu quero um Milk Shake de morango e um X-ligh – respondeu Pérola.
Arthur e Pérola conversavam, ele tentava não olhar para Lua, mas era impossível, não conseguia parar de observar a mesa onde estava sentada, quando viu que ela se levantou, olhou para Pérola, mas percebeu que ela vinha em direção ao banheiro.
Lua quando viu Arthur em uma mesa perto do banheiro junto com Pérola, sentiu-se que ia desabar de tristeza, quando chegou na porta do banheiro, seus olhos se encontraram com o de Arthur, ficaram se olhando por alguns instantes, até Lua acordar de seu transe e entrar no banheiro, Arthur ficou com um semblante triste em seus olhos, olhando para o nada, até que foi acordado de seus pensamentos pelo garçom.
_ Aqui o lanche de vocês – disse o garçom, colocando os pratos na mesa.
_ Obrigado – agradeceu Arthur.
Comeram em silêncio, Arthur viu Lua saindo do banheiro com os olhos vermelhos, como se estivesse chorando. “Será que ela estava chorando? O que será que aquele imbecil fez com a minha Lua? Que sua o que mané, ela está com o besta ali, mas se aquele pateta fazê-la sofrer eu não sei do que sou capaz…”. Arthur foi acordado de seus pensamento por Pérola.
_ Arthur, meu bem, está se sentindo mal? – perguntou Pérola parecendo preocupada.
_ Não, estou ótimo – respondeu Arthur meio irritado, olhou para a mesa de Lua, e viu que ela estava se divertindo, sentiu-se mal, triste, angustiado, magoado por ver que ela não gostava dele. Viu uma cena que o deixou pior ainda, deixou seu coração despedaçado, sentiu uma dor muito grande dentro do peito, na hora que viu Lua e Pedro se beijando, seus olhos ficaram cheios de raiva, mas logo foi substituído por uma expressão de dor, tristeza e sofrimento – Pérola, vamos indo? – perguntou tentando fugir do que tinha visto.
_ Ah, mais já? – respondeu desanimada.
_ É, aqui está muito cheio, eu te levo para casa e podemos curtir um momento romântico – disse pagando a conta e levantando.
_ Está bem, já que é assim vamos – disse se levantando animadamente.
Foram caminhando até a porta do restaurante abraçados, mas Arthur não conseguia evitar, olhou para a mesa de Lua e viu que os dois estavam de mãos dadas e felizes, sentiu pior ainda do que estava.
***
Lua estava fazendo um grande esforço para parecer que estava se divertindo, pois depois que viu Arthur com Pérola não conseguia controlar a dor que estava sentindo, no banheiro não conseguiu conter as lágrimas que escorriam, Pedro estava sendo tão gentil, tentando animá-la, ele tinha percebido que não estava bem, ele a beijou de surpresa, se deixou levar, mas não sentiu nada, não sentia tudo o que sentiu com o Arthur.
***
Arthur e Pérola estavam na porta da casa dela, estavam curtindo o momento “romântico”, mas a cabeça de Arthur não estava ali, porém sim na cena do beijo entre Lua e Pedro, não iria aguentar vê-la todos os dias com Pedro, então tomou uma decisão, pedir Pérola em namoro.
_ Pérola, quer namorar comigo? – perguntou tentando parecer animado.
_ Claro meu anjo! – Pérola respondeu o abraçando.
Deu um beijo longo em Pérola, mas era simplesmente um beijo, nada mais, não era os mesmos sentimentos quando beijava Lua. Passou um tempo, os dois estavam em um romance só, se alguém passasse acharia que era um casal completamente apaixonados.
_ Bom, agora tenho que ir – disse Arthur dando um selinho em Pérola.
_ Está bem, tchau meu amor – disse retribuindo o selinho dele.
_ Tchau – disse indo em direção ao carro, virou-se e acenou para Pérola.
***
No dia seguinte, Arthur estava em casa com Chay e Micael, como era de costume, todo sábado os três se encontravam para jogar futebol, vídeo game, tocar ou simplesmente jogar conversa fora.
_ Eu estou namorando a Pérola – contou Arthur.
_ Como é que é? – Chay perguntou não acreditando.
_ É isso mesmo que você ouviu – disse rindo da expressão dos amigos.
_ Mas você gosta dela? – indagou Micael.
_ Vou aprender a gostar… – tentando convencer a si mesmo disso.
_ Como assim aprender? – Chay perguntou sem entender.
_ É por causa da Lua o começo desse namoro não é? – Micael perguntou.
_ Bom, quando eu vi a minha Lua… – Arthur percebeu o que tinha acabado de falar – quer dizer, quando eu vi a Lua beijando aquele imbecil do Pedro, percebi que não tinha mais chances com ela, então para poder esquecê-la pedi Pérola em namoro – confessou.
_ Eu sabia que você estava totalmente apaixonado por ela – Chay disse.
_ Sou completamente apaixonado pela Lua, mas vou aprender a gostar da Pérola e esquecer de uma vez a Lua – disse triste – vai me machucar por um tempo, mas vou superar isso também – disse totalmente desolado.
_ Cara para de ser besta, e vai atrás da menina que você gosta – Micael disse encorajando-o.
_ Ela não gosta de mim e outra, ela está com o Pedro – disse com uma expressão triste e de sofrimento – Agora vamos mudar de assunto – disse tentando se animar.
_ Está bem, vamos tocar? – Chay deu a idéia, os dois concordaram e começaram a tocar, mas os pensamentos de Arthur continuavam em Lua, e os amigos perceberam.
***
Lua, Mel e Sophia estavam na sorveteria preferida das três, Ice Club, conversando.
_ E ai, como foi o encontro? – perguntou Sophia.
_ Ah! Foi bom… – Lua respondeu desanimada.
_ Nossa, com esse seu ânimo, eu até acredito! – Mel foi irônica – O que aconteceu nesse encontro? – perguntou.
_ Ah! Estava indo tão bem no começo, até que vi o Arthur e a Pérola juntos, quando estava indo ao banheiro, aquilo me deixou muito mal, não sei por que, mas me senti triste, que ia desmoronar, não sei, mas não gostei de ver os dois juntos… – disse Lua triste – voltei parra a mesa, o Pedro estava sendo tão gentil comigo, de repente ele me beijou, eu deixei levar para ver se sentia o mesmo quando o Arthur me beijou… – colocou a mão na boca, percebido que tinha falado demais.
_ Então quer dizer que quando você e o Arthur se beijaram, você sentiu algo? – Sophia perguntou – Você nos disse que não tinha sentido nada…
_ É… não… quer dizer… senti… – hesitou em contar.
_ E o que você sentiu? – Mel perguntou curiosa.
_ Ah! Sentia a terra tremer, borboletas no estômago, coração disparado, respiração acelerada e que só existia nós dois. – dizia toda apaixonada.
_ É, a menina que dizia que amor não existia está toda apaixonada – Sophia ria da amiga.
_ Não, eu vou esquecer o Arthur, – disse firme – vou sair com o Pedro de novo e vou aprender a esquecer o Arthur e vou gostar do Pedro… é isso – disse decidida.
_ Se é isso que tu quer – Mel disse.
_ Bom, agora vamos mudar de assunto? – perguntou Lua.
_ Lógico… – disse Sophia.
As três estavam se divertindo bastante, mas os pensamentos de Lua foi parar em uma única pessoa… Arthur.





Arthur tomou uma decisão: esquecer Lua, seu plano era infalível, sabia que iria dar certo, não iria falhar… ele achava. Pérola Faria, uma garota bonita, da turma, estava dando em cima dele desde quando chegou na escola, resolveu que iria tentar, se ficasse muito tempo com ela, esqueceria Lua Blanco. Na teoria era um plano que não falharia, mas na prática podia não ser que não daria certo.


No outro dia, Arthur resolveu chegar para falar com Pérola.
_ Oi Pérola! – cumprimentou Arthur.
_ Oi Arthur… – disse Pérola envergonhada.
_ Então, estava pensando, que tal nos sairmos amanhã a noite? – perguntou
_ Ah! Acho que podemos sim – respondeu animada.
_ Ótimo, amanhã passo as 20h para te buscar pode ser? – combinou.
_ Pode ser… – respondeu, entregou-lhe seu endereço.
Arthur se despediu e foi encontrar seus amigos, estava feliz que o primeiro passo tinha dado certo para seu plano.
_ A onde você estava? – Chay perguntou.
_ Convidando Pérola para sair – respondeu Arthur.
_ Como assim? – indagou Micael.
_ Resolvi parar de sofrer e continuar com a minha vida. – Arthur respondeu desanimado.
_ Mas nesse ânimo você não pega nem resfriado – disse Chay zoando o amigo.
_ Ha… há… ha, engraçadinho – disse Arthur ironicamente.
_ Ok, mas você conseguiu superar a Lua? – Micael perguntou.
_ O porque de convidar a Pérola é justamente esse, esquecer a Lua Blanco – disse Arthur.
_ Você acha que consegue? – Chay indagou
_ Não tem como dar errado, vai dar certo – disse Arthur firme.
_ Se você acha… – disse Micael – depois não vai se arrepender.
_ Não vou, pode confiar – Arthur disse confiante.
Foram para a sala de aula.
***
No dia seguinte, Lua estava sentada em um das mesas do refeitório lendo um livro, quando Arthur a viu seu coração acelerou, prendeu a respiração, a sensação de abraçá-la, ficar perto, fazer carinho e beijá-la voltou com toda a força.
_ Mais tudo isso de novo? – Arthur perguntou para si mesmo – Será que não vou conseguir esquecê-la? – perguntou indeciso – Claro que vou, o plano é infalível – confirmou para si mesmo.
Arthur resolveu se aproximar para conversar sobre os ensaios.
_ Lua! – chamou Arthur
Lua virou-se, para Arthur ela parecia ficar mais bonita a cada dia que passava, todo o sentimento escondido dentro deles veio com toda a força, pareciam que iriam explodir com tudo que estavam sentindo.
_ Oi Arthur, o que quer? – perguntou secamente.
_ Ah, queria falar que hoje não vou poder ensaiar – respondeu Arthur.
_ Ah, iria falar com você mesmo, hoje também não vou poder, tenho um compromisso – completou Lua.
_ Posso saber que compromisso? – Arthur perguntou curioso.
_ Não que lhe diz respeito, mas vou sair com o Pedro – respondeu Lua.
_ Ah! Então é isso, segunda a gente ensaia – Arthur disse triste.
_ Então tá… segunda. – Lua confirmou.
_ Tchau! – despediu-se virando e saindo.
“Será que ela gosta do Pedro? Não, não pode ser… Mais o que você está pensando, vai sair com a Pérola hoje… será que vou conseguir esquecê-la… Claro, tem tudo para dar certo… para de pensar isso, você vai esquecer a Lua, coloca isso na sua cabeça… mas será que é isso que eu quero? Ahhhhhh… esquece… para de pensar…” Arthur já estava ficando louco com seus pensamentos.
***
Lua continuava sentada lendo seu livro, porém não estava conseguindo entender uma palavra do que estava escrito.
“Será que vou conseguir esquecê-lo de uma vez por todas, quando acho que não sinto nada, aparece todo lindo, renasce esse sentimento, apesar de que nos ensaios vem aquela tremedeira, coração acelerado… parece que não consigo esquecê-lo… para com isso, você vai sair com o Pedro hoje… vai ser ótimo…” Lua estava absorta em seus pensamentos.
_ LUA! LUA! – alguém a trouxe de volta.
_ Ah! Oi Pedro – cumprimentou meio atordoada.
_ Está tudo bem? – perguntou.
_ Está sim… – respondeu.
_ Então, hoje eu te busco as 19h30 certo? – perguntou animado.
_ Fechado. – confirmou desanimada.
_ Então até mais tarde – despediu-se
_ Até – despediu.
“Vai ser ótimo esse encontro…” Lua pensava tentando convencer a si mesmo.










Passaram-se duas semanas, era o dia da apresentação do trabalho de literatura. Lua e Arthur não se falaram mais depois daquela noite na casa de Lua, só se falavam nos ensaios para a apresentação.

Os seis estavam reunidos no refeitório para acertar os últimos detalhes da apresentação. O sinal bateu para a aula de literatura, todos estavam nervosos, estavam com medo de errar os acordes, esquecer a letra.
_ Gente! Eu sei que o clima não está aquela maravilha entre nós, mas nós somos um grupo né? Então para desejarmos sorte e sentimos fortes, vamos dar um abraço coletivo? – sugeriu Arthur.
_ Eu concordo com ele c disse Lua abrindo os braços, onde foram abraçar, para um abraço coletivo. – Boa sorte para nós.
_ Boa sorte – disseram todos ao mesmo tempo.
As apresentações seriam no teatro do colégio, os instrumentos estavam no palco, mas iriam ser os últimos, para fechar com música. O primeiro grupo a se apresentar seria o da Rayana, Pérola, Michel, Pedro, Luiza e Marcos, era uma peça dramática que eles criaram, sobre amizade, mostra a dor da perda de um amigo; segundo grupo, Carla, Bernardo, Juliana, Lucas, Daniel e Mari, foi um musical muito divertido, que falava sobre os valores da amizade; o terceiro, Gabriela, Leonardo, Yago, Caroline, Julhie e Paulo, fizeram uma peça muito bonita, emocionante; o quarto, Jéssica, Cristiano, Carlos, João, Beatriz e Daniela, fizeram uma comédia; o penúltimo grupo, Fernando, Gabriel, Débora, Márcia, Gustavo e Eduarda, recitaram um poema dinâmico, muito bom e o último grupo, Lua, Arthur, Sophia, Chay, Mel e Micael.
_ Bom, a música chama “Juntos Até o Fim”, retrata a união, a amizade. Nós mesmos que compomos, espero que gostem… – disse Mel, enquanto os outros ajeitavam o palco.
Bateria: Micael, Violão: Arthur, Baixo: Chay e as meninas ficaram só no microfone.


(Mel)
Tem coisas na vida
Que nunca vão mudar
Um momento bom
Só é bom se tiver alguém para dividir

(Arthur)
E todo mundo tem segredos pra contar
Todo mundo tem que ter alguém pra confiar
Alguém que você possa desabafar
Alguém que o destino pôs para te ajudar (canta olhando para Lua)

(Sophia e Lua)
Quando o dia vira noite
Você está a só
Quando se perder eu vou te achar

(Todos – Refrão)
Pra te guiar,
Pra te salvar
Quando pensar em desistir
Minha voz você vai ouvir

(Todos)
Olhe pro lado
Eu vou estar
Podemos ir até o fim
Sei que você faria o mesmo por mim

(Chay)
O mesmo por mim
O mesmo por mim
Eu sei…

(Mel)
Às vezes esqueço
Como o tempo passa
Dar valor pro que importa
É cuidar de quem você gosta

(Arthur)
E todo mundo tem segredos pra contar
Todo mundo tem que ter alguém pra confiar
Alguém que você possa desabafar
Alguém que o destino pôs para te ajudar (canta olhando para Lua)

(Sophia e Lua)
Quando o dia vira noite
Você está a só
Quando se perder eu vou te achar

(Todos – Refrão)
Pra te guiar,
Pra te salvar
Quando pensar em desistir
Minha voz você vai ouvir

(Todos)
Olhe pro lado
Eu vou estar
Podemos ir até o fim
Sei que você faria o mesmo por mim

(Arthur e Mel)
E mesmo se o mundo te der as costas
Se suas perguntas não tiverem respostas
Se você cair saiba que sempre vou estar aqui
Saiba que sempre vou estar aqui

(Arthur)
Pra te guiar,
Pra te salvar
Quando pensar em desistir
Minha voz você vai ouvir

(Todos)
Olhe pro lado
Eu vou estar
Podemos ir até o fim
Sei que você faria o mesmo por mim

Todos aplaudem, estão em pé dançando e cantando. O sexteto fica feliz de ver que todos gostaram e agradece.
_ Obrigado galera – agradeceu Micael em nome dos seis.
_ Mais um, mais um! – pedia todos.
Os seis ficaram felizes que a turma gostou da música e estavam pedindo mais. Chad subiu no palco.
_ Agradeço a todos pela atenção de vocês… – agradeceu Chad – As apresentações foram muito boas – disse animado – Agradeço aos professores que cederam suas aulas para as apresentações e também ao diretor que autorizou essa atividade – agradeceu mais uma vez.
Todos aplaudiram e foram se retirando, já estava na hora do almoço. Os seis estavam em uma mesa, super felizes por ter dado tudo certo
_ Ficou ótimo – Micael disse animado.
_ Gostaram da nossa música – Mel dizia contente.
_ É! Somos bons compositores – Arthur disse satisfeito – Galera, eu tava pensando… que tal a gente formar uma banda? – perguntou receoso.
_ Eu topo! – Lua foi a primeira se manifestar.
Todos os outros quatro se entreolharam.
_ Eu também! – disseram os quatro.
_ Ótimo, uma banda! – Arthur disse animado.
_ Qual irá ser o nome dessa banda? – perguntou Lua.
_ Bom, vamos ver uma coisa que combine com a gente… – disse Micael – o que temos em comum?
_ Somos rebeldes – disse Chay.
_ Pronto… formou – disse Arthur, Sophia e Mel se entreolharam sem entender.
_ Pêra! Formou o que? – perguntou Mel sem entender.
_ O nome da banda… RebeldeS – Lua disse rindo da amiga.
_ Ah! Agora entendi… – disse Mel rindo.
Ficaram mais tempo resolvendo coisas da banda. Até que o sinal tocou, era mais uma aula de literatura.
_ Boa tarde turma… – cumprimentou Chad – estavam ótimos na apresentação viu… – disse orgulhoso – e para não perder o costume, vamos começar as nossas leituras de Shakespeare… em duplas, mistas e quem irá escolher será eu, e não quero ouvir reclamações.
_ Ah! Chad, deixa a gente escolher? – Lua pediu.
_ Não, eu irei escolher, pois fiquei observando vocês essas duas semanas… – disse Chad – pronto, vamos lá… Lua e Arthur, Noite de Reis; Mel e Micael, Um sonho de uma noite de verão; Sophia e Chay, Romeu e Julieta… – Chad acabou de separar as duplas.
Todos estavam satisfeitos com a sua dupla e peça, exceto Lua e Arthur, pois faziam duas semanas que não trocavam uma palavra.
Os seis estavam reunidos para irem para a lanchonete Dropz, para comemorar a apresentação. Arthur puxou Lua pelo braço.
_ Ai garoto! – Lua disse irritada.
_ Desculpa, mas a gente precisa conversar – disse Arthur.
_ Não temos nada para falar – disse mais irritada.
_ Sem essa Lua, claro que temos, – disse impaciente – já que vamos fazer essa leitura juntos, precisamos ensaiar concorda? – perguntou.
_ É você tem razão, – disse concordando – mas não passa de ensaios, e iremos ensaiar aqui no colégio depois das aulas, combinado? – disse autoritária.
_ Combinado – disse sorrindo.
_ Agora vamos, que eles estão nos esperando – disse indo emboa.
_ Vamos – indo atrás de Lua.










         Arthur estava tão atordoado quando saiu da casa da Lua, que deixou Micael dirigir seu carro, enquanto Chay os seguia. Foram para casa de Arthur.
_ Cara o que aconteceu com você? – perguntou Micael acompanhando Arthur e Chay para o quarto.
_ Nada, o que teria acontecido? – perguntou Arthur irritado.
_ Cara, você não está legal desde manhã, fala o que aconteceu, nós somos amigos Arthur, lembra? – Chay disse preocupado com Arthur.
_ Está bem, vocês querem saber? – disse perdendo a paciência – Aquela menina é maluca, entendeu? Achei que ela era diferente, que era especial, não era, só mais uma, era única, mas não, é igual a todas – disse tentando convencer a si mesmo – Só isso!
_ Tem certeza? – Micael perguntou não acreditando no amigo.
_ Tenho… – disse, fazendo com que parecesse que era tudo.
_ Não me leve a mal cara, mas não acreditei nisso não, pode ir falando a verdade – disse Micael, Chay concordou.
_ Está bem, eu conto, já que não tem como esconder nada de você não é verdade? – disse Arthur tentando se animar, mas era em vão. Arthur respirou fundo e começou – Bom, quando eu a vi pela primeira vez, me encantei por ela…
_ Ah, sabia que era alguma garota… – disse Chay interrompendo.
_ Não é qualquer garota, é a Lua, ela não é igual a todas, é diferente – disse com os olhos brilhando, Chay e Micael se entreolharam percebendo o que estava acontecendo – Posso continuar? – perguntou irritado com os amigos que estavam rindo, os dois fizeram que sim com a cabeça, como forma de que Arthur continuasse – Então, achei ela diferente, lá no refeitório, quando cantamos percebi que ela mexia comigo, e feio, quando uma menina meio que tira seus pés do chão, te deixa bobo – suspirou – aí, vocês quatro deixaram nós dois lá, sozinhos, por quê? – disse indagando os amigos.
_ É que percebemos um clima entre vocês – respondeu Chay – Continua, depois você briga conosco.
_ Bom, então, nós começamos a conversar, ela perguntou do meu discurso, e o porquê de ter sofrido muito, – parou e olhou para os amigos – eu contei tudo o que passei…
_ Como assim você contou? Nem para a gente você contou, que somos seus amigos há anos e ela você conheceu ontem, já contou sua vida inteira? – perguntou Chay indignado com a atitude do amigo.
_ Calma Chay… – disse Micael acalmando o amigo – ele vai nos explicar o porquê disso – disse olhando nervoso para o amigo.
_ Gente, calma – disse Arthur triste com a reação dos amigos – Eu nunca contei isso para ninguém, porque não queriam que sentissem pena de mim, queria que me vissem como mostro, não como sou, só falei para ela porque senti que podia confiar nela e que precisava desabafar e mostrar quem realmente sou por dentro – disse sincero – Vocês querem saber como sou? – perguntou, os dois disseram que sim – Mas não quero que sintam pena de mim, certo? – os dois balançaram a cabeça concordando – Bom, então vou contar… ­– Arthur respirou fundo e contou tudo o que tinha passado, quando finalizou, não conteve as lágrimas, Micael e Chay ficaram surpresos com a história do amigo, que foram o abraçar para consolá-lo, ficaram um tempo abraçados – Está bom, não quero abraço de marmanjo não – disse arrancando gargalhada de seus amigos – Mas continuando a história da minha tristeza – respirou fundo e continuou – depois de ter contado tudo, ela me consolou e rolou um clima, mas o sinal tocou e fomos para a aula de laboratório…
_ Ah! Por isso que chegaram abraçados? – perguntou Chay zoando o amigo.
_ É isso… ­– Arthur riu junto com os amigos, mas parou para continuar – depois que marcamos o ensaio, a vi indo para o ponto de ônibus e lhe ofereci uma carona, custou, mas ela aceitou, ela disse que tinha composto uma música, pedi que ela cantasse o refrão, depois que ela cantou, rolou outro clima, mas ela cortou e viemos para casa…
_ Ah! Por isso aquela mensagem? – perguntou Micael interrompendo.
_ É o motivo da mensagem, – disse Arthur – vocês podem parar de me interromper? – os dois fizeram que sim com a cabeça – Então, depois do ensaio, fiz questão de levá-la para casa, e lá rolou o primeiro beijo, dentro do carro – falou todo bobo – logo ela saiu do carro, fui atrás dela, mas ela disse que éramos amigos, que eu estava confundindo os sentimentos, eu disse que me sentia bem ao lado dela, que era diferente, que era especial, única, que tinha vontade de beijá-la, acariciá-la, abraçá-la e nos beijamos de novo, estava tudo bem, todo o caminho de volta não parava de pensar o que tinha acontecido, até que recebo uma mensagem dela dizendo que era melhor a gente se afastar e que conversaríamos o necessário, ou seja, só pela música, aquilo foi uma facada no meu coração, senti despedaçar, fiquei mal, mas faria de tudo para vê-la bem, mesmo que me machucaria, respondi a mensagem, – os olhos já estavam vermelhos – mal dormir, levantei era seis horas, fui para a cachoeira, fiquei lá pensando tudo que tinha acontecido, cheguei até a chorar por ela, – disse com vergonha dos amigos, que não fizeram nada – fui para o colégio, entrei na sala e a última pessoa que eu queria ver estava lá, foi dolorido e sofrido ficar ali com ela sem ao menos conversar, então depois teve o ensaio, cheguei no horário combinado, mas vocês não estavam lá, ficamos um tempo em silêncio, até que conversamos sobre nos afastar, disse que isso não estava me fazendo bem, começamos a discutir, ela me disse que não era descartável, que é mais que isso, que eu não valho a pena, que não mereço uma lágrima dela, eu a chamei de egoísta só por pensar nela, que se afastando de mim era bom pra ela e não pensava nos outros, até que estressei e disse que ela era mais uma para mim, só que é mentira, ela me deu um tapa, discutimos um pouco mais, daí vocês chegaram e sabem o resto – disse deixando algumas lágrimas escorrer – o que ela me disse dói muito aqui dentro e não sei o porquê. – disse apontando para o coração triste.
_ Cara vou falar o meu ponto de vista – disse Micael – O motivo dessa dor é que a verdade dói mesmo e mais ainda vindo da pessoa que a gente gosta…
_ Eu sei que é verdade, sou galinha, não me importo com as garotas, mas ela é diferente, tanta gente já me disse isso, até vocês, mas nunca dei bola, e sempre dizia “Sou assim e não vou mudar”, mas vindo dela me fez sofrer, me machucou muito… – disse triste.
_ Arthur, você gosta dela… – disse Chay.
_ Pior que eu sei disso, mas fiquei sabendo disso tarde demais, ela não gosta de mim – disse desolado.
_ Você está errado, ela gosta sim, mas não quer sofrer – disse Micael.
_ Mas ela não quer falar comigo, eu vou ter que esquecê-la, se ela não quer, eu faço de tudo para vê-la sorrindo, mesmo que seja longe de mim – disse Arthur triste.
_ Já que você acha esse o caminho certo, só espero que não se arrependa disso depois – Chay o consolou.
_ Espero que não – disse triste.
Micael e Chay se despediram de Arthur e foram embora, pois o amigo precisava ficar sozinho para pensar em tudo.
***
Lua tinha contado tudo o que tinha acontecido para Mel e Sophia, já estava chorando.
_ Lua, amiga, você gosta dele – Mel disse consolando – e ele gosta de você…
_ Mel, ele disse que eu sou mais uma – falou triste.
_ Lua, para de ser boba – Sophia disse – Ele disse isso, porque você tinha dito que ele não valia a pena e se ele não gostasse, não agiria daquele jeito no ensaio, conseguiria tocar e cantar normalmente – disse fazendo com que Lua enxergasse a verdade.
_ Não, ele não presta, pronto… – disse irritada – eu vou conseguir esquecê-lo e pronto. – disse firme.
_ Já que você quer assim… – Mel disse.
_ Ele me magoou – disse triste.
_ Mas só não esquece que você também o magoou – Sophia falou.
_ Vai defender? – perguntou irritada.
_ Não Lua, só falando a verdade – disse Sophia calmamente.
_ Impossível eu tê-lo magoado, ele não tem coração – disse Lua irritada.
_ Só espero que não se arrependa disso mais tarde – disse Mel.
_ Nunca me arrependo – disse nervosa.
_ Se você diz… – Mel disse.
Lua queria ficar sozinha, Mel e Sophia se despediram e foram embora.


                 


Lua voltou para a sala depois de alguns minutos, viu que Arthur segurava o porta retrato que continha a sua foto. Quando ele a viu, colocou o porta retrato de volta na mesa.


_ Lua, acho que precisamos conversar… – Arthur disse olhando em seus olhos pela primeira vez, desde que tinha chegado.
_ Nós não temos nada para falar – disse Lua desviando para não olhar naqueles lindos olhos castanhos que a hipnotizava.
_ Lua, para de ser teimosa e marrenta, claro que tem… – disse aproximando-se
_ Está bem, o que você quer falar? – disse um pouco nervosa por conta da aproximação.
_ Por que você acha que temos que nos afastar? – disse encostando seus dedos no queixo de Lua e fazendo olhá-lo.
_ É melhor para nós, até conseguir descobrir o que está acontecendo aqui dentro, – apontou para seu coração – quando descobrir e conseguir controlar podemos voltar a se falar e ser amigos.
_ Mais isso não está me fazendo bem, ficar longe de você está me machucando, está doendo, está me torturando e eu não estou conseguindo controlar e combater isso dentro de mim, – disse sincero e com um olhar de dor – está te fazendo bem ficar afastada? – perguntou triste.
_ Está, – mentiu, desviando o olhar para que ele não percebesse – pois assim vejo o que está acontecendo comigo. – disse tentando convencê-la disso.
_ Mentira Lua, eu sei que você também está sofrendo, dá para ver nos seus olhos – disse Arthur triste – Por que você não diz a verdade?
_ Eu não estou mentindo – disse irritada e virando-se de costa para esconder as lágrimas.
_ Está sim, me diz a verdade – disse com os olhos umedecidos, mas segurando para que as lágrimas não escorressem.
_ Está bem, você quer a verdade né? – disse virando-se para Arthur.
_ Quero – disse com esperança.
_ Estou me sentindo mal de ter afastado de você, mas era melhor para mim, pois não quero sofrer por você… – disse segurando as lágrimas – você é galinha, garanhão, fica com uma garota e a faz sofrer com seu desprezo, e eu não sou dessas, que usa e joga fora, sou mais que isso – já não conseguia mais segurar o choro, as lágrimas escorriam insistentemente de seus olhos.
_ Ah! Você faz isso pensando em você, mas não pensa nos outros, nunca pensei que era tão egoísta… – disse nervoso – mas eu nunca pensei que você era dessas que fica e tchau, você é muito mais do que isso, você é especial, única, diferente, se eu não soubesse de tudo isso nunca estaria sofrendo assim, por estar longe de você – disse deixando que as lágrimas escorressem pelo rosto.
_ Eu não sou egoísta, eu só não quero sofrer por alguém que não valha a pena – disse nervosa.
_ Ah, então quer dizer que eu não presto é isso? – perguntou irritado.
_ É isso, você não merece o meu sofrimento, você merece essas piriguetes da escola, tem um monte afim de você – disse quase gritando.
_ Ótimo, pensei que você fosse diferente, mas não é igual a todas, só mais uma – disse irritado e triste com as palavras dela e com as que tinha acabado de falar.
_ Nunca mais repita isso – dando um tapa na cara de Arthur.
_ VOCÊ É MALUCA! – disse com a mão no rosto, onde tinha levado o tapa e gritando – Achei que podia confiar em você, contei tudo o que tinha passado comigo, o meu maior segredo, que nem os meus amigos sabem – disse sincero e triste.
_ Você pode ter certeza que aquilo ninguém vai ficar sabendo, aquilo foi entre amigos que não existem mais, porém eu guardo seu segredo aqui dentro de mim, nunca ninguém vai ficar sabendo – disse sincera – não é porque você não presta que vou sair falando uma coisa tão pessoal sua – disse ironicamente.
_ Ótimo, assim me sinto melhor – disse ironicamente – só espero mesmo que não conte – disse com medo.
_ Ei, pode ter certeza que isso não vai sair da minha boca – disse acalmando-o.
A campainha tocou, eram os outros, que chegaram para ensaiar, perceberam que o clima estava pesado.
_ Aconteceu alguma coisa? – Micael perguntou.
_ NADA! – Lua disse irritada.
_ Calma Lua – disse Mel tentando acamá-la – Vamos ensaiar? – perguntou animada.
_ Vamos – respondeu Chay.
O ensaio não estava rendendo para Lua e Arthur. Ele estava errando os acordes, não entrava na hora certa para cantar, retomaram o começo várias vezes.
_ PAROU! – gritou Micael.
Todos se assustaram com o grito dele.
_ Por que você gritou Mica? – perguntou Mel assustada.
_ Uai, eu não estou conseguindo entender a Lua e o Arthur… – disse olhando para os dois – O que aconteceu com vocês? Arthur você errou os acordes, está entrando atrasado para cantar, o que aconteceu com você? – perguntou preocupado com a expressão do amigo.
_ Mica, desculpa. – disse Arthur se desculpando – Eu não estou bem, não estou em clima para ensaio, eu vou embora, ensaiam aí, depois me dizem onde vamos ensaiar amanhã, nós ensaiamos amanhã – disse olhando para Lua triste – Tchau para vocês – indo em direção a porta, mas parou quando Chay o chamou.
_ Cara, calma, o ensaio melou, amanhã ensaiamos na minha casa, ok? – Chay disse e todos concordaram – Estamos indo com você Arthur – disse e Micael concordou – Minha linda, pega carona com a Mel? – perguntou e se despedindo de Sophia.
_ Claro meu amor – Sophia disse dando um selinho em Chay – vou ficar um pouco com a Lua – indo em direção onde estava Mel e Lua.
Os meninos foram embora, enquanto as meninas ficaram com Lua, tentando fazer com que ela contasse o que aconteceu.












Mais um dia, Lua estava se arrumando, estava péssima, dormiu mal, estava com os olhos inchados por causa do choro da noite anterior. Vestiu um moletom largo, arrumou seus cabelos cacheados e loiros em um rabo de cavalo, se maquiou para tentar esconder as olheiras e colocou um óculos de sol, nesse dia resolveu ir a pé para a escola, não morava muito longe, mas como acordou muito cedo, chegaria a tempo e assim poderia pensar melhor.

Arthur, passou praticamente a noite em claro, colocou um óculos de sol, vestiu uma roupa velha, não queria se arrumar todo, pois não estava no espírito, como estava muito cedo, resolveu dar uma volta, ia para o seu refugio, que fazia tempo que não ia, a última vez foi quando seu pai faleceu e foi ali que conseguiu chorar pela perda.
Chegando a seu lugar preferido, que era uma floresta que tinha uma cachoeira linda, sentou em uma pedra em frente para a cachoeira, ficou em silêncio, ouvindo o som da água ao cair no rio, o canto dos pássaros e se perdeu em seus pensamentos.
Tentava de tudo para tirar Lua da sua cabeça, mas era impossível. Pensava nos momentos que passaram juntos, mesmo que só foi um dia, foram momentos intensos, esboçava um sorriso em seu rosto, de pensar no beijo, seus olhos brilhavam, mas lembrar daquela mensagem que ela mandara, escorriam lágrimas em seu rosto.
_ O que está acontecendo comigo? – perguntava para si mesmo – Estou chorando pela primeira vez por causa de uma garota – secando as lágrimas – Esse não sou eu, não sou de chorar por garotas, mas ela não é qualquer uma, é a Lua, a minha Lua. – disse triste.
Ficou mais um tempo olhando pro nada e lembrando de tudo, lágrimas ainda escorriam pelo seu rosto, já não se importava mais, ao perceber que já estava na hora de ir para a escola, entrou em seu carro e foi a caminho do colégio.
***
Lua chegando no colégio foi direto para a sala de aula, não queria falar com ninguém, nem mesmo com Sophia e Mel. Ficou lembrando do dia anterior, como tinha sido bom, mas ao lembrar da mensagem que mandou e recebeu de Arthur a felicidade que estava estampada em seu rosto desapareceu e foi aparecendo uma tristeza, dor, sofrimento.
A porta da sala se abriu, Lua olhou para ver quem estava entrando, pois ainda não tinha batido o sinal, era a pessoa que ela menos queria ver naquele momento de tristeza, era Arthur.
_ Oi… – disse Arthur dirigindo para uma carteira no fundo da sala.
_ Oi… – Lua disse abaixando a cabeça.
Ficaram em silêncio um bom tempo, até o sinal tocar para o início das aulas, os dois sentiram um alivio ao ouvir, pois assim não estariam mais sozinhos.
“Como dói ficar no mesmo lugar que ela, sem a ter do meu lado, olhar para ela todos os dias e não poder tê-la para mim, sem conversar, sem abraçar, essa dor está me matando por dentro, tá me machucando e acabando comigo.”
_ Oi mané – disse Micael, tirando Arthur de seus pensamentos melancólicos – por que não foi encontrar com a gente no refeitório?
_ Ah, não estou me sentindo muito bem… – disse Arthur com a voz triste.
_ O que você tem? – perguntou Chay – Fez mais uma garota de boba? – disse rindo.
_ Não besta, não fiz ninguém de bobo, até porque ela não merece, afinal é coisa minha. – disse irritado.
_ Calma Arthur, o Chay tava zoando – disse Micael tentando acalmá-lo – Mas o que tu tem? E quem não merece?
_ Desculpa, mas não estou afim de falar, não quero mais lembrar e depois sofrer tudo de novo, apesar que a dor não passa. – Arthur falava com a voz triste, cheia de dor e olhando para Lua.
_ Ih… a gente não vai mais perguntar – disse Micael, se sentou do lado de Arthur e atrás de Chay – Oh cara, o que será que aconteceu com ele? Nunca foi disso… e quando chegamos aqui, ele e Lua não estavam conversando, ontem eles estavam tão amigos… será que eles brigaram? – disse para Chay preocupado.
_ É, parece que ele está sofrendo mesmo… mas ele nunca ficou assim por causa de garota nenhuma, será que ele tá afim dela? Mais ele nunca foi de apaixonar – Chay disse para Micael, preocupado com o amigo.
Lua estava absorta em seus pensamentos, “Como me machuca, ele estar tão perto e ao mesmo tempo tão distante, nunca me senti desse jeito…”
_ Lua! LUA? – Mel chamava
_ Ah! Oi meninas – disse Lua acordando de seus pensamentos.
_ O que aconteceu? Você não nos encontrou no refeitório, por quê? – perguntava Sophia.
_ Nada, só estou cansada, dormi mal essa noite, só isso… – dizia Lua triste.
_ Tem certeza que é só isso? – Mel perguntou não acreditando na amiga.
_ Claro, por que iria mentir? – disse Lua irritada.
_ Calma Lua, já que você não quer falar tudo bem, a gente não vai insistir – disse Sophia acalmando-a – Mel acho que tem a ver com o Arthur,  disse apontando para trás – olha como ele também está triste – disse para Mel.
_ Será que eles brigaram? Mais ontem eles estavam tão bem, – disse Mel preocupada com Lua – ela nunca ficou assim por causa de garoto, será que ela está gostando dele? – perguntou para Sophia.
_ Não sei, mas que os dois estão mal, isso estão – Sophia disse.
_ Bom dia turma, desculpa a demora – Chad disse – vamos começar a nossa aula… vocês já começaram a fazer o trabalho?
_ Sim – disse a turma.
_ Ótimo, então se reúnam para continuar o trabalho… algum grupo irá fazer música? – perguntou Chad.
_ Nós! – Micael levantou a mão.
_ Ah! Vocês já comporão?
_ Sim – respondeu Chay.
_ A música inteira? – perguntou Chad surpreso.
_ Sim – respondeu Mel – são quatro compositores, então foi rápido.
_ Nossa, rápido mesmo hein? – Chad disse rindo – Vocês vão precisar de instrumentos, então o grupo de vocês vão ensaiar na sala de música, lá tem bateria, violão, guitarra, baixo, microfone e teclado.
Os seis foram para a sala de música para ensaiar. Lua e Arthur trocavam olhares no meio da música.
O dia passou as 18h30 teria mais um ensaio na casa de Lua. Mel, Sophia, Chay e Micael combinaram de chegar depois da 19h para deixar Lua e Arthur conversarem e se entender.
Arthur chegou 18h30 em ponto, tocou a campainha com nenhum animo para ensaio, só foi mesmo para poder olhar e ficar perto de Lua. Até que ela abriu a porta.
_ Oi Arthur, – disse Lua olhando para o chão – entra, seja bem vindo – abriu passagem para que ele entrasse.
_ Oi Lua – disse Arthur entrando – posso sentar? – perguntou sem encará-la
_ Claro, fique a vontade… – disse tímida – quer beber alguma coisa? – perguntou gentilmente.
_ Não, obrigado – respondeu.
Ficaram alguns minutos em silêncio, parecia uma eternidade.
_ Será que eles não vão vir? – Arthur perguntou quebrando o silêncio.
_ A Mel me mandou mensagem dizendo que vai se atrasar um pouco – Lua respondeu.
_ Ah! Então tá né? – disse encarando a mesa de centro da sala, onde viu um porta retrato com a foto de Lua – Vamos esperar então – voltou a ficar em silêncio.
_ Vou ao banheiro, fique a vontade – disse se levantando e indo em direção ao banheiro, pois não estava agüentando ficar mais sozinha com Arthur, que continuava na sala olhando para a foto dela a sua frente.












Durante metade do caminho permaneceram calados, pois não sabiam o que falar.



_ E ai, o que achou da música? – disse Arthur quebrando o silêncio.
_ Ah! Adorei, ficou muito boa e bonita não é? – Lua respondeu animada.
_ Verdade, ficou muito bonita mesmo – disse sorrindo.
_ Bom, você queria falar comigo e até agora não falou nada! – Lua disse curiosa.
_ Calma loira, quando chegarmos à sua casa a gente conversa. – Arthur disse calmo.
_ OK! – Lua disse concordando. – Mas e aí, está gostando do colégio? – perguntou mudando de assunto.
_ Estou, tem bastante coisa legal lá, – Arthur disse encarando a rua – mas gostei mais uma única pessoa. – virou-se e olhou para Lua.
_ Quem? – Lua perguntou sem perceber a indireta.
_ Ah Lua, você vai ficar sabendo daqui a pouco, mas acho que você já sabe – disse calmamente – estamos chegando na sua casa… – mudou de assunto rapidamente.
Chegando na casa de Lua, que ia descer do carro, Arthur puxou sua mão.
_ Calma, eu preciso falar com você – disse um pouco nervoso.
_ Sobre? – Lua perguntou curiosa.
_ Sobre o que aconteceu hoje mais cedo, lá no refeitório e no carro – disse Arthur.
_ Não aconteceu nada Arthur! – disse Lua fugindo do assunto um pouco nervosa.
_ Lua, claro que aconteceu, você sabe que sim, não foge – Arthur disse nervoso.
_ Eu não to fugindo – Lua disse irritada.
_ Claro que tá… você sabe o que aconteceu e não quer conversar, ­­– disse Arthur um pouco mais calmo – eu me sinto diferente quando estou do seu lado, me sinto bem, como nenhuma outra garota me fez, tenho vontade de te abraçar – disse se aproximando – de te fazer carinho – disse acariciando o rosto de Lua – e o mais importante, de te beijar – foi se aproximando mais, seus lábios já estavam muito próximos, seu coração estava a ponto de explodir, sua respiração estava acelerada, quando seus lábios tocaram o de Lua, parecia que seu coração fosse rasgar seu peito, começou um beijo calmo, apaixonado e quente, sentia-se como se a Terra estivesse tremendo, que não existia mais ninguém no mundo, só os dois, parecia que existia fogos de artifício dentro de si explodindo.
Lua sentia-se diferente, estava toda derretida, se ele a soltasse ela desmancharia, os lábios dele era quentes, suaves, doces, ela sentia que seu coração iria sair pela boca, fogos de artifício explodia dentro de si, uma corrente elétrica percorria se corpo e queria que aquilo jamais acabasse, mas quando percebeu o que acabara de acontecer, empurrou Arthur, estava ofegante, saiu do carro correndo.
Quando Arthur se deu conta que Lua tinha acabado de sair do carro e dirigindo para a porta de sua casa, saiu correndo atrás dela.
_ Lua, espera… – disse segurando o seu braço – precisamos conversar…
_ Arthur, o que aconteceu foi um erro, a gente é amigo, esse beijo não podia ter acontecido, você está se sentindo diferente por causa de hoje no refeitório, confundiu os sentimentos, é amizade – disse Lua tentando convencer a si mesmo que era isso.
_ Não Lua, não é isso, é diferente, não to confundindo nada, quando estou perto de você é estranho, tenho vontade de te beijar, abraçar, acariciar, ficar perto – disse olhando nos olhos de Lua.
Lua foi se perdendo naqueles lindos olhos castanhos, naquelas lindas palavras e foi se entregando aquele momento. Arthur foi se aproximando, seu coração já estava batendo a mil, envolveu seus braços na cintura de Lua e puxou-a para mais perto de si, começou a beijar lentamente os lábios doces e quente dela, foi um beijo de paixão, amor, carinho, afeto, mas também cheio de desejos, eles queria que o tempo parasse para poderem ficar assim para sempre.
Lua se entregou completamente ao beijo, seus braços estavam em volta do pescoço de Arthur, com uma mão acariciava seus cabelos e a outra suas costas. Arthur foi parando o beijo com selinhos, para poderem respirar, pois estavam ofegantes. Arthur encostou sua testa na de Lua.
_ Você é especial, única… – Arthur disse sussurrando – nunca vou te magoar e nem machucar que você não merece. – Arthur lhe deu mais um beijo – Tenho que ir, amanhã a gente se vê na escola – disse lhe dando um selinho.
Lua não disse nada só ficou observando-o ir embora, ficou esperando seu carro desaparecer, entrou em casa meio atordoada pelo que tinha acontecido. Deitou em sua cama e ficou lembrando de tudo.
“O que será que está acontecendo comigo? Porque eu fico desse jeito do lado dele? Mas o beijo dele é tão bom, tão diferente de todos que já fiquei, ele é diferente, Lua para de pensar nele, mas num consigo…”
_ Ahhhhhhhh! – resmungou – Lua concentra, são só amigos – disse para si mesma.
Durante todo o caminho Arthur não conseguia parar de pensar em tudo que tinha acontecido, tudo o que sentia quando estava perto dela, o jeito dela, como ela era linda.
_ O que está acontecendo comigo? – Arthur dizia para si mesmo – Nunca fiquei desse jeito com nenhuma garota, mas com ela é diferente, ela é especial, é única, é linda, é marrenta, mas lá no fundo é uma garota doce… ­– dizia com um sorriso apaixonado e bobo – Arthur! Vocês são só amigos, só isso, nada mais – dizia com firmeza para convencer a si próprio disso.
Nenhum dos dois conseguia dormir por causa do ocorrido. Quando Arthur percebeu que seu celular estava tocando foi correndo pegar, ao ler que era uma mensagem de Lua abriu um sorriso enorme no rosto.
“Arthur, melhor a gente se afastar um do outro, vamos conversar o necessário, o nosso trabalho de literatura, vai ser melhor para nós dois… beijos Lua.”
Ao ler aquelas palavras sentiu como se alguém tivesse lhe dado um soco na boca do estômago, seu coração despedaçou e aquele sorriso foi substituído por um olhar triste e de dor, não sabia o motivo de tudo aquilo, mas não queria afastar-se dela, pois sentia bem ao seu lado, mas se era o que ela queria, faria de tudo para vê-la bem, mesmo que isso o machucaria por dentro e o deixava infeliz. Respondeu a mensagem.
Lua estava esperando a resposta de Arthur quando seu celular começou a tocar, viu que era de quem esperava, um sentimento de dor começou a percorrer por seu corpo.
“Lua, se é isso que você quer, está bem, mas não pense você que estou feliz com isso, faço tudo para te ver feliz, mesmo que isso me machuca… Só vamos nos falar pela música, nossa única ligação para ficarmos perto um do outro… Beijos e adeus (mesmo que irei te ver todos os dias, mas não terei a sua companhia) Arthur…”
No final da mensagem, Lua já não segurava as lágrimas que escorriam compulsivamente de seus olhos, depois de tanto chorar caiu no sono.









Bateu o sinal para o término do dia, iriam embora para casa, mas antes os seis se juntaram para resolver o trabalho de literatura.


_ Bom precisamos começar a compor logo – Arthur disse – tenho uma idéia, hoje dá para ser lá em casa, minha mãe vai estar no trabalho, podemos nos reunir as 18h30 lá, o que acham? – perguntou
_ Por mim pode ser – Chay respondeu, Sophia, Mica e Mel concordaram.
_ E você Lua? – Arthur perguntou ao perceber que a loira não respondeu.
_ O problema é que essa hora ninguém está em casa e não tem como eu ir, não tenho carro – Lua respondeu – vou dar um jeito de ir – disse tentando convencê-la a si mesmo de que conseguiria ir.
_ Você não vai dar um jeito, eu vou te buscar, – Arthur disse – a onde você mora?
_ Não, vai ser muito incômodo, você sair da sua casa para ir me buscar e depois voltar para sua casa, eu dou um jeito – Lua respondeu.
_ Lua a onde você mora? – Arthur voltou a perguntar, ela ia falar algo, mas ele interrompeu – Não adianta retrucar, está decidido eu ou te buscar.
Lua percebeu que não ia conseguir fazer mudá-lo de idéia, escreveu em um papel seu endereço e explicou como chegava lá. Todos se despediram e seguiram para o estacionamento, Chay e Sophia foram para o carro de Chay, Mica, Mel e Arthur cada um foi no seu próprio carro e Lua seguiu andando para o ponto de ônibus em frente a escola, porém Arthur a viu parada no ponto e resolveu lhe dar uma carona.
_ Ei loira – Arthur disse, enquanto ela se virava para ver quem era.
_ Oi Arthur, que susto, achei que era algum engraçadinho querendo me atazanar – disse Lua sorrindo.
_ Oh loira quer uma carona? – Arthur ofereceu com um sorriso.
_ Não obrigada, não quero mais ocupar o seu tempo, você já vai sair da sua própria casa para me buscar e voltar, não quero dar trabalho. – Lua agradeceu.
_ Não é trabalho nenhum, vai aceita, por favor. – Arthur pediu.
_ Mais você é insistente hein? – Lua brincou.
_ Sou muito, insisto até conseguir, não lembra na cantina hoje na hora que cantamos e na saída? – brincava Arthur.
_ Ah é tinha me esquecido de como me fez cantar e aceitar a sua carona. – Lua disse rindo.
_ Então para poupar o tempo, entra logo nesse carro – disse Arthur sorrindo.
_ Já que você insisti – Lua disse rindo e abriu a porta do carro para entrar.
Ao sentar no banco do carro, Arthur puxou papo.
_ Você compõe?
_ Sim, compus uma música chamada “Do Jeito Que Eu Sou” – Lua respondeu.
_ Olha, quero ouvir, canta para mim – disse Arthur.
_ Ah não, nem pensar, não vou cantar essa não. – Lua disse rindo.
_ Ah! Por favor, só o refrão. – Arthur fez cara de pidão.
Lua não conseguiu resistir à cara dele e começou a cantar.
_ “Não vou mudar por você nem por ninguém/ Não importa se me ama ou me odeia/oh oh/Se quiser ficar comigo/oh oh/ tem que gostar de mim do jeito que eu sou” – Lua ficou vermelha
_ Linda a sua voz, perfeita a música – Arthur disse fascinado, o que fez Lua ficar mais vermelha – Não sei o porquê dessa sua cara vermelha, você não tinha que ter vergonha da sua voz, mas sim orgulho, você tem uma voz perfeita – dizia, já tinha até parado o carro para escutá-la cantar, foi se aproximando, olhando fixamente para os olhos de Lua – você é linda, a sua voz, os seus olhos, a sua pele, o seu cabelo, o seu jeito, a sua boca, o seu rosto, o seu corpo, você é completamente linda – disse sussurrando no ouvido de Lua, fazendo-a arrepiar.
Lua não conseguia falar nada, só ouvia aquelas palavras em seu ouvido, com aquela voz sedutora que Arthur tinha que fazia ficar arrepiada, não entendia porque, mas estava gostando e muito. Arthur passou a mão em seu pescoço que fez seu coração disparar, suas mãos tremerem, uma corrente elétrica passar pelo seu corpo. Seus lábios tocaram a bochecha de Lua, era macia, desceu mais um pouco e deu um beijo no canto da boca, pode sentir um pouco aqueles lábios carnudos e quentes em sua boca, mas quando ia beijar Lua, ela se afastou e olhou para seu celular.
_ Arthur, já são 17h30, daqui a uma hora o povo vai estar na sua casa – Lua disse meio atrapalhada.
_ Nos…nossa, ver…verdade, bom, então vamos para minha casa direto né? – disse um pouco nervoso com a situação, ligou o carro e saiu cantando pneu.
Durante todo o caminho para a casa de Arthur, nenhum trocou uma palavra, fizeram todo o percurso calados. Chegando na casa de Arthur, Lua mandou mensagens para Mel e Sophia.
“Meninas, já estou aqui na casa do Arthur, vocês podia vim mais cedo… Por favor!”
Sophia responde:
“O que aconteceu Lua?”
Lua enviou outra:
“Nada Soph, só venha mais cedo.”
Sophia respondeu:
“Tá bom!”
Arthur também estava constrangido com o que acontecera dentro do carro, então mandou mensagem também para os amigos:
“Lua já está aqui em casa, venham mais cedo, não me pergunte porque…”
Chay e Mica responderam:
“Ok! Estamos a caminho, só buscar as garotas…”
Passaram-se 20 minutos, nem Lua e nem Arthur falaram, estavam atordoados com o que aconteceu no carro, até que a campainha tocou, eram eles.
_ Que bom que chegaram… - Arthur disse aliviado.
_ Vichi, o que aconteceu? – desse Mica percebendo o clima.
_ Nada – Lua respondeu rapidamente aflita.
_ Bom, depois a gente vê isso, agora vamos começar? – Mel mudou o assunto percebendo a aflição da amiga.
_ Concordo com a Mel – Soph disse.
Ficaram 2h30 para escrever a música, pois tiveram várias discussões para compô-la, agora estavam tocando e fazendo ajustes da música, quando ela ficou pronta, eles cantaram uma vez para ver como tinha ficado, e gostaram do resultado.
Já estava ficando tarde, já era quase 23h, quando perceberam, assustaram com a hora.
_ Nossa tá tarde! Amanhã tem aula – Mel disse.
_ Passou tão rápido que nem percebi que já estava ficando tarde – Mica falou.
_ Bom, vamos embora, mas antes vamos resolver a questão dos ensaios – Chay completou.
_ O que vocês acham de cada dia ser na casa de um? – Lua sugeriu.
_ Ótimo – concordou Sophia – amanhã vai ser na casa de quem? – perguntou.
_ Pode ser na minha – Lua respondeu.
_ Fechado, amanhã na casa da Lua as 18h30? – Arthur confirmou.
_ Sim – disse todos.
Todos foram saindo, Lua estava indo em direção a porta, quando Arthur a puxou pelo braço.
_ Ai! – olhou irritada para ele.
_ Desculpa não queria te machucar – Arthur disse se desculpando – eu queria falar com você, me deixa te levar para casa? – pediu carinhosamente.
_ Arthur, porque vai sair da sua casa para me levar? Eu posso pegar uma carona com um dos quatro. – disse sem entender.
_ Eu insisto, preciso muito falar contigo, vai deixa? Por favor! – pediu com uma cara fofa.
_ Oh insistente! Tá bom, não tem como te fazer mudar de idéia né? – Lua disse rindo.
_ Garota esperta… sabe que eu sou insistente. – disse rindo.







    


Bateu o sinal para mais uma aula, de literatura, a mais animada, a que os alunos amavam,o professor Sr. Mason, mas preferia ser chamado por seu nome, Chad, os seis ficaram juntos.


_ Bom dia classe! – Chad cumprimentou seus alunos.
_ Bom dia professor! – a sala respondeu animadamente.
_ Ah! Reparei que temos um aluno novo, não é? – disse olhando para Arthur – Venha aqui na frente e se apresente. – o chamou.
Arthur caminhou até a frente da sala todo envergonhado.
_ Bom… sou o Arthur Aguiar… estudava em West High School – disse tímido
_ Conte mais sobre você para a turma, hoje vai ser uma aula diferente, todos vão falar um pouco de si próprio, – Chad dizia animado – fala sobre seus sentimentos e sua personalidade.
_ Ih… professor melhor não… – Arthur estava vermelho de tanta vergonha.
_ Então vamos começar por outra pessoa, você fala depois está bem? – Chad perguntou e Arthur afirmou com a cabeça – Bom, Lua, vamos começar por você – disse voltando para a classe.
Lua dirigiu-se para frente da classe e começou o seu discurso.
_ Todos já me conhecem, sou Lua Blanco, me chamam de rebelde, marrenta, grossa por falar o que penso, adoro música, gosto de cantar, mas não tenho uma voz muito bonita, – todos começaram a discordar – continuando, para mim, o amor não existe, é uma coisa que as pessoas inventam, ficam obsessivas… Isso é tudo sobre mim!
_ Ótimo Lua, agora escolha uma pessoa para vim falar sobre ela aqui – disse Chad.
_ Deixa eu ver… Arthur – apontou para ele sorrindo.
Arthur, envergonhado, tomou o lugar de Lua na frente da sala.
_ Já que me escolheram, – disse corando e olhando para o chão – sou amigo, adoro cantar, toco violão e guitarra, que são o meu hobbie. – seus olhos passaram pela classe e encontrou os de Lua – Sou um cara que quer encontrar um rumo, não quer mais ser o tal famoso garanhão, – dizia olhando para Lua encantado – quero alguém que me entenda, pois já sofri muito, depois que meu pai abandonou a minha família, quero mudar o meu conceito de amor. – quando percebeu que estava falando demais, parou e voltou a olhar para baixo – É isso professor! – parou e olhou para Chad – Ah! Escolho o Chay…
Voltou para a sua carteira, mas não pode deixar de olhar para Lua e sorriu.
_ Cara o que deu em você? – perguntou Micael indignado – Desde quando você é assim sentimentalista?
_ Mica, nem eu sei o que deu em mim, mas quando olhei para Lua, – olhando para a garota que lhe deixava sem jeito, que estava um pouco a sua frente – comecei a falar tudo o que eu guardava dentro de mim, essa garota mexe comigo, e feio, nunca me senti assim. – Arthur continuava falando ainda fixando o olhar em Lua.
_ Ih, eu acho que o garanhão está ficando apaixonado… - Micael ria da cara do amigo que não estava entendendo nenhuma palavra, pois estava com seus pensamentos em uma única coisa, ou melhor, em uma pessoa, Lua Blanco.
Todos os alunos falaram um pouco de si.
_ Bom, todos devem estar perguntando o porquê dessa apresentação, não é verdade? – Chad disse, e a turma concordou com a cabeça. – Então, isso é um início de uma atividade, dividirei vocês em 6 grupos de 6 integrantes – passou um tempo, ele disse – Os grupos ficaram assim: Lua, Arthur, Sophia, Chay, Mel e Micael; Pérola, Rayana, Michel, Pedro, Luiza e Marcos; Gabriela, Leonardo, Yago, Caroline, Julhie e Paulo; Jéssica, Cristiano, Carlos, João, Beatriz e Daniela; Carla, Bernardo, Juliana, Lucas, Daniel e Mari; Fernando, Gabriel, Débora, Maria, Gustavo e Eduarda – todos ficaram felizes com os grupos – Vocês vão ter duas semanas para criar uma música, poema ou uma peça, e o tema será amizade, depois irão se apresentar para a escola.
Bateu o sinal, fim da aula, os seis foram para o refeitório e sentaram em uma mesa para falar sobre o trabalho e almoçar.
_ E aí! O que nós vamos fazer? – perguntou Mel – eu acho música uma boa, vocês não acham?
_ Sim – todos responderam.
_ Mas só uma coisinha, quem aqui compõem? – Mel retornou a perguntar.
_ Eu componho – Arthur respondeu.
_ Eu também – Lua, Chay e Micael falaram.
_ Ah! Então 4 de nós compõe vai ser fácil – Sophia disse animada – e TODOS nós iremos cantar – acrescentou, olhando fixamente em Lua.
_ Nem pensar, eu vou tocar só. – Lua apressou a falar, olhando para Sophia.
_ Lua, você canta super bem, amiga – Mel disse.
_ Não canto não, sou uma taquara rachada. – Lua respondeu irritada e triste.
_ Lua, canta só um pouquinho, só um trechinho, para avaliarmos a sua voz – incentivou Arthur.
_ Nem rola! – disse irritada – Vocês vão fugir. – disse triste.
_ Não vamos. – disse Arthur firme – então me acompanha nessa música? – Arthur insistiu e todos concordam.
_ Ah! Está bem Arthur… - Lua disse cansada da insistência – Começa… – fez uma pausa – mas que música? – perguntou curiosa.
_ Medo de Amar, Adriana Calcanhoto, conhece? – Arthur perguntou
_ Lógico, amo essa música. – Lua disse sorrindo, isso deixou Arthur feliz.
_ “Você diz que eu te assusto/ Você diz que eu te desvio/ Também diz que eu sou um bruto/ E me chama de vadio… – Arthur começou para encorajar Lua e fez um sinal com a cabeça para ela cantar.
_ “Você diz que eu te desprezo/ Que eu me comporto muito mal/ Também diz que eu nunca rezo/ Ainda me chama de animal. – Lua começa a cantar, todos ficaram encantados com a voz da loira, principalmente Arthur que a olhava todo bobo.
_ Você não tem medo de mim/ Você não tem medo de mim/ Você tem medo é do amor/ Que você guarda para mim/ Você tem não tem medo de mim/ Você não tem medo de mim/ Você tem medo de você/ Você tem medo de querer?” – os seis cantavam juntos, e o resto que estava no refeitório perceberam que eles estavam cantando e foram até a mesa deles para ouvirem cantar.
_ “Você diz que eu sou demente/ Que eu não tenho salvação/ Você diz que eu simplesmente/ Sou carente de razão…” – Lua fez um gesto para Arthur continuar, os dois cantavam em perfeita sincronia.
_ “Você diz que eu te envergonho/ Também diz que eu sou cruel/ Que no teatro do teu sonho/ Para mim não tem papel” – Arthur cantava olhando fascinado para Lua.
_ Você não tem medo de mim/ Você não tem medo de mim/ Você tem medo é do amor/ Que você guarda para mim/ Você tem não tem medo de mim/ Você não tem medo de mim/ Você tem medo de você/ Você tem medo de querer?” – os seis cantaram juntos e ao acabar foram aplaudidos pelos que estavam assistindo, Lua e Arthur se olhavam fixadamente e sorriam um para o outro.
_ Vocês cantam muito bem – falou Carla no meio da multidão que estava em volta da mesa dos seis.
_ Obrigada gente! – Sophia agradeceu em nome de todos.
_ Lua, sinceramente não sei de onde tu acha que tua voz é feia, – disse Arthur todo encantado – você tem a voz mais linda que já ouvi em toda a minha vida – disse todo bobo e com os olhos brilhando.
_ Obrigada Arthur, – disse Lua corando de vergonha – mas é exagero seu, também não é assim. – disse com uma cara triste, abaixando a cabeça e encarando a mesa.
_ Ei! – Arthur esticou o braço e pegou no queixo de Lua, a fazendo levantar a cabeça que olhou para ele – Não seja tão pessimista assim, você tem uma voz linda, gostosa de ouvir, poderia ficar horas escutando-a sem cansar, – os olhos brilhavam como os brilho da estrela mais brilhante – eu não estou falando isso para te animar, estou sendo sincero – a cada palavra acariciava o rosto de Lua involuntariamente, os quatro perceberam o clima e os deixaram conversando.
Chay, Sophia, Mel e Micael sentaram em uma mesa, onde podiam ver cada detalhe onde estavam Lua e Arthur.
_ Será que vai rolar? – perguntava Chay.
_ Bom, eu já não sei, mas pelos olhos do Arthur, ele tá afim né? – Mel dizia
_ Também percebi, o Arthur se encantou por ela, aquele discurso na sala de aula de querer alguém, ele dizia olhando para a Lua e ele confessou que ela mexe feio com ele. – Micael completou.
_ É pelo jeito nosso garanhão tá se apaixonando. – Chay falava rindo.
_ Concordo profundamente – Micael concordou rindo.
_ Garotos, temos que compor uma música, – Sophia interrompeu os dois – deixa os pombinhos de lado e foco – completou.
Enquanto isso na mesa onde estava somente Lua e Arthur.
_ Você vai parar de ser pessimista assim? – Arthur perguntava com uma cara fofa.
_ Tá bom, vou ser otimista tá certo? – Lua responde.
_ Ótimo – Arthur disse sorrindo – Ué cadê o resto? – olhou ao redor da mesa e não vendo seus amigos.
_ Uai, foram embora e nem nos chamaram… - Lua disse rindo – mas já que estamos aqui me conte sobre você. – disse tentando não parecer curiosa.
_ O que você quer saber sobre a minha pessoa? – Arthur perguntou rindo.
_ Ah! Sobre aquele seu discurso na sala, por que você sofreu muito? – Lua perguntou curiosa e indo direto ao ponto – Mas se não quiser falar, eu vou entender – completou.
_ Não, eu quero, eu preciso desabafar com alguém, faz muito tempo que guardo isso dentro de mim… – Arthur disse encarando a mesa – mas antes de começar posso me sentar ao seu lado? – olhou para Lua.
_ Claro, senta aqui – Lua esboçou um sorriso e apontou para a cadeira ao deu lado.
Arthur se sentou do lado de Lua, os dois ficaram se encarando por alguns segundos, até que Lua acordou do transe e desviou o olhar para baixo, Arthur ao perceber fez o mesmo.
_ Bom… – Arthur começou encarando a mesa – mas antes de começar, essa conversa tem que morrer aqui, ninguém pode saber, até mesmo o Mica e o Chay, promete que não vai falar nada? – Arthur olhou de canto de olho para Lua.
_ Prometo, – fez o mesmo olhou de canto de olho – mas nem os seus amigos sabem da sua história? – perguntou indignada.
_ Não, ninguém sabe, – fez uma pausa – você irá ser a primeira e a única a saber de tudo, não sei porque, mas você é a única que sei que posso contar, os seus olhos me passam confiança, segurança – disse olhando para Lua que corou – por que você está vermelha? – perguntou acariciando suas bochechas.
_ Ah! Você me deixou envergonhada – disse Lua tímida.
_ Eu? – Arthur se assustou.
_ É, por dizer que confia em mim, nos conhecemos hoje – disse Lua olhando no fundo dos olhos de Arthur.
_ Verdade, te conheci hoje, mas seus olhos me passam confiança, eu sei que posso confiar em você, eu sinto que posso e devo. – Arthur disse acariciando o rosto de Lua.
_ Fico feliz por sentir isso, pois sinto o mesmo – disse Lua sorrindo – Será que você pode me contar agora? – perguntou curiosa.
_ Claro, – olhou para a mesa e respirou fundo – bom… – fez uma pausa para respirar fundo novamente – quando era criança via meu pai beber demais e toda vez que chegava em casa brigava com a minha mãe, a ameaçava, até que resolveu se tratar, pois descobriu que estava doente e se continuasse a beber iria morrer, se internou, ficou um ano longe de casa e quando voltou, achei que ia ser uma família feliz, mas não, meu pai continuava a brigar com minha mãe, até que um dia escutei uma briga deles, meu pai dizia que a culpa dele ter começado a beber era dela e minha… – parou e uma lágrima escorreu pelo seu rosto, por um impulso, Lua levou a mão até o rosto de Arthur e secou as lágrimas que escorriam e levantou seu rosto fazendo-o olhar para ela.
_ Arthur, se quiser parar eu vou entender – disse com uma voz doce.
_ Não, eu vou continuar – desviou o olhar para a mesa novamente – ele dizia que minha mãe engravidou de mim para segurá-lo, pois quando contou a ele que estava grávida eles tinha terminado e minha mãe dizia que não, que ela teria o filho sozinha, ele que quis casar, e foi ai que vi meu pai dando um tapa no rosto de minha mãe, não agüentei e entrei no quarto para defendê-la, mas meu pai também me bateu e dizia que não me amava, que fui a pior coisa que aconteceu na vida dele, depois disso meu pai foi embora de casa, fiquei anos sem ter notícias dele, quando completei 12 anos recebemos uma ligação de um hospital, dizendo que ele estava internado, que estava muito doente e que queria me ver pela última vez, não queria visitá-lo, pois sofri muito depois da partida dele, minha mãe me culpava por ele ter nos abandonado, ela sofreu muito esses anos sem ele, ela me culpou até os meu 10 anos, até perceber que eu não tinha culpa nenhuma, ela passou a me amar, mas me sentia estranho aos meus colegas da escola, não era igual, sempre me senti muito sozinho, passou uns dias da última ligação do hospital e eles retornaram a ligar, dizia que meu pai tinha piorado e implorava a minha visita, hesitei a ir, fui visitá-lo, afinal era meu pai, ao chegar lá vi meu pia frágil, doente, totalmente diferente do que me lembrava, me bateu um sentimento de culpa, não sei bem o motivo, mas senti pena, me aproximei de onde estava, e as únicas palavras de meu pai foram: “Esperei você vim me visitar para poder ir embora para sempre, eu te amo meu filho, desculpe-me por tudo…”, a sua voz era fraca, quase inaudível e depois disso ele faleceu em minha frente… – as lágrimas caiam uma atrás da outra ­– fiquei desesperado, me joguei em cima dele e disse “Pai, eu te amo muito” mesmo sabendo que ele não estava mais ali, mas sabia que ele ia escutar, mas nunca consegui perdoar meu pai completamente, pois sofri muito e sofro até hoje, mas sei que o amo e muito. Por causa disso não consigo me apaixonar por ninguém, pois vi minha mãe chorando durante anos pelo meu pai e não quero passar a mesma coisa. – Arthur se virou para olhar para Lua, percebendo que ela também tinha lágrimas em seu rosto. – Por que está chorando? – perguntou sem entender.
_ Não sei, sua história me tocou muito – disse Lua envergonhada e chorando.
_ Nossa! – Arthur disse secando as lágrimas que insistiam em escorrer dos olhos de Lua – Não chora, não gosto de te ver assim, se você continuar chorando vou me sentir culpado – disse tentando animá-la.
_ Tá bom, vou tentar parar, mas você tem que parar – secando as lágrimas do rosto de Arthur.
_ Ótimo, nós dois vamos parar de chorar, certo? – disse sorrindo e conseguindo arrancar um sorriso dos lábios de Lua – Como é bom te ver sorrindo, me faz sentir bem, seguro… – disse todo bobo, fazendo Lua corar – Posso te dar um abraço? – perguntou com receio.
Lua balançou a cabeça afirmando que podia, Arthur se aproximou e a abraçou com todo cuidado para não machucá-la, mas com muito carinho e afeto.
Arthur se sentia bem nos braços de Lua, era diferente de tudo, seu coração batia forte, a ponto de explodir, sua respiração era diferente, seu corpo pedia para ficar ali o tempo inteiro, não queria soltá-la. Lua sentia o coração de Arthur bater acelerado e o seu batia junto, parecia que ia passar pela boca de tanto que batia, passa uma corrente elétrica em seu corpo. Separam-se com dificuldade, pois nenhum queria se soltar, seus olhos se encontraram, olhavam fixadamente um para o outro, foram aproximando-se os rostos devagar, fecharam os olhos, sentiam a respiração quente um do outro em seus rostos e seus lábios já estavam muito próximos, se tocaram lentamente, quando ia começar um beijo o sinal tocou para mais uma aula, se afastaram rapidamente e assustados, se olharam envergonhados.
_ Obrigado por me ouvir – Arthur agradeceu envergonhando.
_ Para de agradecer, você precisava desabafar – Lua dizia tímida – Agora vamos, pois temos aula de laboratório – disse se levantando.
Os dois foram caminhando até o laboratório, no meio do cabinho Arthur, por um impulso, colocou seu braço em volta dos ombros de Lua e a puxou para mais perto e foram caminhando abraçados, conversando e rindo. Chegaram um pouco atrasado na aula, Sophia, Chay, Mel e Micael se entreolharam e olharam para os dois desconfiados, pois ainda continuavam abraçados.
_ Desculpa professor, – disse Arthur – não vai acontecer de novo.
_ Tudo bem, podem sentar em dupla na última bancada – disse o Sr. Lander.
Os dois caminharam até o fundo da sala, sob os olhares espantados de seus amigos. Lua e Arthur se entrosavam muito bem na aula enquanto ela passava, todos estranhavam o entrosamento, principalmente Chay, Micael, Sophia e Mel.









Parecia ser um dia comum, mas era o primeiro dia de aula no último ano do ensino médio, os alunos de Forks High School não estavam acreditando nisso, era o ano da formatura, a maioria já estavam no refeitório colocando as fofocas em dia.


_ Meninas, como estava com saudades de vocês! – Sophia dizia abraçando Lua e Mel – Como foram as férias?
_ Soph! A gente se falou todos os dias nas férias – dizia Lua dando risada da amiga, mas a abraçando-as
_ Verdade Soph! – Mel caiu na gargalhada também – Mais e ai, cade o Chay? – perguntou, estranhando não vê-lo junto com a amiga
_ Ah! Ele está lá na porta esperando um amigo dele junto com o Micael, - respondeu Sophia – acho que vai começar a estudar com a gente esse ano. Mas agora vamos sentar para esperar os garotos chegarem com esse amigo.
_ Ih! Já vii que vamos ter que aturar mais um engraçadinho, porque amigo desses dois, só pode ser mais um  - dizia Mel rindo, enquanto Lua e Sophia riam junto.
As três continuaram conversando, os meninos as avistaram de longe,
_ Ali Chay! – Micael apontava para a mesa onde as três estavam sentadas.
Os três foram em direção a mesa, mas paravam para cumprimentar o resto da turma e apresentar o novo amigo, chegaram a mesa depois de alguns minutos.
_ Fala meninas – cumprimentou Micael.
_ Oi garotas! – Chay também cumprimentou – Oi minha linda! – deu um selinho em Sophia.
_ Oi – o garoto novato cumprimentou timidamente.
_ Ah! Esse aqui é o Arthur – dizia Micael apontando para o garoto – e essas são Lua, – apontou para a loira de cabelos cacheados – Mel – apontou para a morena – e Sophia – a loira de cabelos lisos.
_ Muito prazer a todas vocês – dizia Arthur com um sorriso encantador.
_ Prazer – disseram as três juntas, também sorrindo.
_ Ah! O Arthur, essa aqui – Chay disse apontando para Sophia – é MINHA namorada – enfatizou o minha – as duas estão solteiras viu? – Chay caiu na gargalhada, deixando Arthur sem graça.
_ Ih! Começou a gracinha, pode relaxar, que mulher de amigo meu é homem – disse rindo do amigo, mas envergonhado.
Os três sentaram junto com as garotas e começaram a conversar até o sinal tocar, avisando o horário de aula. Lua, Sophia e Mel caíram na mesma sala de inglês, já Arthur, Chay e Micael ficaram na outra classe, na aula de Matemática.
Já na sala de aula, os garotos sentaram pertos e ficaram conversando a aula inteira.
_ E ai cara, gostou da escola? – perguntou Chay para Arthur.
_ É boa sim, tem gatinhas demais, - respondia Arthur – mas aquela loira, a Lua, é muito linda né?
_ Ih filhote pode mudar de alvo que essa é complicada – Micael ria.
_ Qual é Mica? Parece que não conhece? – Arthur se divertia.
_ Conheço, por isso mesmo querido, ela não é dessas de ficar uma vez e jogar fora – Micael respondeu.
_ Ah, entendi, tu gosta dela né meu filho? – Arthur indagou o amigo curioso.
_ Claro que não mané, mas ela é amiga… – respondeu Micael.
_ Ele não te falou, mas é parado na Mel – Chay falou pelo amigo.
_ Chay! Cala a boca, - Micael disse irritado – não tem nada a ver, só acho ela bonita ué, não pode? – ficou exaltado
_ Calma filho, – Arthur acalmava o amigo – mas depois dessa tua reação, preciso concordar com o nosso amigo, tu é parado na morena, a Mel – dizia rindo.
_ Claro que não! – disse Micael nervoso – Vamos parar de falar disso, e ai vai mesmo chegar na Lua? – perguntou mudando de assunto.
_ Tá bom, não está mais aqui quem falou – disse Chay e Arthur concordou.
_ Ah claro que vou. – Arthur disse – a menina é linda, extrovertida, tem uns olhos hipnotizantes, um sorriso encantador, a garota é maravilhosa – disse com os olhos brilhando.
_ Ih Chay, acho que o garanhão aqui tá paradão na Lua hein? – Micael dizia rindo do amigo.
_ É será que o garanhão aqui vai ficar só cm uma garota agora, vai se amarrar? – Chay debochava do amigo – Não era o garanhão aqui, que dizia que nunca ia se apaixonar e namorar, acho que mudou hein? – continuava debochar de Arthur e Micael gargalhava.
_ Para de besteira! – Arthur disse irritado – Só achei ela diferente, é só uma ficada e pronto, nunca vou querer compromisso e vocês sabem! – Arthur disse bravo.
_ Não está mais aqui quem falou – Micael disse levantando as mãos em um gesto de arrependimento – Mas esse ano promete, é o nosso último ano – Micael, Chay e Arthur caíram da gargalhada.
_ Senhores Borges, Suede e Aguiar quietos, estão atrapalhando a aula – disse Sr. Turner bravo.
_ Desculpe professor – disseram os três em unissom.
Os três ficaram quietos. Na sala de aula de inglês, as meninas não era diferente.
_ E ai, o que acharam do Arthur? – perguntou Mel.
_ Ah nada de mais, – respondeu Lua indiferente – bonito, legal, olhos maravilhosos, sorriso encantador, tímido – os olhos brilhavam.
_ Ah! Nada de mais? Imagina se fosse! – Sophia ria da amiga.
_ Começou a encheção de saco? – Lua disse irritada – ele não é tudo isso não e pelo jeito é o maior galinha né? – disse tentando mudar de assunto.
_ Tá bom, paramos – disse Sophia.
_ Ah Lua, ele é bonito também né? Garotos da nossa idade são assim! – Me retrucou.
_ Vai defender Mel? Hum… acho que quem tá caidinha por ele é você hein? – Lua disse irritada.
_ Não, disse só o que eu acho. – Mel riu da irritação da amiga – Ah! Não precisa ficar com ciúmes não, – provocou a amiga – você sabe que eu gosto do…
_ Mica – Sophia completou
_ Eu não estou com ciúmes não – Lua disse nervosa.
_ Não está mais aqui quem falou – Mel disse rindo.
_ Meninas, vamos aproveitar muito hein? É o nosso último ano – Sophia disse mudando de assunto.
_ Lógico, vai ser o MELHOR – Lua disse e Mel Concordou
_ Senhoritas Blanco, Abrahão e Fronckowiak caladas ou querem ir para fora? – disse sra. Smith brava.
_ Desculpa Senhora – Mel respondeu pelas três.
Bateu o sinal para o final da aula e assim todos os alunos foram para o refeitório lanchar. Micael, Mel, Sophia, Chay, Lua e Arthur sentaram juntos em uma mesa.

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