Lua estava dormindo novamente, agora com o bebê nos braços. Arthur aproximou-se dela e pegou a menina para colocar de volta no berço. Quando a tirou dos braços de Lua, ela acordou com os olhos alertas, uma expressão assustada.
- O que foi, Lu? – seu rosto relaxou ao ver Arthur.
- Desculpe. Passei a noite toda achando que aquela maluca viria atrás de nós. – ela parou suspirando aliviada. – Ela ainda não deu nenhum sinal?
- Não. A polícia está de olho na casa, caso ela apareça. – Arthur havia chamado a policia para que Lua pudesse prestar uma ocorrência contra Carla.
- Eu tenho medo que ela venha atrás dela. – Arthur sentou-se na cama ainda segurando a pequena que dormia tranquila em seus braços.
- Não vou deixar que ela se aproxime de nenhuma de vocês duas, não se preocupe.
- Ela é linda. – Lua murmurou.
- Não... É perfeita. Temos que dar um nome a ela. – ele disse, pensativo.
- É, eu sei. Por que não escolhe? Afinal foi você que fez o parto. – ela disse sorrindo orgulhosa. Seus pensamentos foram interrompidos por uma mulher que entrara no quarto. Era um enfermeira diferente das que estavam atendendo Lua. Parecia ser bastante jovem, cabelos castanhos, pele pálida, olhos claros e no crachá em seu jaleco o nome Beatriz.
- Olá. Não poderia deixar de vir olhar essa mocinha. – ela disse aproximando-se. De pronto, Arthur reconheceu aquela voz.
- Você...Foi você que falou comigo pelo telefone, não foi?
- Culpada. – ela disse levantando as mãos. Lua os olhava sem entender.
- Lu, foi ela quem me instruiu a fazer o parto. – Lua sorriu e agradeceu a enfermeira. Ela olhou a menina, parabenizou Arthur e saiu do quarto.
- Beatriz. – Arthur sussurrou ao vê-la sair. Lua sorriu aprovando o nome que ele escolhera.
Lua não conseguiu abrir os olhos. Estava tão cansada que apesar de estar acordada, suas pálpebras estavam pesadas demais para serem abertas. Mas algo a fez abrir os olhos. Alguém estava falando com Beatriz, mas aquela não era a voz de Arthur e nem de nenhuma das enfermeiras que ela conhecia.
- Olá minha filha... – a voz dizia baixinho. Lua abriu os olhos fitando o teto sem coragem o suficiente para aceitar de quem era aquela voz. Seu coração disparou. Levantou a cabeça devagar e viu A silhueta de Carla de costas para ela, segurando sua filha nos braços em frente ao pequeno berço. Levantou-se devagar e sentiu seu peito arfar.
- Carla. – ela murmurou. Carla levantou a cabeça e girou nos calcanhares para mirar Lua. Seus olhos estavam confusos, haviam olheiras embaixo de seus olhos azuis. Parecia tão cansada quanto Lua que acabara de dar a luz. Carla deu dois passos para em direção a porta.
- Carla, ponha Beatriz no berço... Agora. – sua voz saiu firme, sem tremer nem um pouco. Ela não se moveu, olhando com ódio para Lua.
- Não. – ela disse entre dentes. Lua deu mais dois passos em direção a ela, sentindo seus olhos marejarem.
- Carla, você não está bem, coloque Beatriz no berço e conversaremos. – disse com calma.
- NÃO FALE COMO SE FOSSE MÃE DELA! Ela é minha filha... ESTÁ OUVINDO?! – Seus gritos acordaram Beatriz que berrava em seu colo. – Calma meu amor, mamãe está aqui... – Seu olhar, seu sorriso forçado... Lua sabia que Carla estava totalmente desequilibrada.
A porta foi aberta rapidamente. Arthur apareceu com os olhos arregalados ao ver Carla e Lua se encarando, enquanto sua filha berrava.
- Carla... Me dê a Beatriz. – ele ordenou. Dois seguranças e mais uma multidão de pessoas apareceram na porta enquanto a policia tentava afastá-los. Carla soltou uma mão do corpinho de Beatriz e puxou uma pistola de trás de si.
- NÃO ARTHUR! ELA É MINHA! FIQUEM LONGE! – ela gritava enquanto apontava a faca na direção dele. Lua chorava, desesperada por sua filha.
- Não, Carla! Largue isso, você vai machucá-la e não quer isso! – Lua disse.
Enquanto Carla se distraia tentando acalmar Beatriz em seus braços, Arthur tentou ser rápido e jogou a arma no chão. Lua correu até eles e pegou Beatriz, enquanto Arthur tentava segurar Carla. A arma não estava longe o bastante, Carla a alcançou. O gatilho foi puxado de uma só vez atingindo Arthur.
- Vem meu anjo, está na hora de mamar. – Lua disse pegando a pequena Bia nos braços. Aninhou-a em seus braços e a colocou em um de seus seios, enquanto cantava uma canção de ninar. Beatriz brincava com as mãozinhas, passando-as no rosto de Lua, já estava com uma semana de vida, a cada dia mais linda e mais esperta.
- Pronta para ir? – Blanca perguntou ao entrar no quarto.
- Claro. Vou acabar de dar de mamar a ela e pegar a bolsa. – sorriram uma para outra e Lua voltou a cantarolar a canção e balançar-se na cadeira de balanço.
Acabou de dar de mamar a Beatriz, pegou sua bolsa e encontrou-se com sua mãe e Sophia no andar de baixo de sua nova casa. Estavam morando em Guadalajara em uma linda casa de dois andares. Sophia dirigiu com Blanca ao seu lado e Lua atrás com a pequena.
Atravessaram o longo corredor deslizando pelo linóleo branco, até chegarem a um quarto.
- Ah! Já estava com saudades das mulheres da minha vida. – Arthur disse com um sorriso largo estampado no rosto. Lua aproximou-se dando-lhe um selinho demorado. Ele estava com uma tipoia no braço, o tiro acertara-lhe o ombro. Estava pronto para ir para casa.
- Nós também sentimos sua falta. Mas já está pronto para ir para casa, finalmente.
- É o que eu mais quero, meu anjo. Poder aproveitar vocês duas de verdade.
Arthur se levantou colocando o braço bom ao redor da cintura de Lua e deixaram o quarto do hospital.
- O que foi, Lu? – seu rosto relaxou ao ver Arthur.
- Desculpe. Passei a noite toda achando que aquela maluca viria atrás de nós. – ela parou suspirando aliviada. – Ela ainda não deu nenhum sinal?
- Não. A polícia está de olho na casa, caso ela apareça. – Arthur havia chamado a policia para que Lua pudesse prestar uma ocorrência contra Carla.
- Eu tenho medo que ela venha atrás dela. – Arthur sentou-se na cama ainda segurando a pequena que dormia tranquila em seus braços.
- Não vou deixar que ela se aproxime de nenhuma de vocês duas, não se preocupe.
- Ela é linda. – Lua murmurou.
- Não... É perfeita. Temos que dar um nome a ela. – ele disse, pensativo.
- É, eu sei. Por que não escolhe? Afinal foi você que fez o parto. – ela disse sorrindo orgulhosa. Seus pensamentos foram interrompidos por uma mulher que entrara no quarto. Era um enfermeira diferente das que estavam atendendo Lua. Parecia ser bastante jovem, cabelos castanhos, pele pálida, olhos claros e no crachá em seu jaleco o nome Beatriz.
- Olá. Não poderia deixar de vir olhar essa mocinha. – ela disse aproximando-se. De pronto, Arthur reconheceu aquela voz.
- Você...Foi você que falou comigo pelo telefone, não foi?
- Culpada. – ela disse levantando as mãos. Lua os olhava sem entender.
- Lu, foi ela quem me instruiu a fazer o parto. – Lua sorriu e agradeceu a enfermeira. Ela olhou a menina, parabenizou Arthur e saiu do quarto.
- Beatriz. – Arthur sussurrou ao vê-la sair. Lua sorriu aprovando o nome que ele escolhera.
Lua não conseguiu abrir os olhos. Estava tão cansada que apesar de estar acordada, suas pálpebras estavam pesadas demais para serem abertas. Mas algo a fez abrir os olhos. Alguém estava falando com Beatriz, mas aquela não era a voz de Arthur e nem de nenhuma das enfermeiras que ela conhecia.
- Olá minha filha... – a voz dizia baixinho. Lua abriu os olhos fitando o teto sem coragem o suficiente para aceitar de quem era aquela voz. Seu coração disparou. Levantou a cabeça devagar e viu A silhueta de Carla de costas para ela, segurando sua filha nos braços em frente ao pequeno berço. Levantou-se devagar e sentiu seu peito arfar.
- Carla. – ela murmurou. Carla levantou a cabeça e girou nos calcanhares para mirar Lua. Seus olhos estavam confusos, haviam olheiras embaixo de seus olhos azuis. Parecia tão cansada quanto Lua que acabara de dar a luz. Carla deu dois passos para em direção a porta.
- Carla, ponha Beatriz no berço... Agora. – sua voz saiu firme, sem tremer nem um pouco. Ela não se moveu, olhando com ódio para Lua.
- Não. – ela disse entre dentes. Lua deu mais dois passos em direção a ela, sentindo seus olhos marejarem.
- Carla, você não está bem, coloque Beatriz no berço e conversaremos. – disse com calma.
- NÃO FALE COMO SE FOSSE MÃE DELA! Ela é minha filha... ESTÁ OUVINDO?! – Seus gritos acordaram Beatriz que berrava em seu colo. – Calma meu amor, mamãe está aqui... – Seu olhar, seu sorriso forçado... Lua sabia que Carla estava totalmente desequilibrada.
A porta foi aberta rapidamente. Arthur apareceu com os olhos arregalados ao ver Carla e Lua se encarando, enquanto sua filha berrava.
- Carla... Me dê a Beatriz. – ele ordenou. Dois seguranças e mais uma multidão de pessoas apareceram na porta enquanto a policia tentava afastá-los. Carla soltou uma mão do corpinho de Beatriz e puxou uma pistola de trás de si.
- NÃO ARTHUR! ELA É MINHA! FIQUEM LONGE! – ela gritava enquanto apontava a faca na direção dele. Lua chorava, desesperada por sua filha.
- Não, Carla! Largue isso, você vai machucá-la e não quer isso! – Lua disse.
Enquanto Carla se distraia tentando acalmar Beatriz em seus braços, Arthur tentou ser rápido e jogou a arma no chão. Lua correu até eles e pegou Beatriz, enquanto Arthur tentava segurar Carla. A arma não estava longe o bastante, Carla a alcançou. O gatilho foi puxado de uma só vez atingindo Arthur.
- Vem meu anjo, está na hora de mamar. – Lua disse pegando a pequena Bia nos braços. Aninhou-a em seus braços e a colocou em um de seus seios, enquanto cantava uma canção de ninar. Beatriz brincava com as mãozinhas, passando-as no rosto de Lua, já estava com uma semana de vida, a cada dia mais linda e mais esperta.
- Pronta para ir? – Blanca perguntou ao entrar no quarto.
- Claro. Vou acabar de dar de mamar a ela e pegar a bolsa. – sorriram uma para outra e Lua voltou a cantarolar a canção e balançar-se na cadeira de balanço.
Acabou de dar de mamar a Beatriz, pegou sua bolsa e encontrou-se com sua mãe e Sophia no andar de baixo de sua nova casa. Estavam morando em Guadalajara em uma linda casa de dois andares. Sophia dirigiu com Blanca ao seu lado e Lua atrás com a pequena.
Atravessaram o longo corredor deslizando pelo linóleo branco, até chegarem a um quarto.
- Ah! Já estava com saudades das mulheres da minha vida. – Arthur disse com um sorriso largo estampado no rosto. Lua aproximou-se dando-lhe um selinho demorado. Ele estava com uma tipoia no braço, o tiro acertara-lhe o ombro. Estava pronto para ir para casa.
- Nós também sentimos sua falta. Mas já está pronto para ir para casa, finalmente.
- É o que eu mais quero, meu anjo. Poder aproveitar vocês duas de verdade.
Arthur se levantou colocando o braço bom ao redor da cintura de Lua e deixaram o quarto do hospital.
FIM
Muito obrigado a todos que leram a web..Bjs Vick!
Web Barriga de Aluguel "Família" (Penúltimo Capítulo)
Lua sentira seu corpo todo dolorido ao abrir os olhos. Estava em um quarto de hospital, vestida em uma camisola. Olhou para os lados e viu Arthur dormindo em uma poltrona. Sentou-se com dificuldade e passou as mãos pelo rosto. Ouviu um som vindo do outro lado do quarto, um som que aqueceu seu coração e fez seus olhos marejarem. Seus olhos brilharam ao ver as pequenas mãozinhas balançando-se para cima, dentro do pequeno berço branco.
Levantou-se em silencio apoiando-se nas coisas e chegou finalmente até o bercinho. Pele branquinha, bochechas rosadas, olhos já abertos e espertos... Em um tom de mel como os dela. A pequena era cabeluda, fios finos de um castanho claro. Estava vestida em um macacão rosa com alguns ursinhos brancos.
- Olá minha linda, seja bem vinda. – ela disse pegando a mãozinha da menina, ela resmungou enquanto continuava a sacudir os bracinhos. Lua a pegou nos braços, firmemente, como se tivesse feito aquilo durante toda a sua vida. Voltou para a cama e a aninhou em seus braços. Logo a pequena procurava por seus seios, sentindo o cheiro do leite materno.
- Ah, você está com fome... – Um pouco atrapalhada, Lua tirou um seio da camisola e colocou a pequena ali. – Ah, você estava com fome, e eu dormindo, desculpe.
Arthur abriu os olhos lentamente e viu Lua amamentando a filha. Ela viu que ele a olhava e olhou de volta sorrindo.
Web Barriga de Aluguel "O Parto" (Últimos Capítulos)
- Calma, Lu. Respira, eu vou te tirar daí. – ele dizia enquanto tentava pegar alguma ferramenta com as mãos trêmulas.
- Rápido...Rápido Thu! – ele a escutava gritar e respirar ofegante. Pegou o martelo e quebrou a fechadura. Chutou a porta que se abriu em um estrondo.
Lua estava encostada na cama com as mãos pressionando a barriga. Ele correu até ela com lágrimas nos olhos. Não conseguia acreditar... Ela estava ali aquele tempo todo.
- Calma, eu vou te tirar daqui Lua.
- N-não! Não dá mais tempo. – ela disse entre os soluços.
- Vai sim. – a pegou nos braços e desceu com ela até o segundo andar.
- NÃO THU, NÃO VAI DAR! – Arthur correu com ela até seu quarto e a colocou sobre a cama. Lua fazia esforço para respirar, lembrando-se de tudo que lera em alguns livros antes de tudo aquilo acontecer.
- Lua, eu vou ligar para uma ambulância... Não sai daqui!
- Eu pareço estar em estado de sair andando por aí?! – ela berrou. Ele sorriu e beijou o topo de sua cabeça. Pegou o telefone e discou o numero da ambulância. Os paramédicos iriam até lá o mais rápido possível.
- THU! NÃO DÁ MAIS TEMPO!
Os gritos de Lua ecoavam pela casa. Arthur andava de um lado para o outro pensando no que fazer, Céus! Como faria um parto? Tudo o que sabia sobre isso era o que havia visto em alguns programas de partos no Discovery Home and Health com Carla.
- Ok. Vou pegar alguns lençóis limpos e você... Você... Continua respirando! – Lua revirou os olhos e o viu correr até a área de serviço. Ela respirava rápido enquanto sentia o suor escorrer pela testa. Arthur subiu com os lençóis e os colocou sobre as pernas de Lua que já estavam na posição certa.
- Eu não vou conseguir, Lua.
- Vai sim. Eu confio em você. – Ele pegou o telefone mais uma vez e ligou para o hospital. Explicou o que estava acontecendo desesperado.
-Acalme-se, senhor. Vou passar para uma enfermeira que lhe dará todas as instruções até que a equipe médica chegue até sua casa.
Arthur esperou que a ligação fosse passada a outra pessoa. Uma voz feminina finalmente o atendeu do outro lado da linha.
-Olá senhor, vou dar-lhe as instruções. Tente me acompanhar. Onde está sua esposa?– ele ignorou qualquer formalidade, sem importar-se com o que a enfermeira dissera.
- Está deitada na cama.
-OK. O senhor precisa colocar os dedos para ver se a cabeça do bebê já desceu.– Arthur ficou parado por um momento. Olhou mais uma vez para Lua sofrendo, não haveria outro jeito.
- Lua, você vai me odiar mas eu preciso fazer isso. – ela arregalou os olhos enquanto o sentia retirar sua calcinha e gritou.
- E-eu acho que já! – ele gaguejou ao telefone tentando ser forte o bastante para não desmaiar ali mesmo.
Você precisa pedir para que ela faça força para baixo.– ele repetiu as palavras a Lua. –Diga para que ela apoie o queixo no peito para facilitar. Fique de olho enquanto o bebê desce. Enquanto ela faz força, preciso que pegue qualquer coisa parecida com um sugador.
Arthur lembrou-se das coisas que Carla havia comprado para o bebê, entre eles um sugador para puxar a sujeira do nariz, aquilo deveria servir. Correu até o quarto do bebê e o pegou.
-Agora– a enfermeira continuou –fique de olho enquanto o bebê desce. Quando a cabeça estiver para fora, peça para que ela pare de fazer força e sugue a boca do bebê para que ele não se engasgue com o líquido. E então peça para que ela faça um esforço menor para que o corpo saia e a ajude.
Arthur fazia tudo o que a enfermeira pedia e repassava para Lua. O celular foi parar no chão ao ver a cabeça no bebê saindo. Os pequenos fios de cabelo já apareciam.
- Está vindo, Lu. Continue fazendo força! – ele dizia apoiado na cama, pronto para receber o bebê.
- AH! EU NÃO CONSIGO! – Ela choramingava.
- Consegue sim, meu anjo, continue, falta pouco agora! – ela continuou até que a cabeça finalmente havia saído. Arthur fez o que a enfermeira pedira, sugando a boquinha do bebê, até que saíra por completo. Arthur puxou o lençol e o envolveu ali enquanto o ouvia chorar. Lua respirou aliviada e deitou a cabeça no colchão sorrindo entre as lágrimas. Arthur pegou o celular novamente.
- O cordão... – ele disse tentando manter a voz firme. Mas não foi preciso quando a equipe médica chegou até o quarto. Enquanto um dos paramédicos se encarregava de cortar o cordão umbilical, Arthur foi até Lua.
- Você conseguiu, viu? É uma menina, uma menina linda! – Lua apenas chorava.
- Eu quero vê-la. – ela sussurrou, cansada.
Web Barriga de Aluguel " A Fuga"
- ME TIREM DAQUI! – ela gritava. Sentiu as lágrimas chegando aos seus olhos, fazendo com que os mesmos ficassem embaçados. Lua gritara o máximo que pôde, durante um longo espaço de tempo. Estava em pé encostada na porta, quando sentiu uma forte pontada em sua barriga. Respirou fundo e escorregou no chão. Rastejou-se até a cama e viu algo escorrer... A bolsa havia se rompido, estava na hora.
Arthur entrara em casa após mais um dia cansativo de trabalho. Jogou sua pasta no sofá e tirou o terno. Subiu as escadas afrouxando a gravata e tirou os sapatos ao entrar no quarto. Algo lhe chamou a atenção. Dentro do cesto de roupas limpas, uma blusinha rosa, de alcinhas finas, idêntica a de Lua. Mas o que ela estava fazendo ali? Escutou algo estranho vindo do sótão. Subiu as escadas correndo e parou na porta.
- Tem alguém aí? – perguntou batendo na porta.
-ARTHUR!– ela gritou. Um grito desesperado.
- Lua? – ele sussurrou para si mesmo sem acreditar. – LUA! LUA É VOCÊ?
-O bebê, Thu... O bebê está nascendo!– sua voz estava tremula.
- CALMA! VOU TE TIRAR DAÍ!
-Rápido, por favor!
Web Barriga de Aluguel "Pesadelo"
Quando Arthur chegou do trabalho, Lua não estava lá. Carla estava sentada na cozinha segurando uma caixa de lenços descartáveis, Arthur correu até ela.
- O que foi? Por que está chorando? – ele perguntou afoito. – É algo com Lua? Pelo amor de Deus, Carla, responda de uma vez! – ela o olhou com desprezo.
- Ela foi embora. – ela respondeu se levantando.
- Como assim se foi? Do que está falando? – perguntou atordoado. – O que você fez Carla? O que falou a ela que a fez mudar de ideia? – Disse segurando seus ombros.
- NADA! Eu não disse nada! Nós fomos fazer a ecografia hoje, Thu... E o bebê estava morto. – o mundo de Arthur pareceu cair. – Ela decidiu voltar para Guadalajara. Está tudo acabado.
Carla cambaleou até as escadas e subiu até seu quarto. Arthur ficou parado, estático tentando processar tudo. Ela estava bem e de repente tudo mudara. Pegou o telefone e procurou pelo numero de Sophia que Lua dera a eles caso algo acontecesse.
- Sophia?
-Sim. Quem fala?
-Aqui é Arthur Aguiar.. Eu sou...
-Sei quem você é.– ela respondeu friamente.
-Lua está aí? Eu posso falar com ela? – houve silencio do outro lado da linha.
-Ela foi embora Arthur, ligou para nós e disse que estava saindo da cidade e que não queria ver ninguém. Ela estava tão angustiada ao telefone...
Arthur desligou o telefone e correu até o quarto de Lua. Havia um bilhete em cima da cama. “Estou indo embora, seguindo minha vida, por favor, não me procure.” Arthur amassou o papel e o jogou longe, não conseguia acreditar.
Escuro. Úmido. Frio. Vazio. Vozes abafadas passavam pelo teto de madeira... Passos... Passos que faziam com que poeira caísse em seu rosto e penetrasse em seus olhos.
- Foi embora sem te dizer nada? – Melanie perguntava a Arthur.
- Deixou um bilhete pedindo para que eu não a procurasse. Não sei onde ela está e nem se está bem, Mel... Já faz quase um mês, não é possível que ela não dê nenhuma noticia. Eu não sei, mas algo me diz que aí tem o dedo da Carla. Ela estava irritada com o fato de eu e Lua termos nos aproximado e...
- E com razão, não é? Ela é sua esposa, apesar de ser um pouco fora de si.
- É. Talvez... – Arthur abaixou a cabeça e suspirou frustrado.
Saiu da casa de Melanie e dirigiu até sua casa. Chamou por Carla, mas ninguém respondeu. Subiu as escadas e tropeçou no cesto de roupas limpas que ela havia esquecido no meio do corredor. Praguejou e apegou a levando para o quarto. A colocou em um canto qualquer, tirou os sapatos, desabotoou a camisa e caiu na cama, exausto.
- Oi amor, não te ouvi entrar. – Carla disse entrando no quarto.
- E eu não te vi em casa. – ela se jogou em cima dele e lhe deu um selinho. Afagou seus cabelos, enquanto ele não se mexia, perdido em seus pensamentos. Carla se abaixou e beijou seu pescoço.
- Por que está usando o perfume da Lua? Esse não é o seu cheiro. – ele disse, confuso.
- Não é possível. Não consegue mesmo esquecer essa garota, não é? Eu desisto.
Onde ele estava com a cabeça? A falta de Lua estava afetando seu cérebro, e sua mente vivia tentando trapaceá-lo, dando qualquer indicio de que ela estava ali, de que ela nunca havia partido.
Carla pegou a jarra do armário da cozinha e a encheu de água. Pegou alguns cobertores, a noite estava mais fria que as anteriores. Caminhou até a lavanderia e colocou as coisas que havia pego no chão. Ergueu o tapete florido que ficava na frente da máquina de lavar e o levantou. Abriu a porta do porão e desceu as escadas carregando os objetos.
- Eu quero sair... – Uma voz cansada ecoou no espaço.
- Não resmungue, Lua. – Carla disse friamente. Levou a mão a testa de Lua e viu que ela queimava em febre.
- Vou ter que te tirar daqui. Aqui é muito úmido! – murmurou.
Colocou um braço de Lua em volta de seus ombros e a carregou cambaleando para fora do porão. A casa toda estava fechada. Subiu as escadas com dificuldade e abriu uma porta que levava até mais alguns degraus aonde davam para o sótão.
Havia uma cama velha, lá. Carla deixou Lua sob a cama empoeirada e jogou um cobertor em cima dela... Pelo menos ali havia uma pequena janela, mas entrava um fio de luz. Lua encolheu-se na cama e envolveu-se no cobertor com a mão em seu ventre, agora de sete meses... Fazia um mês que Carla a havia trancado dentro do porão.
Lua havia acordado depois de ter adormecido ao lado de Arthur. Ele não estava ali, havia ido trabalhar, Lua supôs. Levantou-se, tomou um banho demorado e desceu para comer alguma coisa. Algo foi colocado em seu rosto. Lua sentiu um cheiro forte e seu corpo amoleceu, sentiu alguém que alguém a segurava para que não caísse até que seus olhos se fecharam completamente. Carla arrastou Lua até o porão e a colocou sob um colchão, ela acordaria em dentro de alguns minutos. Enquanto ela não despertava, Carla subiu e jogou o pano molhado de éter no lixo. Pegou algumas coisas que Lua precisaria e levou para baixo. Alguns minutos depois, Lua sentiu sua cabeça pesar, seus abriram-se devagar...
Carla estava caminhando de um lado para o outro.
- O que está acontecendo? – Lua perguntou. Carla aproximou-se e sorriu.
- Não achou mesmo que eu a deixaria estragar a minha família, não foi Lua? Eu avisei que queria ele longe de você, mas ele não ouviu. Lua, escute bem, você vai ficar aqui até esse bebê nascer, e então eu dou um jeito em você, mas vai ficar calada, está entendendo?
- O que você está fazendo? M-me tira daqui... – ela disse baixinho. Ainda estava sob os efeitos. Lua passara aquele um mês praticamente dormindo por causa das medicações que Carla lhe dera. Lá de baixo podia escutar ambos conversando.
- Como assim foi embora? – Lua escutou Arthur gritar.
- E-estou aqui... – ela tentava dizer... Mas sua voz saia apenas em um sussurro.
Tinha medo daquele lugar, medo de tudo aquilo prejudicar seu bebê, mas sair dali era impossível, ainda mais do jeito que estava. Carla a obrigava a engolir os calmantes, esperava que ela engolisse e abrisse a boca mostrando que havia ingerido.
- Muito bem. – Carla dizia quando acabava de inspecionar. Lua não sabia até quando aguentaria.
Lua chorava baixinho enquanto alisava a barriga. Já se perdera no tempo, não fazia ideia de quanto tempo havia se passado desde que Carla a trancara. Via o sol ir e vir pela pequena janela do sótão. Já faziam alguns minutos desde que Carla levara a ela o calmante, que começava a fazer efeito novamente. Uma onda de mágoa tomava conta de seu corpo novamente. Ela se levantou e tentou caminhar até a porta, mas seu corpo estava cansado, dolorido... Sentia como se todos seus ossos estivessem enferrujados por falta de uso. Caiu ao tentar se levantar. Arrastou-se até a porta e encostou-se lá.
Arthur estava no andar de cima, deitado em sua cama, quando pôde ouvir um baque vindo do teto. Há muito o velho sótão não era usado, sempre esteve fechado. Decidiu subir e verificar. Subiu e parou diante da porta. Nenhum som. Forçou a maçaneta mas estava trancada.
- Tem alguém aí? – ele murmurou.
-Thu...– a voz de Lua estava falha, nada saia além de um simples sussurro. Não conseguia mover seus braços ou pernas, o efeito da medicação se espalhara. Lua colocou a mão na porta e apoiou sua cabeça lá. Arthur desistiu e desceu as escadas novamente.
Lua não sabia quanto tempo mais poderia aguentar.
Carla teve que forçar a porta ao entrar, Lua estava sentada lá, como um peso de papel, sem se mexer. Ela a arrastou até a cama empoeirada e a colocou sobre ela.
- Hora da medicação. – ela disse a Lua. Dessa vez, Lua tentaria passar a perna nela em relação ao comprimido. Carla passou-lhe o remédio e Lua o colocou debaixo da língua. Abriu a boca para mostrar-lhe que havia engolido.
- Muito bem, Lua. Pelas minhas contas você deve estar com oito meses e meio. Já está quase na hora. – Carla disse com um largo sorriso em seu rosto. Deixou-a sozinha e Lua logo se desfez do comprido em sua boca.
Em algumas horas deveria estar completamente acordada.
Web Barriga de Aluguel "Laço Maternal"
-O que houve, Lua?– Sophia perguntou ao escutá-la.
- Está chutando. Você insiste que é uma menina, mas acho que é um menino e vai ser um grande jogador de futebol pelo jeito. Ai. – Sophia riu do outro lado da linha.
-Que frescura de não querer saber o sexo, Lua!– Lua suspirou passando as mãos em seu ventre, que com quase seis meses quase já a impedia de ver os próprios pés.
- Não quero Soph, não ter nenhum contato maior do que eu já tenho se é que você me entende... Não me apegar. Sabe, acho que ele vai puxar ao Thu e não a mim.
-Por que diz isso?
- Minha barriga está enorme, está na cara que não vai herdar a minha baixa estatura.
- Ai, Lu. Só você mesmo, vou desligar para você dormir.
Lua se despediu de Sophia e desligou o telefone. Varias vezes se pegava falando sozinha, cantando para o bebê, seria possível ficar ainda mais envolvida com ele do que já estava? Como se não bastasse ter que ficar isolada dentro de casa. Agora que Arthur tinha que se manter longe, ela passava o dia todo sozinha quando Melanie não estava. Finalmente os seis meses de repouso absoluto estavam acabando.
Lua sentiu os olhos arderem ao abri-los. O sol jorrava para dentro do quarto iluminando todo o cômodo. Ela se levantou e tomou um banho. Tudo era feito com muita cautela, descer as escadas era apenas para extrema urgência. Mas os seis meses estavam completos. O dia estava absurdamente quente, e ela se aproveitou para desfilar com seu novo corpo. Vestiu um top branco e um short. Prendeu os cabelos em um coque mal feito e desceu as escadas cuidadosamente.
Como sempre, não deveria haver ninguém dentro de casa. Ligou a TV em um canal de clipes, deixando o volume extremamente alto e começou a dançar pelo meio da sala. Não sabia mais o que era sentir-se livre... Três meses trancada dentro do quarto não fora fácil. Tentava acompanhar o ritmo em que as mulheres da TV dançavam, porém com dificuldade por causa da barriga.
Arthur apareceu na escada apenas com uma bermuda que havia dormido e ficou a observando dançar no meio da sala.
- Uau, nem parece que acabou de escapar de um aborto. – ela se assustou ao ouvir sua voz.
- AH! Desculpe, eu não sabia que você estava em casa. – disse com um sorriso tímido. Ele desceu as escadas enquanto ela pegava o controle para abaixar o volume.
- Não temos nos visto muito ultimamente , não é? – A cada passo que ele dava para frente, Lua dava um para trás.
- É, e ela não vai gostar se o vir aqui embaixo.
- Ela não está em casa. – ele falou aproximando-se mais ainda dela. Lua estava encurralada entre a parede... E ele.
Lua sem saber o que fazer quando ele colocou as mãos contra a parede impedindo que ela saísse. Involuntariamente prendeu a respiração, sentir o cheiro dele era tentador demais.
- Lua, respira. – ele disse sorrindo. Lua soltou o ar e o puxou com força.
- Eu vou na cozinha e... – tentou se afastar, mas foi inútil.
- Ah, não vai não. – Lua tentou sair por de baixo de seu braço, porém ele fora mais rápido pressionando seu corpo ao dela. Lua sentiu uma corrente elétrica percorrer sua espinha ao sentir o contato de sua pele com a pele quente dele. Seus rostos estavam próximos demais, seus narizes se roçando.
- Isso n-não está c-certo. – ela vacilou nas palavras e mordeu o lábio inferior, o que o deixou ainda mais tentado a beijá-la. Ele passou as mãos em volta de sua cintura e aproximou-se o máximo que pôde. Mordeu o lóbulo de sua orelha delicadamente e sussurrou palavras em seu ouvido que Lua não conseguira processar.
- Se Carla chega... – ela murmurou com seu peito arfando.
- Não vai chegar. – roçou seus lábios nos dela enquanto suas mãos passeavam por sua cintura e costas.
Lua já não poderia mais se render, chocou seus lábios nos dele o beijou com fervor, envolvendo seus braços em volta de seu pescoço. Arthur sorriu vitorioso entre o beijo, a pegou nos braços e subiu as escadas a levando até o quarto onde estava. A deitou na cama e correu até as janelas, as fechando para que o sol não entrasse mais. Deitou-se ao seu lado e passou as mãos por seus cabelos. Lua afogou-se em seus beijos novamente. Arthur então deitou-se por cima dela e a beijou. Um misto de sentimentos envolveu Lua, e o melhor deles aflorou: o prazer. Arthur começou a tirar o top de Lua mais ela o interrompeu dizendo:
- Agora não Arthur!
Lua estava confusa, querendo e ao mesmo tempo não querendo. Tudo fora incrivelmente fácil para Lua, comparado a primeira vez. Estavam ambos nas nuvens, era como um sonho. Dante daquelas quatro paredes era como se nada além deles existisse. Arthur observava enquanto Lua adormecia ao seu lado. Puxou o lençol que cobria seu corpo e passou a mão sobre seu ventre cada vez mais saliente. Era seu filho que estava ali e naquele momento era o filho dele e de Lua, Carla não passava de um verdadeiro pesadelo... Mas, contos de fadas não existem.
Web Barriga de Aluguel "3º mês,complicações"
Lua estava entrando no terceiro mês de gestação. A barriga estava crescendo bastante considerando o tempo que ela tinha. Carla estava se organizando para começar a pintar o quarto do bebê, no dia seguinte iriam ao médico e fazer uma eco para saberem o sexo do bebê.
- Lua, eu volto do trabalho ás sete, Arthur estará em casa dentro de alguns minutos, qualquer coisa nos ligue, por favor. – Carla disse saindo de casa. Arthur passava o mínimo possível de tempo perto de Lua, e ela fazia o mesmo indo para a casa de Melanie.
Ela foi até a cozinha pegar algo para comer, quando sentiu uma pontada forte em sua barriga. Achou normal, durante a gravidez as mulheres costumavam a sentir algumas cólicas, ainda mais no terceiro mês.
Arthur estacionou o carro na garagem, tirou as coisas do carro e caminhou até a porta da frente. Remexeu na pasta de couro que segurava e achou as chaves. Abriu a porta.
- AH! – Arthur escutou Lua gritar na cozinha. Largou tudo o que carregara e correu até a cozinha. Ela estava sentada na beira da pia, seu rosto pálido e as lágrimas rolando fartas por seu rosto.
- Lua, o que aconteceu? Você caiu? – ele perguntou se abaixando até ela.
- N-não... AI! Está doendo Thu, está doendo muito! – ela dizia ofegante com as mãos pressionando a barriga. Ele a pegou nos braços e se deu conta de uma mancha de sangue no chão.
- Vai ficar tudo bem. – levou-a rapidamente até o carro.
Arthur ia apertando as mãos contra o volante enquanto escutava Lua gemer de dor ao seu lado. Ele tentava acalmá-la, mas tudo o que dizia a deixava mais nervosa.
- Já estamos chegando amor, fica calma.
Chegaram ao hospital e Arthur correu com ela até a recepção, Lua foi atendida imediatamente. Ele ficou na sala de espera, inquieto por noticias dela. O médico de Lua finalmente saíra do quarto.
- Ela está bem? – ele perguntou ansioso.
- Calma, Arthur. Já está tudo sob controle. Ela estava tendo um aborto espontâneo, mas já estamos controlando com remédios. Ela vai precisar ficar em repouso absoluto durante três meses, até o sexto mês ela não vai poder carregar peso, nem descer e subir escadas, do contrario será difícil conter o nascimento prematuro desse bebê, e ainda não está na hora.
- Claro. Eu posso vê-la?
- Claro. Ligue para Carla. – ele concordou e foi até o quarto.
Lua estava deitada ainda chorando baixinho, mas bem mais calma do que estava antes. Ele se aproximou e se sentou na cadeira ao lado da cama. Ela limpou as lágrimas e esboçou um sorriso triste.
- Carla deve estar muito chateada. – ela murmurou.
- Ela ainda não sabe. E a culpa não foi sua... Como está se sentindo?
- Bem. Um pouco grogue na verdade, por causa dos remédios... Estou com sono. – ela disse sentindo as pálpebras pesarem.
- Então dorme, meu anjo. – ele sussurrou ao vê-la fechar os olhos.
-Como ela está? – Carla chegou desesperada no hospital. Arthur a acalmou dizendo que Lua estava bem. Lua continuava dormindo sob o efeito dos remédios.
- Tem um carinho muito especial por ela. – Carla afirmou o fuzilando com os olhos.
- O que quer dizer?
- Quero dizer que é melhor que você fique bem longe dela, Arthur. Não vou permitir que você faça isso debaixo do meu nariz!
- Se você não se lembra foi você que causou toda essa confusão, Carla! – ele se levantou e saiu andando para a porta principal.
Carla entrou no quarto de Lua e a observou dormindo, estava aliviada por seu bebê estar bem. Dentro de seis meses teria sua família completa. A mente de Carla estava apenas em seu futuro filho, em sua futura família, pouco se importava com a vida de Lua, ela era apenas um utensílio.
- Carla. – Lua sussurrou ao abrir os olhos.
- Queria mesmo falar com você, Lua. Quero fique longe do meu marido, entendeu? Estamos te pagando para carregar o nosso filho, apenas isso. Espero que tenha entendido o recado. – A loira saiu bufando do quarto. Lua respirou fundo. Onde havia se metido?
Web Barriga de Aluguel "Proibido"
- Meus parabéns, você está com quatro semanas exatas, Lua. – O médico dizia ao examinar Lua. – Agora, por que não ouvimos o coração? – Lua e Carla concordaram, ambas sorrindo. Os batimentos eram fortes apesar do tempo que o feto tinha. Lua sentiu o que qualquer mulher sentiria naquele momento, o sentimento que uma mãe tem por seu filho. Ver os membros crescendo, o corpinho se formando, tudo era novo e mágico para ela.
Estava grávida de um mês, e há um mês não via Arthur. Quando chegara naquele dia, Carla havia lhe dito que Arthur tivera que ir viajar a trabalho para a Argentina, e voltaria dentro de um mês. Lua já havia conhecido Melanie, que ganhara seu carinho instantaneamente. Carla a cada dia se mostrava mais animada com o bebê. Lua passava os dias entediada em casa enquanto Carla trabalhava.
- Mel, sou eu, Lua.
-Oi Lu, tudo bem?
- Tudo, eu só queria saber se você poderia vir me fazer companhia, não aguento mais ficar sozinha dentro dessa casa enorme! – ela reclamou ao telefone.
-Ah Lu, eu não posso. Mas de noite eu passo aí, prometo.
- Tudo bem então. – Lua suspirou e desligou o telefone.
Levantou-se da cama e caminhou até o grande espelho em seu quarto. Levantou a camiseta larga que usava e passou as mãos na barriga que já estava saliente e dura. Passava um bom tempo em frente ao espelho tentando imaginar como ficaria sua barriga depois de alguns meses. Seus pensamentos foram interrompidos pelo som estridente da campainha.
Lua desceu as escadas rapidamente, enquanto a pessoa insistia na campainha.
- Já vai! – ela gritava. Chegou à porta e girou a maçaneta. Sentiu o ar lhe faltar ao ver Arthur. Ele estava encostado na parede com uma mala na mão e a outra no chão. Sua expressão fora a mesma de Lua, surpresa. Um sorriso brotou nos lábios dele.
- Olá Lua. – ele disse calmamente. Ela esperou que seu coração se acalmasse.
- Bem vindo de volta. – ela respondeu com dificuldade. Ele entrou em casa e colocou as malas no chão. Ela sentiu o olhar dele pesar sobre seu corpo, só então se deu conta de que sua camiseta continuava levantada.
- V-você está...? – ele disse sorrindo timidamente.
- É. – Lua abriu um largo sorriso. – Mas, nem da para ver muito bem, só um mês.
- Não, claro que eu vejo... Eu posso? – Lua balançou a cabeça lentamente.
Ele se abaixou ficando de joelhos e tocou o ventre saliente de Lua. Ela sentiu um arrepio descer por sua espinha ao sentir o contato entre eles novamente.
- É incrível. – ele murmurou.
- Ele ainda nem chuta. – ela sibilou entre os dentes, tentado uniformizar sua respiração.
- Como você está? – Arthur perguntou se levantando.
- Bem, só os enjoos matinais que ainda não passaram, e as vezes a minha pressão cai e eu fico tonta, mas o doutor disse que durante os primeiros três meses é normal. O chato é ficar sozinha aqui até de noite, quando Carla chega.
- Não se preocupe, não vai mais ficar sozinha. Carla não pode pedir licença, mas eu posso. – O que era óbvio já que ele era o filho do dono.
- Vai ficar comigo todos os dias? – ela perguntou franzindo o cenho.
- Bom, não todos. Mas os que eu não puder ficar, te levarei até a casa de Melanie. – Lua sorriu. – Vou levar as malas para cima e vou preparar algo para comermos.
Lua ficou sentada vendo TV enquanto Arthur se arrumava para descer. Ele desceu vestindo uma calça de moletom, uma regata branca e chinelos. Lua ficou sentada escutando o barulho das panelas se chocando no granito da pia.
- Lua, vem pra cá. – ele gritou. Ela se levantou e caminhou até a cozinha. Reprimiu o riso ao entrar. Ver Arthur vestido em um avental com corações era no mínimo engraçado.
- Do que está rindo? – ele perguntou olhando para si mesmo.
- Nada. – ela murmurou com a mão na boca.
- Ah, acha meu lindo avental engraçado? Não vai rir quando provar a minha especialidade. Gosta de tacos?
- Arthur! Eu estou grávida, não posso comer comida apimentada.
- Ah é verdade. Então, que tal uma lasanha? – ela assentiu – Uma lasanha então.
Arthur voltou-se para as panelas e Lua se aproximou para ajudá-lo. Arthur sentia-se bem, nunca havia se divertido tanto cozinhando, Carla nunca havia se interessado em cozinhar, muito menos na sua companhia... Lua o fazia se sentir completo novamente, com ela, ele não era um homem amargo e rancoroso... Ele conseguia ser apenas “Arthur.”
- Fazia muito tempo que eu não comia no sofá! – Arthur dizia rindo enquanto colocava o prato sobre a mesinha de centro. Lua fez o mesmo e se encostou no sofá recuperando o fôlego após as altas gargalhadas que deram durante um filme. Ela suspirou passando as mãos no ventre.
- Ás vezes posso jurar que sinto ele chutar, mas o doutor disse que não é possível ainda. – Arthur chegou mais perto dela no sofá e pousou a mão em seu ventre. Lua sentiu a respiração dele, o seu coração batendo freneticamente, e então ele a olhou.
- Vai ver ele só chuta pra você. – ele disse com os olhos fixados nos dela. Lua sentia-se hipnotizada. Colocou sua mão sobre a ele que estava em sua barriga.
- O que está acontecendo? – ela sussurrou.
- Eu não sei, mas não consigo evitar. – Lua deixou-se levar e fechou os olhos. Arthur passara todo aquele tempo fora tentando tirá-la da cabeça, mas não conseguira. Ela estava impregnada nele. Aproximou-se dela roçando seus lábios e sorriu quando sentiu suas pequenas mãos afagarem seus cabelos. Repentinamente Lua se afastou e se levantou do sofá colocando as mechas dos cabelos atrás da orelha.
- Não, isso está errado Thu, não era para as coisas saírem de controle. Não posso. – ela saiu rapidamente e subiu para o seu quarto.
- Seu idiota! – ele resmungou esmurrando o sofá.
Comentem MUITO!Quem sabe,não sai mais um,hoje?
Web Barriga de Aluguel "Grávida"
Lua acordou sentindo o peso do braço de Arthur em sua cintura. O retirou com cuidado e foi para o banheiro em seu quarto. Lavou o rosto e olhou-se no espelho. Será que havia dado certo? Ela estaria grávida? Mas não era nisso que ela conseguia pensar, sua cabeça estava estacada na noite passada, nas caricias de Arthur, as palavras sussurradas em seu ouvido, o toque de sua pele, tudo guardado em sua mente. Ele poderia ter sido curto e grosso, e ter feito apenas o que devia fazer, mas no final das contas, havia feito tudo para que não fosse constrangedor demais para ela. Lua saiu do banheiro e ele já não estava mais na cama. Um sonho? Não, era real demais. Tomou um banho demorado, lavou seus cabelos e vestiu uma roupa leve. Sua barriga roncou, já havia escutado que após uma relação sexual o apetite aumentava consideravelmente, e de fato aquilo não era apenas mito. Sentiu o cheiro do café que vinha da cozinha. Arthur estava apenas vestindo uma bermuda branca colocando algumas coisas sobre a mesa.
- Bom dia. – ele disse ao vê-la.
- Bom dia.
- Como você está?
- Com fome. – ela disse esboçando um sorriso tímido. O sorriso preferido de Arthur. Sentaram-se a mesa para comer.
- É, Lua, eu...Eu não te machuquei, não é? – indagou preocupado. Lua corou.
- N-não, eu estou bem. – ele sorriu e voltou a comer.
Lua iria passar duas semanas na casa de Sophia, para fazer companhia para sua mãe. Arthur achara que seria melhor, para que a ansiedade de Carla não a aborrecesse. Lá, ela teria tempo para sentir se havia dado resultado, e arrumar alguma desculpa para sua mãe, quanto ao tempo que passaria fora de casa.
- A Carla é completamente louca, eu não acredito que você fez isso! – Melanie, a irmã de Arthur exclamou ao ouvir a história.
- Eu sei Mel, mas o que eu poderia fazer? Ela estava me deixando louco! Mas, sabe o pior... Eu gostei. – ele murmurou.
- Gostou? Gostou do que? Do que está falando? – ele suspirou e passou as mãos pelos cabelos.
- Estar com a Lua, foi diferente. Ao contrario do que deveria ser, não foi como se eu fosse obrigado aquilo! Quando era com Carla, eu ficava com aquela pressão de ter que engravidá-la, aquilo para mim era obrigação... Mas com Lua foi tudo tão espontâneo...Com a Carla eu faço sexo, mais com a Lu eu fiz amor !
- OK! Chega, não preciso saber dos detalhes. Arthur, isso é errado, não pode se apaixonar por ela.
- Não estou apaixonado, é só que... Eu não sei Mel. Eu vou ver o Miguel.
Arthur passara dias pensando na noite que tivera com Lua, apesar de saber que não era correto, ela estava ali apenas para dar um filho a ele e sua esposa, seria errado apaixonar-se por ela. Não, aproveitaria aquelas duas semanas para tentar recuperar seu casamento.
Enquanto isso, Lua estava na casa de Sophia, com sua mãe. Fazia uma semana que ela estava lá.
- Mãe! A Lua vomitou de novo! – Sophia berrou do quarto.
- Será que...?
- Acho que sim. Fica aqui, eu vou comprar um teste na farmácia e volto logo!
Sophia saiu apressada de casa, enquanto Mariana ajudava Lua no banheiro.
- Onde está minha mãe?
- Dormindo. Lua, querida, é o terceiro dia que você enjoa, o que está acontecendo? Não quer que eu a leve ao médico? – Lua tentou parecer despreocupada.
- Não, não deve ser nada, logo isso passa. – tentou sorrir e deitou-se na cama enquanto esperava por Sophia.
Sophia voltou com o teste de farmácia para Lua que a esperava impaciente. Bebeu bastante água e correu para o banheiro. Tinha que esperar um minuto, sua salvação e a de sua mãe dependiam de um mísero minuto.
- É isso aí, você está oficialmente grávida Lu. – Sophia disse entregando o teste em suas mãos. Lua abriu um pequeno sorriso e jogou o teste no lixo.
As duas semanas de “férias” de Lua já haviam acabado, estava na hora de voltar para a casa dos Aguiar e encarar Arthur como se nada houvesse acontecido naquela noite. Agora ela carregava um filho que era dele, e que apesar de estar dentro dela, era de Carla. Despediu-se de sua mãe e de Mariana e Sophia a levou novamente para a capital. Ao chegar encontrou Carla, que ficou radiante com a noticia que Lua lhe dera.
- Tenho que lhe mostrar o quarto do bebe. Nessas duas semanas que você esteve fora, nós já compramos algumas coisinhas, claro, as cores neutras já que não sabemos qual é o sexo do bebê... – Carla desatava a falar enquanto Lua vasculhava todos os cantos da casa com os olhos, procurando por Arthur. Sentia uma necessidade grande de vê-lo novamente, quando na verdade, não tinha nem ideia de como encará-lo ou de como ele a encararia.
Web Barriga de Aluguel "A Aproximação"
Mariana, mãe de Sophia a acompanhou até a casa de Lua. Elas a ajudaram a curar os ferimentos de Blanca e compraram algumas coisas para ela comer. Quando Blanca adormeceu, Lua as chamou na cozinha.
- Eu não posso continuar assim, eu tenho que ajudá-la. Vou ter que reconsiderar aquilo, Soph. – Lua falou. Mariana ficou sem entender.
- Reconsiderar o que Lua?
- Uma proposta de emprego. Olhe, seria pedir demais que ela ficasse na casa de vocês durante esse tempo? Acho que volto para Guadalajara em dez ou onze meses. Vou mandar o dinheiro pelo correio para cobrir as despesas, mas não posso levá-la junto e não posso deixá-la sozinha.
- Lua, querida, você se tornou muito importante nas nossas vidas, não a vemos mais como uma funcionaria, mas uma irmã para Soph e uma filha para mim. Vá, nós cuidamos de Blanca, mas por favor, tome cuidado.
Lua agradeceu a ambas. Mariana levou Blanca para sua casa naquele dia.
Sophia e Lua saíram para comprar algumas coisas que ela deveria levar para a capital.
- Preciso mudar o cabelo, sabe, se eu vou para a capital preciso estar mais apresentável e não com essa aparência de roceira.
- Por que não pinta com essa cor? Eu compro e te levo ao salão agora!
As duas partiram no carro de Sophia. Lua pintou os cabelos com o loiro brilhante que Sophia havia escolhido, e que Lhe caíra muito bem. Fez baby liss ... Estava quase irreconhecível se não fosse pela cor de seus lindos olhos que a entregavam.
Lua fez as malas mais uma vez e se despediu de todas. Havia ligado para Carla que havia ficado radiante com a reconsideração de Lua.
- Se cuida, Lu. Essa mulher é louca!
- Não é com isso que eu estou mais preocupada. – elas conversavam a caminho da casa dos Aguiar.
- Com o que é então? – Lua mordeu os lábios e respirou fundo.
- Eu nunca fiz isso Soph, eu estou com medo. Eu mal conheço esse cara e eu tenho a leve impressão de que ele me odeia.
- Eu ainda acho que é loucura, Lua. Mas se você mudar de ideia, me ligue imediatamente.
Elas se despediram e Lua saiu do carro, dessa vez com duas malas, com as roupas que Sophia havia lhe comprado. Ela tocou a campainha duas vezes, estava escuro e frio lá fora. Arthur atendeu.
- Ah, Lua? Você, está diferente. – ele disse, surpreso. Ela apenas sorriu. – Venha, entre. Carla está no banho.
Lua entrou e esperou que ele fechasse a porta.
- Venha, vou lhe mostrar o seu quarto. – ele pegou as malas de Lua e subiu com ela até o segundo andar. O quarto de Lua era grande, com uma cama de casal revestida com lençóis impecavelmente brancos. – É, Lua... Você não precisa fazer isso. – ele disse um tanto sem jeito.
- Eu preciso desse dinheiro mais do que você imagina. – ela disse com os olhos marejados novamente.
- Está tudo bem? – ela não conseguiu se segurar. Esteve controlada o tempo todo na frente de sua mãe, mas naquele momento ela desabara de vez. Não poderia continuar a deixar sua mãe naquele estado, enchia-se de dor ao ver o sofrimento dela por causa de seu pai, ela contou tudo isso a Arthur que a escutara pacientemente.
- Eu sinto por isso, Lua. Confesso que eu não estou exatamente entusiasmado com essa situação, mas Carla está me cercando. Sei que está com medo, mas vou tentar fazer com as coisas sejam mais... fáceis possível para você, está bem? – ela assentiu com a cabeça. Arthur não era um homem tão mal e insensível afinal.
Lua se acomodou no quarto. Guardou suas roupas no armário, organizou seus objetos de higiene pessoa no banheiro que havia dentro do quarto e vestiu roupas mais leves. Estava na sala de jantar, jantando com Carla e Arthur.
- O que acha de Denise, Lua?
- Ah, não sei... O bebê é de vocês... Vai ser de vocês. – Carla passara o jantar todo falando sobre o nome do bebê, as roupas, a cor do quarto... Lua apenas concordava e Arthur comia em silencio. Carla iria para a casa de sua irmã naquela noite, para dar privacidade aos dois. Lua mal tocava na comida, seu estomago estava embrulhado, de tão nervosa que estava.
- Bom, vou pegar minha bolsa e já vou. – Carla se levantou e Lua teve que se lembrar de como respirar.
- Se precisar de alguma coisa, pode ir até o meu quarto, tudo bem? – Carla disse a Lua antes de sair. Ela assentiu com a cabeça. – Bom, estou indo. Volto amanhã depois do almoço. – Despediu-se de Arthur e saiu. Lua ficou sentada na cadeira, imóvel, tentando se controlar, tentando respirar e manter-se calma.
- Lua. – ela estremeceu ao ouvir a voz de Arthur atrás dela. Mordeu o lábio inferior e tomou coragem para se virar. – Por que não vemos um filme? Tem um bom passando na TV. – Lua concordou e se levantou, cambaleando. Arthur a segurou pela cintura antes que ela caísse.
- Você está bem?
- Estou. Só um pouco tonta, preciso me sentar. – ele a ajudou a chegar ao sofá e a colocou lá.
- Vou pegar um copo d'água. – ele saiu e voltou em um estante com o copo. Lua deu dois goles e o entregou a ele. – Está melhor?
- Estou, eu não sei o que é, acho que estou nervosa, só isso. – ele sorriu levemente. Era a primeira vez que Lua o via sorrir para ela.
- Não fique. Eu vou pegar o controle da TV.
Lua e Arthur estavam sentados no mesmo sofá enquanto viam o filme. Quando acabou, Arthur viu que Lua adormecera ao seu lado. E a pegou nos braços. Ela nem ao menos se mexeu. Subiu com ela, abriu a porta com o pé e a deitou na cama. Tirou seus sapatos e ficou a observá-la. Era diferente de outras garotas de dezenove anos, estava se sacrificando por sua mãe. Ele se sentou ao seu lado e passou a mãe por seu rosto, traçou seus lábios, afagou seus cabelos.
- Thu? O filme acabou? – ela perguntou sonolenta.
- Já sim. Eu vou para o meu quarto. – Lua o segurou pelo braço não o deixando sair.
- Eu a... – tentou falar algo, mas nada saiu. Ela mordeu o lábio inferior e se apoiou nos cotovelos.
A franja caíra sobre os olhos, Arthur a tirou dali. Lua sentiu sua respiração ofegante, seu coração querer rasgar sua pele...Mirou o nada, envergonhada. O quarto estava escuro, apenas um fio de luz passava pela fresta da janela. Arthur levantou seu rosto com as mãos e acariciou sua bochecha. Lua tragou a saliva e o umedeceu os lábios, sentiu a respiração dele mesclar-se a sua e então seus lábios quentes tocarem os seus delicadamente, mal encostando-se. Arthur foi colocando o peso de seu corpo sobre ela fazendo com que seus cotovelos vacilassem e ela caísse na cama novamente. Ele voltou a beijá-la ainda delicadamente, mas um pouco mais intenso. Lua sentiu a língua dele contornar seus lábios e os abri-los gentilmente. Passou as mãos pelos cabelos macios de Arthur, se sexo era aquilo, não tinha o porque ela temer, ela pensava.
Os beijos de Arthur começaram a ficar cada vez mais intenso. Suas mãos passeavam pelo corpo de Lua. Ele a sentiu desconfortável embaixo dele.
- Tudo bem? Estou te machucando? – ele perguntou, preocupado.
- Não, é só que... Eu estou, er, com medo. – sentiu seu rosto queimar – Estou me sentindo uma idiota, desculpe. – Arthur riu.
- Estranho seria se você não estivesse. É só relaxar, Lua. – Ele sorriu mais uma vez, deixando Lua arrepiada, ele não sorria com frequência, mas quando sorria, a deixava estremecida. Ele distribuiu beijos em seu pescoço, olhos, bochechas, e chegou nos lábios novamente. Desabotoou os botões da camisa sem parar o beijo e a deixou aberta, voltando com as mãos para a cintura dela. Dulce passou as mãos por seu peitoral nu, o deixando estremecer com o toque. Ele se afastou dela para medir sua expressão, ela estava nervosa e ele achava aquilo bonito, inocente, era aquilo que Lua era, inocente. Levantou a blusinha rosa que ela usava e a deixou de sutiã. Lua corou novamente.
- Relaxa, Lua. – ele sussurrou em seu ouvido.
As peças de roupas foram logo distribuídas pelo chão do quarto, Arthur estava pronto para fazer o que tinha que fazer. Lua tentava respirar e se manter calma.
- Se eu a machucar, me avise. – sussurrou novamente.
Arthur tirou o sutiã de Lua e começar a sugar seus seios, ela não se conteve e soltou um leve gemido que foi logo abafado pelo beijo de Arthur. Ele beijou seus seios, sua barriga e foi descendo deus beijos ate chegar em sua intimidade. Então Arthur a penetrou. Lua apertou os olhos ao senti-lo dentro de si. A dor fora inevitável. Um grito foi abafado pelos lábios de Arthur chocando-se aos seus. Logo a dor dava lugar a sensação de prazer, a deixando mais relaxada. Agora estava feito, ela não poderia mais voltar atrás.
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Os resultados finalmente saíram. Lua era saudável e estava pronta para fazer o que tinha que fazer. Ela preparava sua mala em casa, moraria com Carla e Arthur durante a gestação, naquele dia, eles iriam até a clinica para que Lua fizesse a inseminação.
- Mas, filha, trabalhar como doméstica na capital? Qual é a diferença?
- Mamãe, eles vão me pagar o dobro! Vou mandar o dinheiro pelo correio.
Apenas Sophia sabia o que Lua estava indo fazer na capital. Acabou de arrumar sua pequena mala, despediu-se da mãe e saiu de casa. Sophia estava a esperando, a levaria de carro até lá. Quando chegaram, Sophia suspirou.
- Tem certeza de que quer fazer isso, Lu?
- Tenho. Eu te ligo mandando noticias, e fica de olho na minha mãe, por favor.
- Vou ficar. – Lua se despediu de Sophia e saiu do carro. Sentiu o sol bater em seu rosto e logo Carla estava saindo para ajudar Lua com a mala. Elas entraram, e logo Carla tratou de acomodá-la.
Foram logo para a clinica e se encontraram com Arthur lá. O médico explicava a Lua como a inseminação seria feita. Lua estremeceu enquanto ele explicava o procedimento. Uma agulha? Levando os espermas de Arthur? Lua morria de medo de agulhas. Queria sair correndo daquela sala.
- E tem algum problema eu ser...Bem, eu ser virgem? – Lua perguntou corando. Estavam apenas ela e Carla na sala, Arthur esperava do lado de fora.
- De jeito nenhum, mas pode ser um pouco mais dolorido. – Lua assentiu um pouco assustada. – Bom, temos que fazer alguns testes antes e então podemos fazer.
Houve um problema, Lua era alérgica a um dos medicamentos usados para poder fazer a inseminação. Carla sabia que haviam grandes chances de dar errado, como o doutor havia lhe explicado. Lua se desculpou dizendo inúmeras vezes o quanto sentia... Mas Carla possuía uma carta na manga, não desistiria assim tão fácil de Lua.
- O QUE? Não... m-mas esse não foi o combinado! – Lua gritava ao ouvir a proposta que Carla lhe fizera.
- Lua, não será nada demais, é profissional! – Carla se defendeu. Lua chegara a ficar vermelha de raiva e vergonha com que ela a pedira.
- Acho que está me confundindo, senhora! EU.NÃO.SOU.UMA.PROSTITUTA! – Lua pegou a mala que estava no sofá e saiu batendo a porta. Não poderia aceitar uma coisa daquelas. Ela caminhou até a rodoviária e ligou para Sophia, perguntando se ela poderia buscá-la. Depois de uma hora, Sophia chegou a rodoviária.
- Ela te pediu que transasse com o marido dela? – Sophia perguntou, embasbacada. Lua apenas assentiu com a cabeça. – Meu Deus, Lua, isso é um absurdo, essa mulher é completamente descontrolada! E o que o... O marido dela disse?
- Não sei, ele estava trabalhando. Quando ela falou eu saí praticamente correndo de lá. Soph, isso é loucura, eu não posso...Não posso fazer isso!
- Vou morrer e não vou ver tudo, juro.
Uma hora depois, Sophia deixou Lua em casa. Lua pegou sua mala, despediu-se de Sophia e entrou em casa. Chamou por Blanca, mas não houve resposta. O pequeno casebre estava revirado... Os móveis jogados, copos quebrados. Uma onda de pavor tomou conta de Lua ao não ouvir respostas de sua mãe. Ela finalmente ouviu um ruído baixo vindo do pequeno quarto onde sua mãe passava a maior parte do tempo.
- Mãe! – Blanca estava caída ao lado da cama, com o rosto sangrando. Lua abaixou-se ao seu lado. – Mamãe, o que houve? – ela perguntou entre lágrimas.
- Seu pai, ele bebeu e...
- Ah, mãe. Me desculpe por ter te deixado sozinha! – Lua a colocou na cama e ligou para Sophia.
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Lua havia ligado para a casa dos Aguiar e falado com Carla, que pediu para que Lua fosse ao seu encontro. Passou-lhe o endereço e a explicou como chegar.
- A onde você está indo Lua? – Blanca perguntou ao ver a filha arrumada. Lua nunca se arrumava, estava sempre com um jeans desbotado, os cabelos presos de qualquer maneira. Mas ela teria que estar apresentável para a família. Vestiu uma saia comprida branca com uma renda na barra que Sophia havia lhe dado e uma blusinha de alças finas rosa. Calçou um par de sandálias baixas e prendeu seus longos cabelos negros em um rabo de cavalo por causa do calor.
- Salvar as nossas vidas. Volto a noite, não se preocupe comigo. – Lua depositou um beijo na cabeça de sua mãe – O dinheiro de ontem está na caixinha no meu quarto, pegue antes que papai veja e compre algo para a senhora comer... Se cuida mãe, eu volto logo.
Lua saiu de casa e pegou o ônibus que sairia para a capital. Estava com medo de tudo aquilo, nem ao menos sabia se daria certo. Já havia escutado falar em barrigas de aluguel, se fazia a inseminação e pronto. Só esperar nove meses. Sabia que aquilo era loucura, mas estava desesperada, ela precisava cuidar bem de sua mãe, queria sair daquele casebre e comprar um apartamento na capital para as duas... E mesmo contudo, ajudar seu pai a sair daquela situação. Lua tinha um coração de ouro.
Carla estava impaciente caminhando de um lado para o outro enquanto esperava que a garota que havia ligado aparecesse. Ela havia arrumado toda a casa, deixando tudo no lugar para que Lua se sentisse a vontade. Arthur estava sentado no sofá com a cara fechada. A campainha tocou.
- É ela! – Carla pulou. E correu para a porta. Quando abriu, deu de cara com Lua. estava certa de que Lua seria perfeita mesmo sem conhecê-la bem. Era uma garota bonita, aparentemente saudável e muito jovem.
- Carla? – Lua perguntou.
- Sim, sim, querida, entre. – Carla deu passagem para que ela entrasse. Lua ficou parada mirando a grande casa. O hall era enorme, espiou um pedaço da sala, em tons pastéis e moveis claros. Olhou para Carla com seus cabelos loiros caindo sobre os ombros, seus olhos azuis e algumas ruguinhas pequenas, quase invisíveis que se formavam no canto da boca. – Venha, vou lhe apresentar para o meu marido.
Elas foram até a sala. Arthur estava de pé com os braços cruzados no peito. Sua primeira reação foi fechar ainda mais a cara, não estava de acordo com aquilo
-Thu, essa é a Lua. Lua, esse é o meu marido. – Lua corou ao ver a cara de desprezo que ele lhe lançava. Será que ele não a achara boa o suficiente? Ela pensou.
- Olá, muito prazer. – Ela falou quase em um sussurro. Não houve resposta da parte dele.
- Sente-se, querida. Deseja algo para beber?
- Não, obrigada, eu estou bem.
- Então vamos ao que interessa. Arthur, sente-se. – Arthur se sentou na poltrona ao lado do sofá grande que as duas estavam.
Lua se acomodou no sofá, apertando os dedos dos pés contra as sandálias. Ela poderia estar razoavelmente confortável se não fosse pelo o olhar duro de Arthur a encarando o tempo todo. Ele estava praticamente deitado na poltrona com uma mão passando sob a barba por fazer e batendo os dedos contra o tecido florido da poltrona com a outra.
- E então, Lua. Você parece ser realmente jovem... Quantos anos você tem? – Carla perguntou a Lua
- Er, dezenove. – Lua sibilou entre os dentes.
- Oh! Isso é perfeito, Lua! Não é Thu? – Arthur acenou de leve com a cabeça.
- E então? Eu li algo sobre isso, é feito por inseminação no laboratório, não é?
- Na verdade... – Carla começou a falar.
- É! É assim mesmo, Lua. Não é Carlinha? – lançou-lhe um olhar duro. Carla concordou com a cabeça um pouco sem jeito.
Após algum tempo de conversa. Carla passou as instruções a Lua, a que horas ela deveria estar lá novamente para que pudessem a levar para fazer alguns exames na manhã seguinte.
- Por que você disse aquilo, Arthur! Você sabe que é melhor que você...
- Chega! Eu não quero mais escutar isso. Vou ligar para o Doutor Otávio e dizer que reconsideramos a inseminação na garota. Não há mais nada a ser discutido.
Apesar de ter sido contrariada, Carla estava esperançosa, pois Lua era bastante jovem e se Deus quisesse muito saudável. Então, tudo daria certo, e ela finalmente poderia realizar o sonho e a obsessão em ser mãe.
Lua acordou cedo, tomou um banho e pegou mais um ônibus até a capital. Faria os exames para finalmente ir para a parte principal de tudo aquilo. Ainda estavam discutindo sobre o preço, que seria alto, o bastante para ajudar sua família, para manter sua mãe bem e ajudar seu pai. Ela chegou na grande na grande casa do casal e tocou a campainha uma vez, quem abriu foi Arthur, já com a chave do carro na mão.
- Bom dia. – ela disse sem jeito.
- Bom dia. Carla teve um imprevisto na empresa e precisou ir até lá. Eu vou levá-la para fazer os exames. – ele disse frio e ríspido. Lua se incomodava com isso, que culpa ela tinha, afinal? Era ele quem estava no jornal pedindo por um garota jovem e saudável para gerar um filho dele. Ela apenas concordou com a cabeça e o acompanhou até o carro. Ele abriu a porta para que ela entrasse. Estavam em silencio absoluto dentro do carro.
- Se importa se eu ligar o rádio? – ele perguntou.
- Não. – Lua murmurou. Ele ligou o rádio em uma estação qualquer e foram apenas ouvindo a música o caminho inteiro.
Chegaram a clínica e foram direto para a ginecologista de Carla que atenderia Lua. Lua passou por uma série de exames, sangue, urina, ecografias, HIV... Tudo para ter certeza de que estava em perfeitas condições para gerar o herdeiro da família Aguiar. Arthur a acompanhou em silencio em todos os exames. Ele se sentou na cadeira do consultório enquanto Lua passava para uma sala ao lado divida apenas por uma cortina para realizar o exame de toque.
- Ah, você é virgem, Lua! – a doutora exclamou. Lua corou e acenou com a cabeça. Arthur corara também ao ouvir. Pigarreou ao vê-las voltando para o consultório.
- Então, os resultados ficam prontos em torno de duas horas. Mas pelo que pude ver você está ótima, Lua. Vamos esperar pelos resultados.
- Claro, enquanto isso nós podemos ir comer alguma coisa. O que acha? – Arthur perguntou ainda sério.
- Claro, por mim tudo bem.
Lua e Arthur foram ao restaurante ao lado da clinica. Estavam em silencio durante o almoço, quando Arthur resolveu quebrá-lo.
- Olha, me desculpe por estar sendo tão rude o tempo todo. – ele falou pensativo. Lua apenas acenou de leve com a cabeça. – É só que... Eu não concordo muito com isso, entende? Não que eu não queira ser pai, eu quero. Mas acho isso exagero demais. Eu não me importaria em adotar, mas Carla faz questão de ter um filho que seja meu pelo menos, e ela já está me deixando louco.
Lua apenas olhava sem jeito, via o sofrimento nas palavra de Arthur. Carla tinha jeito de realmente ser difícil, ainda mais com aquela ansiedade por ser mãe. O celular de Arthur tocou, Lua voltou a comer enquanto ele falava.
- Era minha irmã, preciso pegar meu sobrinho na escola. Quer vir junto?
- Claro, tudo bem – ela disse um tanto desconcertada. Arthur pagou a conta e os dois saíram. Dentro do carro, Arthur abria e fechava a boca procurando as palavras certas para perguntar algo a Lua.
- Mas, e você... Por que está fazendo isso? Você é só uma garota, poderia estar fazendo tantas coisas...
- Tenho meus motivos. – foi tudo o que ela conseguiu dizer. Ele assentiu com a cabeça.
- Chegamos. Eu já volto.
Lua o observou sair do carro. Ele estava vestido em um par de jeans escuros, e uma camisa social branca. Ele se agachou e abriu os braços. Um pequeno garotinho de cabelos castanhos pulou em seus braços. Arthur o colocou no banco de trás e passou o cinto por ele.
- Onde está a tia Carlinha? – o garotinho perguntou olhando para a garota de cabelos negros em sua frente
- Está trabalhando. Esta é Lua, amiga da tia Carla. E esse é meu sobrinho, Miguel.
Web Barriga de Aluguel " O Anúncio no Jornal"
- Carla, não acha que estamos indo longe demais? Colocar no jornal? – Arthur reclamava enquanto Carla escrevia o anúncio para mandar ao jornal local, oferecendo uma bela quantia de dinheiro para a mulher que estivesse disposta a aceitar engravidar de seu marido.
- Amor, já tentamos de tudo! Essa é nossa última opção.
- Nós podemos adotar! – Carla lançou-lhe um olhar de desprezo.
- Quero um filho seu, Arthur, e se eu não posso ter...Bom, você tinha concordado com isso!
- Tinha concordado que ela faria a inseminação com os meus espermas!
- O doutor falou que não é seguro, Arthur.
- Acontece que eu me sinto um objeto sexual aqui, Carla! Eu não vou fazer isso, não vou mesmo. Você já fez com que eu e submetesse a muitas coisas para termos um filho, mas isso já é demais!
Arthur saiu da cozinha bufando. Carla era jovem, tinha apenas vinte e cinco anos, mas não podia engravidar. Ela possuía uma verdadeira obsessão em ser mãe, o que às vezes incomodava Arthur. Ela já havia consultado todos os tipos de médicos, tentado várias alternativas, mas nada adiantava.
Do outro lado da capital, em Guadalajara, uma garota de dezenove anos saia de casa para trabalhar. Lua Maria Blanco vivia em um pequena casa no interior com sua mãe e seu pai, sua mãe estava doente e seu pai era alcoólatra e ela tinha que sustentar a família, e ajudar sua mãe. Trabalhava como doméstica em algumas casas, era garçonete a noite em uma lanchonete no centro, mas as coisas estavam cada vez piores.
- Bom dia, Lua. – A filha da patroa de Lua, e também sua amiga a cumprimentou sorrindo ao vê-la entrar.
- Bom dia, Soph. Te acordei? – Sophia adorava Lua, nunca vira ela como a empregada e sim como a irmã que não tinha.
- Não, eu estava tomando café. Vem, come comigo depois você começa.
As duas se sentaram na pequena mesa da cozinha, já que Sophia estava sozinha em casa e se poupava de arrumar a grande mesa da sala de jantar.
- Está tão mal assim? – Sophia perguntava.
- Eu não tenho dinheiro nem para colocar comida em casa, Soph. Papai gasta tudo no bar, mamãe está em depressão por causa disso. Eu não sei o que fazer.
- Lua, você precisa parar de carregar os problemas dos outros nas costas. –Lua folheava o jornal enquanto Sophia tagarelava. Algo lhe chamou atenção.
“ Procuro mulher jovem e saudável, para uma maternidade por substituição. Entrar em contato com Carla e Arthur Aguiar. Tel: 2518-5217”
- É perfeito! – Lua disse em voz alta.
- O que? – ela pegou o jornal e leu onde Lua havia contornado com uma caneta preta – O que é maternidade por substituição? – Sophia fez uma careta para Dulce.
- Barriga de Aluguel. – Sophia a mirou espantada – Não me olhe assim. Eu sou jovem, saudável e devem oferecer bem. Olhe o sobrenome... Nunca ouviu falar das empresas Aguiar?
- Eu sei mas...
- Mas, nada. Eu estou desesperada, Soph. Eu vou acabar aqui e vou ligar, não tenho nada a perder
Nova Web "Barriga de Aluguel"
Sinopse: Nem todas as mulheres nascem para ser mães, algumas não tem o dom, outras por problemas de saúde... Carla Díaz não podia ter filhos, era estéril. Há alguns meses decidira procurar por uma mulher que aceitasse um pagamento para ser sua Barriga de Aluguel. Carla estaria disposta a tudo, até mesmo a ceder seu próprio marido, Arthur Aguiar a mulher que aceitasse para que o bebê fosse feito do jeito tradicional.
A luta começa para que alguém apareça e dê a Carla tudo o que ela sempre sonhou: Um filho.
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